A conquista do primeiro turno do Campeonato Maranhense pelo Moto vai muito além da boa campanha, diga-se de passagem a melhor da competição (melhor pontuação, melhor ataque, melhor defesa, maior público).
O título é a coroação de um trabalho que vem sendo feito pelo presidente Hans Nina de recuperação da imagem do time e da elevação da estima da torcida rubro-negra.
Com a torcida que tem, o Moto não pode ficar fora de decisões e muito menos das competições a nível nacional. O torcedor rubro-negro vem mostrando a sua lealdade e definitivamente vem fazendo a diferença, mas também pode fazer mais. Até porque a torcida do Moto é bem maior do que essa que está indo aos estádios.
E o torcedor rubro-negro sabe que se quizer pode fazer muito mais pelo clube. Indo ao estádio em maior número e aderindo ao programna sócio torcedor.
Mas a conquista de ontem não deve servir para encobrir as deficiências que o time ainda possui e que são advindas das dificuldades que ainda fazem parte da realidade do clube, a principal delas a financeira.
Com muito esforço, o Moto está em dia com os jogadores e isso tem sido fundamental até aqui e deve a todo custo ser mantido pelos dirigentes.
O time também tem dificuldades no elenco. Algumas peças contratadas não renderam o esperado. O clube não conseguiu trazer todos os reforços que pretendia. Até porque se for para trazer qualquer um é melhor continuar com o que tem.
Para compensar, vimos até aqui um time com “sangue nos olhos”. Com muita vontade e sobretudo compromisso com essa camisa gloriosa. Se ainda falta futebol, sobra raça.
Peças fundamentais nesta engrenagem como Rodrigo Ramos, Marcos Paulo, Felipe Dias, Renan Dutra, Robson Simplício, Tety, dentre outros são exemplo de doação dentro de campo. Esses, sem dúvida trocaram dias mais tranquilos em outras equipes para fazer história e ajudar o Moto a escrever um novo momento no futebol maranhense.
Impossível não destacar também trabalho silencioso e grandioso de Curuca, Dieguinho e Wanderson – este cresceu assustadoramente nesta reta final e representa muito bem o trabalho de valorização ao atleta da casa, coisa que o Moto faz muito bem.
E finalmente de Ruy Scarpino que tem o Moto no seu DNA e do Waldemir Rosa, o mais criticado por muitos torcedores, mas que de forma silenciosa responde com trabalho e com muita doação.
Enfim, ontem passou. O Moto tem que pensar hoje e projetar o amanhã. Tem muita coisa pela frente, o caminho ainda é bastante longo…
Foto: De Jesus/ O Estado