Mais uma vez, caos na saúde
As cenas fortes de um paciente sendo levando pelas ruas do centro de São Luís em uma maca por parentes em desespero por falta de atendimento médico mostram o caos da Saúde pública no Maranhão, cujos reflexos causam dramas como o da família de Urbano Santos.
E não é possível reduzir o problema à falta de uma assistência em um hospital de São Luís. O problema é muito mais grave e a capital maranhense vem recebendo a conta, que vem sendo paga, às vezes, com vidas de quem precisa de assistência médica.
Com dois hospitais de urgência e emergência, São Luís – há quatro anos – voltou a ser o “porto seguro” de pacientes do interior do estado, que não tem mais hospitais de 20 leitos funcionando para atender às demandas.
Com a política de distribuição de ambulâncias pelo governo de Flávio Dino (PCdoB) – foram mais de 60 somente nos primeiros quatro anos -, fechamento de unidades hospitalares no interior por falta de ajuda da gestão estadual, sucateamento de UPAS e, claro, a falta de investimentos adequados dos prefeitos do interior, a situação em São Luís vem se agravando.
Com corredores lotados, o secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, informou à Justiça – que acionou o Município devido à superlotação do Socorrão I e II – que a maioria dos pacientes internada nas unidades de urgência e emergência não são de São Luís.
E o governo do estado? Por enquanto, calado diante do caos na saúde da capital. A Prefeitura comandada por Edivaldo Júnior (PDT) não pode reclamar em voz alta de toda a situação causada pelo descaso do governo Dino por ser aliado do comunista. E, no meio disto tudo, vidas sendo perdidas.