Delegado acha ‘avalanche’ de fraudes contra Elias e Mojó
O delegado Carlos Alberto Damasceno que preside o inquérito da morte do empresário Marggion Laniere Ferreira disse em entrevista ao Rádio Patrulha, apresentado pelo repórter Domingos Ribeiro, na Rádio Mirante AM que a documentação apreendida na imobiliária de propriedade do corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho e do vereador de Paço do Lumiar, Júnior Mojó apontam uma “avalanche” de novas fraudes contra proprietários de lotes na região do Araçagi nos últimos 20 anos.
Damasceno disse que também foram feitas apreensões de documentos também nas residências dos dois sócios suspeitos de terem mandado matar o empresário Marggion.
– Após o término do inquérito que apurou a morte do Sr. Margion, nós executamos quatro mandatos de busca e apreensão, sendo um deles na Imobiliária Territorial de propriedade do Elias e do Júnior Mojó (que são sócios), também nas residências de ambos e na residência de um serventuário do Cartório de São José Ribamar. Muita documentação foi apreendida em especial na casa do vereador Júnior Mojó, documentação esta que está sendo analisada, periciada e documentação que nos trás uma avalanche de novas fraudes envolvendo este indivíduo que na verdade pratica uma insegurança jurídica contra as pessoas que adquiriram áreas nos últimos 20 anos no Araçagi – afirmou.
O delegado disse que Elias e Mojó fazem parte de uma “quadrilha”, mas que existem outras pessoas envolvidas e que os nomes serão divulgados no momento oportuno.
– Eu chamo de quadrilha porque vocês vão em algum momento tomar conhecimento quando os nomes forem declarados, muitos outros integrantes estão aparecendo. Essas pessoas falsificavam documentos junto a cartórios ou detro dos próprios cartórios. Eles faziam com que estes documentos virassem registro de imóveis dando a propriedade a eles e a partir dessas propriedades fragmentavam, desmembravam essas propriedades maiores em lotes menores e passavam a comercializar. E comercializavam vendendo para uma, duas, três, quatro… dez pessoas. Eles vendiam o lote para um indivíduo que deixavam lá, quando ele descobrir já tinha um outro dono. E esse dono descobria um segundo dono, e assim por diante, um terceiro, enfim – contou.
Com base no inquérito presidido pelo delegado Carlos Alberto Damasceno, a polícia pediu a prisão preventiva do corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho e do vereador de Paço do Lumiar, Júnior Mojó, mas até o momento a Justiça ainda não se posicionou sobre o caso.