O governo Flávio Dino vem anunciando periodicamente em sites, jornais e revistas de circulação nacional. Além dos valores para as propagandas, chama atenção o que dizem as peças publicitárias. Em uma delas, a gestão comunista diz ter gasto R$ 2 bilhões em vias urbanas e estradas.
O problema é que as estradas e ruas que receberam “a benfeitoria” do governo estão deixando de existir. Diante disso, ficam duas dúvidas: o alto investimento em obras nas estradas e ruas na zona urbana não significa qualidade e, por isso, para ajeitar tudo que vem se desfazendo serão necessários mais R$ 2 bilhões? Ou então: as propagandas do governo não têm qualquer fundo de verdade?
Para a primeira questão, uma resposta é simples: se foi usada toda essa verba, o governador Flávio Dino e seu secretário de Infraestrutura, Clayton Noleto, precisam explicar como foi usado todo este dinheiro em obras que estão deterioradas com menos de três anos entregues. Exemplos das obras que estão se desfazendo: as MAs 315, 122, 386 e 012.
No caso da primeira, há pontos diversos que estão alagados e com buracos, e foi entregue em janeiro deste ano. A Estrada do Arroz (MA-386) rompeu-se após dois anos entregue à população. Nas demais, ocorreu o mesmo.
Em São Luís, o programa Mais Asfalto não conseguiu resistir a uma parte do período de chuva na capital.
Enfim, dinheiro público gasto com asfalto que está indo embora com a chuva, que na República do Maranhão é vista como adversária do governo comunista.
O tempo de televisão para os partidos políticos foi definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E, como já esperado, o PT e MDB são os que terão mais tempo, ficando cada um com pouco mais de um minuto.
O tempo de propaganda eleitoral no rádio ou na televisão, para uma campanha eleitoral, é o que há de mais valor para cada legenda.
No Maranhão, essa valiosa moeda vale somente para o MDB e PSDB, partidos que terão candidatura própria a governador do estado. Só não vale para o PT, que poderá garantir ao governador Flávio Dino (PCdoB) quase a metade do tempo total que o comunista terá na campanha eleitoral deste ano.
Os petistas estão dando de graça a única arma que eles têm para o PCdoB, que se preocupa somente em garantir o DEM – que tem somente 19 segundos – dando, possivelmente, o espaço na chapa majoritária na vaga de vice-governador.
O PT maranhense tem ainda menos prestígio que o PDT, cujo tempo (18 segundos) nem deverá computar para a propaganda comunista. O partido fundado por Leonel Brizola já tem há meses a garantia de que uma das vagas de candidato ao Senado vem do PDT.
E o que resta para o PT? Só as velhas promessas de espaço na gestão sem que haja, realmente, qualquer garantia. Outra promessa dada é de garantir ampliação das bancadas do partido tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal.
Mas para algo tão precioso, o que fica parecendo é que o PT pouco se valoriza. E Flávio Dino se aproveita da apatia dos membros do partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Culpado
Parte dos petistas coloca culpa dessa falta de prestígio no presidente estadual da legenda, Augusto Lobato. Internamente no PT, Lobato é acusado de fazer o jogo a favor de Flávio Dino, em detrimento dos interesses do próprio partido. Medo de perder o pequeno espaço de assessor especial que tem no governo comunista, Augusto Lobato acaba se submetendo aos caprichos do governador.
A falta de resultados práticos e a baixa aprovação do governador Flávio Dino (PCdoB) talvez expliquem a necessidade de, ano após ano, a Secretaria de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos (Secap) precisar extrapolar o orçamento aprovado pelos deputados na Assembleia Legislativa. É preciso muita propaganda para criar algo de positivo no atual governo.
Desde 2016, a gestão comunista tem transformado a Lei Orçamentária Anual (LOA) em mera peça de ficção, principalmente quando o assunto são os gastos com publicidade e propaganda, a cargo da pasta.
Propagandas, muitas vezes, enganosas, como a do “Novo Italuís”.
Antes do fim da obra, o governo preparou uma massiva campanha de mídia para exaltar o feito da atual gestão – mesmo que o Maranhão inteiro saiba que cabia ao governo comunista apenas conectar alguns canos, após receber mais de 90% da obra prontamdo governo anterior.
Ocorre que nem essa pequena parte do serviço conseguiram fazer corretamente. A nova adutora não entrou em operação e, para não deixar mais de 600 mil moradores completamente sem água, religaram a tubulação antiga.
Mas não fizeram questão de interromper a propaganda da “Novo Italuís”. Jogando pelo cano dinheiro do contribuinte maranhense numa campanha publicitária flagrantemente enganosa. Caso claro de improbidade.
Na inserção veiculada pelo PMDB para todo o Maranhão na televisão, a deputada Andrea Murad, líder do Bloco de Oposição, citou os principais escândalos do governo comunista que ganharam manchetes em todo o Brasil e disse que continua vigilante denunciando as injustiças.
“Como líder da oposição, continuo vigilante denunciando as injustiças. Temos um governo na contramão das necessidades do povo. E essa incompetência tem rosto, o de Flávio Dino. Aumento de impostos, aluguéis camaradas, funcionários fantasmas, corrupção, são marcas de um governo onde a prometida mudança serve apenas a eles”, diz Andrea em trecho da propaganda partidária.
A parlamentar encerrou a inserção falando do castigo e da exploração que os maranhenses estão sofrendo nas mãos do governo Flávio Dino.
“Os maranhenses nunca imaginaram que castigar e explorar seriam a solução. O Maranhão quer um novo rumo, um novo governo!”, disse Andrea.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), deslocou R$ 9 milhões da verba destinada para uso exclusivo de serviços da dívida interna do Estado para gastos com a divulgação de ações de seu governo.
O decreto que remaneja a verba foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 12.
Para 2017, ano pré-eleitoral, a Secretaria de Estado da Comunicação Social e Assuntos Políticos (SECAP) já possui a previsão de orçamento de R$ 58,9 milhões.
A pasta, como se sabe, é comandada pelo presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry. Alvo de inquérito policial da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor) por possível corrupção passiva, ele é a principal aposta do Palácio dos Leões para a Câmara dos Deputados em 2018.
A deputada Andrea Murad deve concluir nas próximas semanas uma Ação Popular contra o governador Flávio Dino e o secretário Márcio Jerry por causa da propaganda enganosa do Governo do Estado sobre as obras do programa Escola Digna.
Esta semana, a deputada questionou os dados veiculados nas propagadas oficiais do governo, se baseando nos relatórios da própria Secretaria de Estado da Educação e Secretaria de Infraestrutura. O principal equívoco está nas obras de substituição das escolas de taipa que, em 2 anos, apenas 9 foram entregues.
“O governador está gastando milhões dos recursos públicos para financiar uma ampla campanha de obras em escolas que não estão acontecendo. No comercial tem um dado de 574 novas escolas e nos relatórios das secretarias têm outros números de obras bem inferiores, apenas 83. Isso é propaganda enganosa. Quero adiantar que vou ajuizar uma ação popular em face do governador Flávio Dino, do Márcio Jerry pelo ato lesivo de tentar ludibriar a população pela veiculação de propaganda enganosa, porque todas essas escolas realmente não existem”, reforçou a deputada.
O Procon-MA notificou nesta sexta-feira (15), a Jeep do Brasil a prestar esclarecimentos sobre propaganda abusiva. Uma investigação preliminar foi aberta após a empresa divulgar na rede social Instagram, peças publicitárias com teor pejorativo contra o Maranhão e outros estados do país.
A publicidade da foto, em que está o Maranhão, se serve da expressão regional “caixa-prego”, que possui sentido pejorativo, para afirmar que o veículo é capaz de ir a qualquer lugar. Contudo, a imagem faz subentender que o estado está localizado na “caixa-prego”.
Segundo o presidente do Procon-MA, Duarte Júnior, a forma como a publicidade é apresentada pode levar a uma interpretação que culmine em tom discriminatório. “Não é saudável para as relações de consumo utilizar material publicitário que confunda o consumidor ou induza de qualquer forma ações discriminatórias. Isso fere diretamente o acesso a informação clara e precisa, previsto no Código de Defesa do Consumidor, e pode se configurar como discriminação”, afirma o presidente.
A postagem alcançou mais de 300 comentários e causou confusão entre os seguidores, levando a entender que a empresa estava atribuindo ao Maranhão a qualidade de “caixa-prego”. Comentários como “Respeito com o Maranhão é bom e eu gosto!”, “Criem vergonha na cara com esse preconceito” e “Mas gente… o povo não sabe interpretar nada” demonstram a falta de clareza que a publicidade causou entre os consumidores. (mais…)