E a Justiça?
Não é segredo para ninguém que a Segurança do Maranhão vai atravessando uma grave crise e este Blog já inclusive cobrou uma resposta no post “A reação precisa ser à altura”. No entanto, a Justiça maranhense não pode e não deve passar incólume nesse debate, afinal também tem responsabilidade direta pela atual conjuntura.
A Segurança começou a dar resposta com a prisão de pelo menos dez pessoas, supostamente envolvidas nos atos de vandalismo da última sexta-feira (03), na capital maranhense. Só que um detalhe passou despercebido por boa parte da população.
De acordo com a Polícia Militar, quem ordenou as ordens para os atos foi o detento Jorge Henrique Amorim Matias, o “Dragão”, preso por roubo qualificado em dezembro de 2012, mas coube a Hilton John Alves Araújo, o “Praguinha”, comandar a ação nas ruas de São Luís.
O curioso é que Praguinha, de acordo com a Secretaria de Segurança, é condenado a 20 anos de prisão em regime fechado por crime de homicídio. No entanto, estava foragido desde 2012, quando foi agraciado pela Justiça do Maranhão com o benefício da saída temporária de Natal e não retornou à Penitenciária de Pedrinhas.
Mesmo assim, a Polícia Militar conseguiu em janeiro de 2013 recaptura-lo, mas em outubro do mesmo ano a Justiça do Maranhão concedeu a ele, mais uma vez, a liberdade, dando ordem de soltura por considerar que havia decurso de prazo (morosidade) no recurso interposto contra sua condenação.
Sendo assim, a Segurança de fato precisa dar uma resposta a sociedade, mas definitivamente a Justiça também precisa fazer sua parte, pois caso contrário nem Força Nacional, FBI ou Interpol resolverão o problema da Segurança no Maranhão.