O vice complicado

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WaldirMaranhaoPor Izabelle Torres, Revista IstoÉ

O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) era um parlamentar sem muita visibilidade em Brasília e com atuação discreta na área de educação. No domingo 1º, entretanto, ele se elegeu para o segundo cargo mais importante da Casa, o de vice-presidente da Câmara.

Além do prestígio adquirido e da possibilidade de influenciar diretamente em decisões políticas importantes, Maranhão atrai para si também as atenções sobre sua conduta e seu passado.

O cenário não é dos mais favoráveis. O vice-presidente é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), ambos por suposta prática de crimes de ocultação de bens e participação no esquema de lavagem de dinheiro. ISTOÉ teve acesso aos processos, que narram as possíveis relações do parlamentar com o doleiro Fayed Traboulsi, preso no final de 2013 sob suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão que teria movimentado R$ 300 milhões em um ano e meio.

O processo de Fayed tramitava na vara criminal de Brasília e possui mais de mil páginas. Entre sigilos fiscais e telefônicos quebrados pela Justiça de primeira instância, constam ligações e conversas com Waldir Maranhão. As provas colhidas contra o doleiro na Operação Miqueias, da Polícia Federal, agora fazem parte dos inquéritos que investigam o parlamentar.

Uma das principais linhas de apuração é a possível relação do atual vice-presidente com empresas fantasmas sediadas no Maranhão e que abasteciam o esquema de lavagem de dinheiro capitaneado pelo doleiro. A quadrilha de Fayed também operava desviando recursos de fundos de pensão nos Estados e municípios.

A defesa do parlamentar pediu que o STF mantivesse os processos em sigilo, mas apenas dados fiscais e contábeis dos investigados e das empresas citadas fazem parte dos anexos em segredo de Justiça. Os desdobramentos do caso representam uma preocupação real para o número 2 da Câmara.

A visibilidade do cargo arrastou o ex-deputado André Vargas (sem partido- PR) para um escândalo de corrupção sob acusação também de relações com um doleiro, Alberto Youssef. Apesar dos precedentes, Maranhão afirma que nada teme.

“Estou absolutamente tranquilo. É muito importante que qualquer dúvida sobre a conduta de um homem público seja esclarecida. O meu desejo é que a verdade prevaleça”, jura ele.

Foto: Joka Madruga/APP – Sindicato

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Waldir e o doleiro

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A Polícia Federal gravou várias conversas telefônicas em que deputados federais conversam com o doleiro Fayed Treboulsi, apontado pelos investigadores como chefe da quadrilha que aliciava prefeitos para o desvio de dinheiro de fundos de pensão municipais. O inquérito que investiga o caso vai ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal, por causa do foro privilegiado de parlamentares federais têm.

O Bom Dia Brasil teve acesso a gravações feitas com autorização da Justiça, nas quais o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) convida para a casa dele doleiro Fayed. “Marquei com ele terça-feira um outro encontro lá em casa, à noite”, diz o deputado durante conversa com o doleiro.

Fayed questiona: “lá em casa onde, aqui ou lá? Aqui em Brasília?”. E o deputado responde: “É. Aqui no meu apartamento”. O doleiro encerra a conversa dizendo: “então beleza. Tamu junto (sic)”.

Abordado nos corredores do Congresso, o deputado Waldir Maranhão negou qualquer telefone ou relação com o doleiro. “Nunca tive contato. Em absoluto”, disse.

Veja o vídeo

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Quase no fim

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biraehelio

A apenas quatro dias do fim do prazo determinado pela Justiça Eleitoral para as filiações partidárias daqueles que pretendem disputar as eleições de 2014, é grande a movimentação de partidos na Assembleia Legislativa. Ontem, mais dois deputados confirmaram desfiliações de legendas pelas quais haviam sido eleitos em 2010. Hélio Soares deixou o PP e Bira do Pindaré anunciou a sua saída do PT. Também deputado estadual – licenciado – o secretário de estado do Meio Ambiente, Victor Mendes, pré-candidato a deputado federal, trocou o PV pelo PSL.

A movimentação também é intensa entre pretensos candidatos à Assembleia e à Câmara Federal. O suplente de deputado federal e empresário Carlos Wellington Bezerra, o Wellington do Curso, se filiou ao PPS e quer uma cadeira no legislativo estadual. O ex-deputado federal e estadual e ex-prefeito Chico Coelho também deve confirmar filiação ao PSL. O ex-diretor do Socorrão Yglesio Moyses chegou a ser sondado por vários partidos, mas deve permanecer no PT – sobretudo com a confirmação da saída de Pindaré.

Sem espaços no PP, o deputado Hélio Soares confirmou ontem a O Estado a sua saída do partido. Ele pretendia ser candidato ao Senado pelo grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB), mas a direção estadual da sigla passou a se posicionar como oposição na veiculação do programa político em TV e rádio.

Foi a própria direção da legenda quem oficializou a saída do parlamentar junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão. Os dirigentes Ribamar Soares e Daniel Bandeira levaram ao tribunal documento de desfiliação. Hélio afirmou que discutia o seu futuro partidário com o PSDC, PT, PTdoB e PSD. “Por enquanto, não há nada decidido”, adiantou.

Outro parlamentar que ficou sem partido após deixar a legenda que o elegeu em 2010 foi Bira do Pindaré. Em conflito com a direção estadual e sem espaços no partido, ele utilizou ontem o grande expediente da sessão ordinária para anunciar a sua desfiliação.

O ex-petista falou de toda a sua trajetória no partido, iniciada em 1990 e disse ter sido obrigado de deixar a sigla. “Não me sobrou escolha. Sou forçado a sair do PT e procurar outro caminho”, disse.

Pré-candidatos ao governo também precisam se definir

Os pré-candidatos ao Governo do Estado Eliziane Gama (PPS) e Hilton Gonçalo (PDT) ainda têm futuro partidário indefinido. Eliziane aguarda uma definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação à liberação do Rede, legenda criada pela pré-candidata a Presidência da República Marina Silva. Já Hilton tenta sem muito sucesso articular a candidatura própria dentro do PDT, que deve apoiar a candidatura de Flávio Dino (PCdoB) e indicar o vice na chapa majoritária.

Eliziane já se manifestou várias vezes a imprensa sobre o assunto. Em todas as oportunidades, garantiu que continuaria a aguardar a liberação do Rede para a disputa eleitoral do próximo ano.

Até o momento, ela trabalha na articulação de sua pré-candidatura ao Palácio dos Leões, mas não obteve apoio de nenhum partido. Mantém diálogo com o PSDB, que também não se posicionou definitivamente sobre 2014.

A situação de Hilton, por outro lado, é diferente. Ele ainda é filiado ao PDT e pretende ser candidato ao Governo do Estado pelo partido, mas não conta com o apoio da direção da legenda. Hilton chegou a ser convidado para filiar-se ao PP, mas não chegou a anunciar nenhuma decisão. Ele procura um partido que esteja disposto a lhe conceder espaço para uma disputa majoritária. Até o momento, no entanto, não obteve êxito.

Mais

O PSD é o partido que passa pelo maior processo de esvaziamento no Maranhão. Criado no fim de 2011, por iniciativa do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, a legenda foi o destino de seis parlamentares – chegando depois a sete com a filiação de Afonso Manoel. A estratégia de todos era clara: sair de onde estavam sem perder os mandatos e garantir, no futuro, a possibilidade de uma nova troca, mais uma vez sem ser incomodados pela Justiça Eleitoral. Afonso Manoel foi obrigado a retornar ao PMDB. Já os deputados Alexandre Almeida, André Fufuca, Camilo Figueiredo e Dr. Pádua, devem sair. No mês passado, Raimundo Cutrim deixou a sigla e migrou para o PCdoB.

O Estado

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PP oficializa​ pré-candid​atura de Tadeu Palácio

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Representantes da executiva nacional, estadual e municipal do Partido Progressista vão oficializar a pré-candidatura do presidente do Diretório Municipal da legenda, Tadeu Palácio (PP), à prefeitura de São Luís, nesta quinta-feira (12), às 9h, durante reunião partidária na sede do PP, na Lagoa da Jansen.

A reunião partidária que oficializará a pré-candidatura de Tadeu Palácio inicia a programação local do I Encontro de Lideranças do Partido Progressista do Maranhão, que terá continuidade nesta sexta-feira, das 13h às 17h, no Sesc Turismo, situado no bairro do Olho d´Água.

O Presidente do Diretório Estadual do PP, deputado federal Waldir Maranhão, destaca que o objetivo do Encontro é apresentar a mensagem do Partido Progressista em todas as 217 cidades do Maranhão, promover o projeto do PP 2012, integrar as lideranças partidárias com os representantes e as bases do partido no Estado e debater o planejamento com as coordenações da Juventude e Mulher Progressista.

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Tadeu Palácio defende aliança PP, PSB, PPN e PCdoB

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O ex-prefeito de São Luís e ex-secretário de Estado do Turismo, Tadeu Palácio foi entrevistado nesta quinta-feira, pelo jornalista Roberto Fernandes, no programa Ponto Final, na Rádio Mirante AM. Tadeu explicou os motivos que o levaram a deixar o governo do Estado e o PMDB, defendeu uma aliança de quatro partidos e confirmou a sua ida para o PP.

– É nós já estamos com tudo pronto para a filiação que pode acontecer ainda hoje ou amanhã, nós estamos dependendo só da chegada do deputado Waldir Maranhão que é o presidente da Executiva Estadual do Partido e nós estamos assumindo o Diretório Municipal, mas é o PP sim, o partido pelo qual nós vamos nos filiar.

Tadeu Palácio defendeu uma aliança entre quatro partidos: PP, PCdoB, PSB e PPS.

– Essa é uma questão que as pessoas levantam porque as pessoas gostam de ver as coisas como se elas já estivessem prontas. Eu acho que tudo na vida para dar certo tem que ter planejamento. Eu poderia, nós estamos muito próximos, eu e o Flávio, eu o apoiei queando ele foi candidato a prefeito de São Luís. Poderia estar me filiando ao PCdoB, mas nós procuramos fazer uma aliança e isto quer dizer o seguinte: que eu estou no PP, sou pré-candidato do PP, o Flávio é o pré-candidato do PCdoB, o Roberto Rocha está como pré-candidato no PSB e a deputada Eliziane Gama, no PPS. Nós estamos conversando para que a gente possa fazer uma frente de partidos e políticos para que a gente possa entrar nesta competição de forma planejada, de forma organizada, com foco para desenvolver um trabalho muito bom em São Luís como nós já fizemos uma vez. Quando eu digo nós, as pessoas que já estiveram comigo e estão se juntando novamente para fazer novamente esse trabalho. Então não é uma questão fechada: eu tenho que ser o candidato a prefeito. Nós estamos consolidando um grupo, exatamente com o objetivo de fazermos um trabalho para disputar com força a eleição em São Luís.

Sobre a participação do PP no governo Castelo, o ex-prefeito Tadeu Palácio afirmou que no momento certo, o deputado Waldir Maranhão e todo o partido jogará no mesmo time.

– Isso é uma questão que tem que ser resolvida pela Executiva Estadual do partido. Eu estou me filiando, eu estou adentrando no partido agora. Isto é um assunto que eu não tenho como falar, infelizmente. Nós estamos trabalhando um projeto conjunto para um plano único que é a sucessão de São Luís. O atual prefeito vai ser candidato. Com absoluta certeza, eu conheço o Waldir, ele não joga em dois time. No momento em que nós temos um projeto de participar da eleição ele vai estar junto conosco. Nós nunca falamos sobre este assunto, este assunto não foi colocado como condição para a minha entrada no partido – explicou.

Tadeu Palácio explicou as razões que o levaram a deixar a Secretaria Estadual de Turismo e pedir a sua desfiliação do PMDB.

– Eu acho que na vida a gente tem que ter uma coisa chamada respeito e gentileza. Eu era um filiado do PMDB e de repente nós não tínhamos nenhuma aproximação com a direção do partido. Eu era um secretário de Estado pelo PMDB, do governo estadual e no momento em que o partido começou a tomar medidas ao anunciar um candidato, sem conversar com a sua base porque eu me considerava uma base do partido. Eu tinha mais que tomar uma providência e a providência qual é? Quem está incomodado que se mude. Eu pedi para sair. E porque então que eu saí então do governo do Estado? Porque eu era do PMDB. O governo é do PMDB, eu era secretário no partido e tinha que ser coerente comigo mesmo. Pedi a minha desfiliação do partido e automaticamente  pedi para sair do governo sem nenhum tipo de problema com o governo estadual. É uma questão de foro íntimo. Eu não estava feliz no partido e eu tive que sair. A razão é só essa – finalizou.

 

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