O que querem esconder?

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O deputado estadual Sousa Neto (PRP) cobrou do Governo do Estado o resultado da sindicância que investigava a emissão de uma circular da Polícia Militar (PM) determinando o levantamento de dados de adversários de Flávio Dino (PCdoB) que pudessem atrapalhar o processo eleitoral. O parlamentar questionou se a sindicância foi concluída e, se foi, qual o resultado.

Por e-mail, O Estado buscou informações oficiais junto à Secretaria de Comunicação e Articulação Política (Secap), que é comandada por Ednaldo Neves, sobre esta sindicância. Não houve resposta.

Mas, afinal, o que o governo quer esconder em relação a este caso de espionagem institucional usando a Polícia Militar? Ou será que depois do vazamento dos depoimentos de membros da corporação que apontaram para a existência de um coordenador eleitoral dentro da PM – no caso o coronel Heron Santos – a sindicância foi extinta?

O fato é que o secretário de Segurança, Jefferson Portela, precisa se posicionar a respeito. Até mesmo porque durante todo o episódio – que teve várias versões – o delegado garantiu que tudo seria investigado de forma transparente e os culpados seriam punidos.

De acordo com informações passadas pela Secap, o pedido de informações já foi para a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), mas de lá nunca veio a resposta. Será por qual motivo?

Talvez a tentativa seja deixar o caso cair no esquecimento, o que será difícil, pois há representações no Ministério Público Federal (MPF) com pedidos de investigação do caso. Ainda há muito o que se falar sobre a espionagem no Maranhão.

Estado Maior

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Flávio Dino quer abafar escândalo, diz Sousa Neto

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O deputado estadual Sousa Neto (PRP) cobrou, na sessão plenária desta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa, os resultados da Sindicância instaurada pela Polícia Militar para apontar os responsáveis pela ordem de espionagem a adversários políticos ao governo Flávio Dino, em todo o estado.

Segundo o parlamentar, já findou o prazo de trinta dias para a conclusão dos trabalhos, e até agora o governo não deu respostas ao povo do Maranhão. “Após trinta dias do escândalo da Polícia Política ao qual denunciamos aqui nesta Casa, o Governo Flávio Dino ainda não deu respostas sobre a sindicância instaurada pela Polícia Militar, para esclarecer de onde partiu a circular que dava ordem para espionar a oposição. Flávio Dino, que se dizia transparente, colocou uma cortina de fumaça para encobrir mais um crime. A sociedade espera uma resposta, governador ditador. Não vamos nos calar diante de um fato grave e que já começou a fazer vítimas no Maranhão”.

Sousa Neto citou, na oportunidade, o episódio ocorrido recentemente com o prefeito de São Bernardo, João Igor Carvalho (MDB), que foi abordado por policiais militares, armados com fuzis, enquanto vistoriava obras naquele município, acompanhado de secretários e assessores. “Quero chamar a atenção dos meus colegas que fazem oposição, temos que tomar cuidado. A ordem já começou a ser executada. Prova disso, foi o que fizeram com o prefeito João Igor, que, mesmo tendo se identificado, foi abordado, revistado e intimidado por duas viaturas da PM, por fazer oposição ao governador”.

Ele falou, ainda, sobre a manobra para recusar as convocações do secretário de Segurança e do comando da PM, na Comissão de Segurança da AL. “Nós não temos acesso ao andamento dessas investigações. Apresentei, juntamente com o deputado Cutrim, proposta de instalação de uma CPI para apurar os fatos e não tivemos as assinaturas necessárias. Além disso, outros deputados oposicionistas também tiveram seus requerimentos recusados por esta Casa. A Secretaria de Segurança e o Alto Comando da Polícia Militar não respondem nada, mas não vou me calar diante de mais um fato grave desse governo intransigente, que se cair no esquecimento, vai comprometer às eleições deste ano”.

O parlamentar alertou, por fim, para a perseguição à Polícia Civil. “Até a Polícia Civil, que vive dias de angústia e falência, Flávio Dino mandou retirar o outdoor do Sindicato dos Policiais Civis que o chamava de ditador. Tudo isso por que não aceita ser criticado e achincalhado pelo desrespeito e o descaso com a categoria e com todos os policiais”.

Foto: JR Lisboa / Agência Assembleia

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Andrea pede convocação de Jefferson Portela

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A deputada Andrea Murad (PRP) usou a tribuna da Assembleia nesta quarta-feira para destacar o desespero do governador Flávio Dino de ficar sem a “Polícia Política” e se beneficiar nas Eleições 2018. Para a parlamentar, o governador é quem teme a presença do Exército no pleito que irá impedir os abusos também praticados nas Eleições 2016.

Na última segunda-feira, Andrea Murad entrou com Representação pedindo à Procuradoria Geral da República intervenção no sistema de segurança pública, documento que já está sendo analisado pelo órgão, a determinação da PMMA de um levantamento de todas as lideranças de oposição ao governo Flávio Dino que pudessem provocar embaraços ao candidato comunista.

“Ora, se partiu do governador Flávio Dino o uso da estrutura policial para espionar, monitorar os adversários políticos nos interiores do maranhão, quem é que quer ganhar no tapetão? Isso porque, caso realmente ocorra a intervenção, os interventores deverão ser oficiais do Exército Brasileiro e para Flávio Dino é prejuízo porque ele não poderá ter o controle da sua ‘polícia política’. Porque o Exército quando estiver aqui para fazer a segurança nesse período eleitoral, virão para garantir as eleições livres e democráticas, e Flávio Dino é quem não vai ganhar no tapetão”, discursou a deputada.

Em Requerimento protocolado hoje, Andrea Murad pediu que a Assembleia Legislativa convoque o Secretário de Segurança Jefferson Portela para prestar esclarecimentos sobre a circular do Comando da PMMA e ainda sobre a denúncia de que teria coagido policial para incriminar outro parlamentar no caso de contrabando no Maranhão.

“É fato que a Assembleia tem de investigar o uso da PM para espionar a oposição, inclusive os deputados desta casa. E investigar o abuso praticado pelo secretário Jefferson de incluir, por via de uma delação premiada forçada de um soldado, graves acusações contra o Deputado Cutrim como criminoso. Por isso, entrei com pedido de convocação nesta Cara para que Jefferson Portela também preste esclarecimentos sobre isso. E o presidente Othelino tem que ter um comportamento nesse momento de chefe do Poder Legislativo do Estado, independente como reza a constituição e seu dever inarredável é zelar por isso”, disse Andrea.

Foto: Nestor Bezerra

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Bom Dia Brasil mostra ‘Polícia política’ de Flávio Dino

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Depois do programa Fantástico, foi a vez do Bom Dia Brasil exibir reportagem, nesta segunda-feira (23) sobre o uso político Polícia Militar pelo governo do Maranhão.

O escândalo com o surgimento da circular da PM que mandava monitorar políticos da oposição no Maranhão ganhou definitivamente repercussão nacional.

Os partidos de Oposição anunciaram que vão pedir intervenção federal nas eleições no Maranhão.

Nesta segunda-feira, na Assembleia Legislativa, um grupo de deputados vai pedir a apuração do caso.

“A Polícia Militar do Maranhão foi ordenada pelo governador do Estado do Maranhão a perseguir os opositores, a transformar o Maranhão numa nenezuela, numa Coréia do Norte. Isso é um acinte à democracia.”, disse o deputado Sousa Neto (PRP).

Nas redes sociais, o governador Flávio Dino afirmou que a ordem não partiu dele e que mandou demitir o oficial que assinou o documento que assinou que, segundo o governador não tem valor legal. O secretário de Segurança Pública, Jeferson Portela nega que a ordem tenha partido dele ou do governador.

Veja a reportagem do Bom Dia Brasil

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‘Governador não respeita os limites’, diz Adriano

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O presidente do Partido Verde (PV) no Maranhão, Adriano Sarney divulgou nota repudiando o uso político da Polícia Militar do Maranhão pelo governo Flávio Dino.

Segundo o PV, os documentos divulgados reafirmam a suspeita de utilização da máquina pública para fins políticos e eleitoreiros.

Leia a nota na íntegra:

“O Partido Verde (PV) no Maranhão vem a público manifestar total repúdio ao governo Flávio Dino (PCdoB), face à revelação, por meio de documentos da Secretaria de Segurança, a respeito do ordenamento aos batalhões da Polícia Militar no interior para espionagem de adversários políticos do governo atual.

O PV entende que esses documentos reafirmam a suspeita de utilização da máquina pública para fins políticos e eleitoreiros, demonstrando que o governador não respeita os limites do estado de direito e da democracia.

Trata-se de uma perseguição sem precedentes no Brasil, desde a retomada da democracia. O partido informa que vai representar junto ao Ministério Público, à Justiça Federal e também a o Superior Tribunal de Justiça, apara que esse caso seja devidamente investigado a fim de que não se deixe nenhum vestígio de impunidade”.

Adriano Sarney
Presidente PV-MA

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