Por Andrea Murad
Está comprovado o uso da Polícia Militar do Maranhão para benefício eleitoral do PCdoB, partido do governador Flávio Dino. Esse crime eleitoral grave foi confirmado em depoimentos de policiais à sindicância instaurada para investigar de onde partiu a ordem de espionagem das lideranças de oposição ao governo.
Os depoimentos apontam para o Cel. Heron e não para o Ten. Cel. Emerson Farias, como quer o Secretário Jefferson Portela, também filiado ao PCdoB. Antes que os depoimentos dos policiais fossem revelados pela imprensa, eu denunciei a existência de um “coordenador das eleições 2018”, contido no memorando do Cel. Zózimo, comandante do CPI, desfazendo a ordem de monitoramento eleitoral.
O Cel. Heron, como apontado nos depoimentos dos policiais, só pode ser o “coordenador” citado por Zózimo, se não, este sabe com toda a certeza quem é o dito cujo. Cel. Heron é filiado ao PCdoB, foi candidato a deputado estadual em 2014, promovido a Coronel pelo governador Flávio Dino em 2015, numa clara troca de favores políticos e eleitorais. E mais, possui ligações estreitas e íntimas com a cúpula do partido, com Flávio Dino, Márcio Jerry e com o ex- deputado Rubens Pereira.
Essa teia comunista revela o risco real que estamos vivenciando no Maranhão de supressão das liberdade e da democracia. Não há que se falar em eleições livres e limpas com Flávio Dino chefe da Polícia Militar como assegurado pela Constituição da República. São evidentes os sinais de abuso de poder com o uso indevido da corporação, transformada em polícia política no Maranhão, sob o comando de um governador determinado a ter o controle absoluto do estado — este se confunde com o partido — suprimindo as liberdades individuais.
A quebra da legalidade com o uso político da Polícia Militar é agravada pela atuação do secretário de Segurança, homem com nítidos problemas mentais, desequilibrado, violento, partidário, sem as condições de neutralidade exigidas para coordenar as eleições num pleito que se prevê muito conflitado. Tudo isso ao arrepio da Justiça Eleitoral.
O pedido de intervenção federal na Segurança Pública do Maranhão é medida inadiável e essencial, pra agora e não apenas no período eleitoral de 45 dias antes do pleito. Porque, como comprovado, a polícia já está na campanha sob as ordens do “coordenador político das eleições 2018”, Coronel Heron.
A verdade, esta à vista de todos, é que Flávio Dino estruturou o seu governo para aniquilar seus adversários visando sua perpetuação no poder. Como nem tudo sai como planejado, ele hoje ostenta altos índices de rejeição e pode perder a eleição. Esse fato o tem levado a adotar práticas cada vez mais repulsivas. Basta acompanhar o noticiário para atestar a cooptação de políticos, de partidos, de deputados em trocas vergonhosas de “votos” por um “pedaço do governo”. A Secretaria de Saúde é um exemplo, e até um médico se enforcou após ter sido preso e confessado o esquema que envolve o próprio governador.
As provas do uso de forças policiais nas eleições de prefeito em 2016 começam a vir à tona em profusão. Em Coroatá, Mirinzal, Pinheiro, Caxias, Balsas, São Luís e em muitos outros, a vontade popular foi subvertida através dessa violência. Hoje se sabe que a conta bancária pessoal do médico Mariano era um verdadeiro “caixa 2” para pagamento que ia de caixão funerário para dirigente nacional do PCdoB, até dinheiro vivo para a compra de votos nas eleições 2016, e pronta para operar em 2018, sob a proteção da polícia política do governador Flávio Dino. INTERVENÇÃO JÁ.
*Andrea Murad é deputada estadual (PRP)