O Maranhão teve o menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país no ano de 2016, segundo segundo o Sistema de Contas Regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta (16).
O PIB per capita é a divisão do PIB pelo número de habitantes. De acordo com o IBGE, os números do Maranhão atingiram R$ 12.264,28 por pessoa. O maior PIB per capita foi o do Distrito Federal, com R$ 79.099,77.
O Sistema de Contas Regionais 2016 é elaborado em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
PIB
Com -5,6 de variação negativa em relação ao ano anterior, o Maranhão ficou em 23º dentre todos os estados do país no Produto Interno Bruto, que apresentou valor corrente de R$ 85,29 bilhões.
O Maranhão também está entre os 10 estados onde a variação negativa esteve acima da média nacional, que ficou em -3,3%. Dentre todos os estados, apenas Roraima teve resultado positivo no PIB em 2016.
Em nota, o Governo do Maranhão disse que a economia maranhense foi bastante pressionada pelos efeitos combinados da reversão do super ciclo de commodities no plano internacional, a recessão e a crise fiscal e político-institucional no plano nacional, além de graves impactos da estiagem que afetou o Nordeste e o Estado.
O Governo também afirmou que o Maranhão manteve a 17ª posição na participação do PIB nacional, cujo peso aumentou de 1,3% para 1,4%.
Por fim, apontou que medidas de ampliação da oferta de serviços públicos para a população, principalmente nos setores da educação, saúde e segurança, assim como o realinhamento salarial de categorias do funcionalismo, contribuíram para atenuar os efeitos da crise nacional em 2016. Como efeitos positivos de tais políticas, as estimativas do Imesc e do IBGE estariam apontando um crescimento de 4,8% do PIB em 2017.
Acompanhado do deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB), o presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Cleomar Tema, além de prefeitos, secretários municipais e assessores foram recebidos, nesta última quarta-feira (17), pelo secretário-executivo do ministério da saúde, Antonio Nardes, em audiência na sede da pasta. Na pauta, a redistribuição da per capita repassada aos municípios maranhenses.
Para se ter ideia da situação complicada por qual passam os municípios maranhenses, o estado ficou com o equivalente a R$ 160 no ano passado oriundos do Governo Federal. Sem contar que 41 cidades recebem, atualmente, menos de R$ 10 por habitante/ano. Já o Piauí recebeu R$ 227 per capita. Acre e Tocantins receberam, por habitante, mais de R$ 240.
Cleomar Tema usou como exemplo a cidade de Araioses que possui 46 mil habitantes e o que recebe da alta e média complexidades não dá pra pagar sequer um médico. Segundo ele, o pleito não é nenhum excesso.
“Não estamos buscando chegar a média nacional, não pedimos nenhum exagero. Temos muitos dados técnicos e com eles estamos mostramos as nossas reais necessidades”, disse antes de ouvir que a renda per capita hoje não se resume ao atendimento de média e alta complexidade.
Antonio Nardes explicou que o ministério não está concedendo para nenhum estado o teto da média e da alta complexidade pois a pasta passa por um momento de contingenciamento, no entanto explicou o que poderia ser feito.
“Precisamos da força política do deputado José Reinaldo junto ao presidente Michel Temer para solicitar um extra orçamentário para o seu estado. Assim, aportaremos recursos para daí ir reduzindo gradativamente essa diferença. No que depender de nós, vamos nos esforçar junto ao palácio. Esse é o compromisso”, contou o secretário-executivo do ministério da saúde.
Satisfeito, José Reinaldo avaliou a reunião como franca e muito positiva. “O secretário, a meu pedido, colocou aquilo que realmente ele pensa e nos deu um caminho. Nós vamos lutar politicamente com a Bancada Maranhense e o governo para resolver os impasses que existem na saúde do Maranhão”, finalizou.