Frota busca patrocínio da Caixa ao Sampaio

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O presidente do Sampaio, deputado Sérgio Frota (PSDB-MA) esteve na última quarta-feira em Brasília numa reunião na Caixa Econômica Federal (CEF) com o presidente Gilberto Occhi; o vice Marco Jacinto e o diretor executivo de marketing, Gerson Bordignon para tratar sobre o patrocínio da Caixa ao Sampaio para a disputa da Série B em 2018.

Também participaram da reunião o senador João Alberto (PMDB-MA), o deputado federal João Marcelo (PMDB-MA) e o deputado estadual Roberto Costa (PMDB-MA).

Sérgio Frota já vem tentando a algum tempo o patrocínio da Caixa ao Sampaio. Ele deixou a reunião empolgado com a possibilidade do acordo com a Caixa.

“Na manhã desta 4ª feira, dia 11, estive na Caixa Econômica Federal, em Brasília reunido com o senador João Alberto, deputado federal João Marcelo, deputado estadual Roberto Costa, do Maranhão e com o presidente e diretoria deste órgão. Em pauta, o tão almejado patrocínio para o Sampaio Corrêa. Meus agradecimentos sinceros aos três”, destacou nas redes sociais.

Se for confirmado o patrocínio da Caixa, o Sampaio ainda terá a cota paga pela CBF para a Série B.

Sem dúvida uma boa grana para o Sampaio fazer bonito na competição nacional.

Foto: Divulgação

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Retorno do esporte

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Por Fernando Trevisan

O esporte tem se tornado cada vez mais parte integrante da estratégia mercadológica de várias marcas no Brasil. A maior profissionalização do setor e o contexto econômico favorável da última década aumentaram o volume de recursos e de empresas interessadas em incluir o esporte no seu planejamento de marketing. Só os principais clubes de futebol brasileiro, por exemplo, captaram mais de R$ 400 milhões com patrocínio em 2012, um volume três vezes maior do que há cinco anos. Já é a segunda maior fonte de receita desses clubes, ficando atrás apenas dos valores obtidos com direitos de transmissão dos jogos.

O esporte é difundido por toda a sociedade e diretamente relacionado a aspectos positivos como saúde, qualidade de vida e lazer. Pesquisa recente realizada pelo Datafolha para a Olympikus mostra que 87% dos jovens brasileiros gostam de alguma modalidade esportiva e 68% a praticam com regularidade. Um quarto dos entrevistados considera que o esporte tem “papel fundamental na sua vida”.

Esse elemento emocional que une a pessoa com o esporte pode ser trabalhado de inúmeras formas pelas empresas, indo muito além da visibilidade que o patrocínio esportivo proporciona e estabelecendo vínculos firmes entre a marca e os praticantes ou apreciadores da modalidade. Levar um grande cliente para jantar com os jogadores de seu time de coração, oferecer para seu melhor vendedor um ingresso de camarote para a Fórmula 1, possibilitar a criação de uma faixa e horário exclusivos para a prática do ciclismo na sua cidade são algumas iniciativas que podem gerar um elo profundo e inesquecível com a marca patrocinadora.

As oportunidades existem portanto não apenas no futebol. Aliás, o caso mais bem-sucedido de patrocínio esportivo no Brasil se deu exatamente em outro esporte: a parceria de mais de 20 anos entre o Banco do Brasil e o Voleibol nacional. De um lado há uma marca que conseguiu rejuvenescer, se modernizar e incluir na sua base de clientes pessoas mais jovens, e de outro uma modalidade que se tornou a segunda mais popular do País e uma referência mundial, com mais de 60 títulos internacionais conquistados em todas as suas categorias.

E mesmo esportes pouco difundidos podem também se mostrar interessantes para a estratégia de marca de algumas empresas. O Rugby, que tem menos de 1% de adeptos no País, conseguiu desenvolver um projeto organizado e audacioso que atraiu nomes importantes como Bradesco, Topper, Heineken e JAC Motors. Com isso, a Confederação Brasileira de Rugby conseguiu captar quase metade da sua receita apenas com os patrocinadores: foram R$ 2,3 milhões em 2012, um valor 2,5 vezes maior do que no ano anterior. Como resultado, a modalidade já possui 24 clubes federados e mais de mil praticantes, além de ter conseguido a exibição de alguns jogos na SporTV, maior canal esportivo do País.

A indústria esportiva no Brasil vem se estruturando e oferecendo inúmeras possibilidades de ações de marketing para empresas de todos os tipos e tamanhos. Cabe aos gestores das marcas e das entidades esportivas trabalharem em conjunto para atingir o coração do consumidor, algo que dificilmente outro setor da economia proporciona de forma tão contundente.

* Fernando Trevisan é consultor e pesquisador da Trevisan Gestão do Esporte e diretor da Trevisan Escola de Negócios

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