Solidariedade de Özil no interior do Maranhão

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Os pacientes recebem as boas-vindas em alemão. A maioria vem de longe até Coroatá, cidade localizada no leste do Maranhão. São famílias que percorrem 200, 300 quilômetros em busca de uma ação humanitária praticada por médicos e enfermeiros da Alemanha para tratar uma doença conhecida como lábios leporinos, que atinge uma em cada 650 crianças brasileiras, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A missão começou há 23 anos e ganhou um reforço valioso em 2006, como legado da Copa do Mundo na Alemanha. Eles abriram mão das férias para operar, de graça, crianças portadoras de uma deformação nos lábios, que só é tratada com cirurgia.

A iniciativa comoveu os tetracampeões do mundo e, desde então, vem ajudando na erradicação da doença nos países-sede das Copas. As campanhas já ocorreram na África do Sul (2010) e agora no Brasil.

Além de doações em dinheiro, o meia turco Mesut Özil, um dos craques da seleção alemã, faz campanha para ajudar as crianças brasileiras. “Eu adoro crianças e fico feliz em poder ajudar no tratamento delas”, afirma.

A solidariedade de Özil está devolvendo o sorriso das crianças pobres do Nordeste. E, aos poucos, vai mudando aquela impressão que ficou dos alemães, depois do amargo placar de 7 a 1 na Copa do Mundo do Brasil.

O lavrador Hamilton dos Santos buscou, durante cinco anos, uma cirurgia para filha no sistema único de saúde (SUS), mas não conseguiu. Desta vez ficou feliz da vida. “Uma pessoa se importar com outra nação, outro país, como esse aqui, né? Uma doação, uma ajuda que um homem desse fez, rapaz, isso aqui é muito importante”, afirmou o lavrador.

“Eu não queria ver eles. Eram tudo nojento. Antipáticos. Porque, só botar o Brasil fora da Copa a gente fica magoado, né? Aí hoje não. Tenho outra impressão deles. Eles são umas pessoas humildes, humanos (sic)”, afirmou a dona de casa Claudiane Silva Gama.

Oitenta cirurgias foram agendadas este ano. Os pacientes ficam internados duas semanas, com medicamento e alimentação, doados por uma fundação apoiada pelos jogadores. As crianças ganham brinquedos e o uniforme da seleção alemã.

Fotos: Aldo Carneiro / Pernambuco Press

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Solidariedade de Ozil

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O preto, vermelho e amarelo, cores presentes na bandeira alemã, têm um significado especial para mais de 100 crianças da cidade maranhense de Coroatá, localizada a 260 quilômetros de São Luís. O motivo? A iniciativa do meia turco Mesut Özil, em disponibilizar atendimento médico para as crianças do município situado a leste do estado.

Um ano depois da Copa do Mundo, os alemães continuam a dar um show fora de campo. Uma vez por ano, 14 médicos da Alemanha vem para Coroatá operar crianças de graça durante 15 dias na clínica construída na cidade com ajuda alemã.

“A gente não tem cirurgião pediátrico, então quem faz as cirurgias pediátricas são os cirurgiões gerais e quando a criança é muito pequena eles acabam não fazendo. Então a criança precisa ir até São Luís para realizar a cirurgia”, explicou Tatiana Oliveira Rodrigues, pediatra em Coroatá.

No ano passado, mais de 100 crianças com lábios leporinos e fenda palatina (abertura na região do lábio ou palato, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas, que ocorre entre a quarta e a décima semana de gestação) foram operadas pelos médicos que vieram da Alemanha.

Durante a copa do mundo, o jogador fez uma doação em dinheiro para ajudar esse projeto. Agora, ele mostrou mais uma vez que também bate um bolão fora dos gramados. A copa acabou, mas os alemães continuam fazendo “gols” importantes por aqui.

A doação de Özil vai ajudar diretamente a fazer as cirurgias de 11 crianças, que ainda vão ser selecionadas pela igreja católica, que coordena o projeto na cidade. A iniciativa do meio campista ganhou destaque no site da Federação Alemã de Futebol.  Ele disse que “Mesmo um ano depois de ganhar a Copa do Mundo, quer continuar a deixar uma marca positiva no Brasil”.

A doação pode ajudar outras crianças como a menina Nicole, de 10 anos, que hoje escuta graças aos médicos voluntários. “Eu não ouvia direito e agora to ouvindo bem”, disse envergonhada.

O Alexandre, de 1 ano e 3 meses também ganhou mais qualidade de vida. “Ele não teve mais dificuldade para se alimentar, pois era mais difícil para ele comer por causa da boquinha dele” afirmou a lavradora Franciane Oliveira de Souza, mãe do garoto.

Não é por acaso que com a bola no pé ou sem, eles estão ganhando cada vez mais admiradores no Brasil.

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