Parlamentares criticam omissão de dados da Covid
Parlamentares maranhenses se manifestaram nas redes sociais depois que o governo Jair Bolsonaro decidiu mudar o sistema de divulgação dos dados sobre a pandemia do novo coronavírus no país, mostrando apenas os números das últimas 24 horas.
O Ministério da Saúde retirou, do site oficial sobre a pandemia do novo coronavírus, os dados acumulados sobre o número de infectados e mortos pela Covid-19.
O governo também anuncia que vai recontar os casos e os óbitos em todo o país.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania) disse que a medida mostra total falta de transparência do governo.
“Numa demonstração de total falta de transparência, o portal do Ministério da Saúde volta ao ar contendo apenas os números diários de novos casos e de óbitos da doença. O governo parece querer apagar da memória os mais de 35 mil mortos e os 658 mil casos da doença”, afirmou.
O deputado Juscelino Filho (DEM) defendeu seriedade e transparência.
“Dados do coronavírus precisam ser tratados e divulgados com seriedade e transparência. Eles é que devem basear o combate à Covida-19 e a flexibilização do isolamento social. A pandemia ainda avança de forma acelerada no Brasil, o que demanda ainda mais responsabilidade de todos”.
Os deputados Bira do Pindaré (PSB), Márcio Jerry (PCdoB) e o senador Weverton Rocha (PDT) também se manifestaram.
“Só faltava essa. Manipulação de dados. Mas o que esperar de um governo que foi eleito com base em fake news?”, perguntou Bira do Pindaré.
“Neste momento a pauta do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro é recontar o número de mortos. Gastar tempo e recursos para recontar mortos encobre dados reais importantes, não recupera a vida de ninguém e impede que muitas vidas sejam salvas. Lógica genocida do governo em curso”, disse Márcio Jerry.
“É um golpe na transparência o fato de o Governo Federal retirar do ar o portal com dados atualizados sobre o coronavírus no Brasil. Negar o número de mortos não muda a situação, mas mostra o interesse em manipular informação e abandonar de vez o combate à Covid-19. Gravíssimo”, destacou Weverton.
Foto: AFP