A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), protocolou, nesta terça-feira (2), na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo um requerimento que solicita audiência pública para debater o PLS 465/2018 que altera os limites do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
O projeto pretende retirar do interior do parque territórios ocupados por povoados e ampliar a área de unidade de conservação sobre territórios com menor densidade demográfica e no mar territorial brasileiro.
Para a audiência, a senadora convidou o professor da Universidade Federal do Maranhão e pesquisador do Parque há 5 anos, Benedito Souza Filho; o representante da Fetaema, Diogo Cabral; a bióloga do Instituto Amares, Nathali Ristau e um representante da Contag do Maranhão.
O deputado estadual Wellington do Curso (PP) lamentou o resultado de pesquisa realizada pela consultoria Macroplan que mostra que o Maranhão é o estado com a pior qualidade de vida do país. O resultado da pesquisa foi publicado nesta quinta-feira (14), pela Revista Exame.
O Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), desenvolvido pela consultoria, avalia a situação de todas as unidades da federação em 28 indicadores agrupados em nove áreas. O ranking vai de 0 a 1 – quanto mais próximo de zero, pior é a condição de vida no local. Com base nos números apresentados pela pesquisa, o deputado Wellington questionou: Qual a mudança que ocorreu no Maranhão?
“De acordo com o levantamento, o Maranhão alcançou a pior pontuação (0,432) por apresentar um péssimo desempenho nas áreas analisadas — saúde, segurança, gestão pública, educação, juventude, infraestrutura, condições de vida e desenvolvimento social e econômico. Ao analisar os 28 indicadores, o estado vai muito mal em igualdade social. Houve uma perda significativa quanto à igualdade de renda. Já estamos há quase 03 anos nesse ‘novo momento’ e fica o questionamento: as mudanças são de fato ou apenas virtuais? Na propaganda? Os erros do passado continuam presentes? Em escolas abandonadas, hospitais sem estrutura e insegurança? Onde está mudança? Precisamos de ações efetivas que, de fato, impliquem no desenvolvimento do nosso Maranhão”, questionou Wellington ao lamentar a situação.
Os quadros que surgiram entre meados das décadas de 1960 e de 1980, ou seja, o grupo de colaboradores que tiveram Sarney, Pedro Neiva, Nunes Freire, Castelo e Luiz Rocha, tornaram-se importantes personagens da história administrativa e política de nosso Estado. Transformaram-se na mão de obra que avançaria na administração pública até meados dos anos 2000.
Agora, em meados da década de 2010, abre-se a oportunidade de uma nova geração repetir e quem sabe, superar o feito daquela geração de 50 anos atrás.
Se naquela época como governador tínhamos José Sarney, hoje temos Flávio Dino. Se os compararmos, em uma abstração temporal, poderíamos dizer que se equiparam, se bem que Sarney assumiu o governo com menos idade que Dino. Em 1966 Sarney tinha 36 anos e Dino nasceu em 1968, no meio do governo de Sarney. Dino assumiu o governo em 2015, com 47 anos de idade, 11 a mais que Sarney tinha na sua época e, portanto, com 10 anos a mais de experiência de vida e de trabalho acumulado, tendo sido juiz federal por quase 15 anos.
Se compararmos os currículos dos dois, antes de se tornarem governadores, veremos que ambos foram funcionários da Justiça e deputados federais, mas Dino, devido ter mais idade e experiência que Sarney, em tese, estaria mais bem preparado para o desafio de governar o nosso Estado.
Enquanto Sarney desbancaria o vitorinismo que controlava o Maranhão desde a década de 1930, Dino desbancaria o sarneysismo que se estabeleceu no Maranhão a partir de 1966 e que em certas ocasiões, entrou e saiu de cena, com mais ou menos força e intensidade nestes 50 anos.
No tempo de Sarney, ele tinha Alberto Tavares, Eliezer Moreira, Joaquim Itapary, José Reinaldo Tavares, João Alberto (que era tido como comunista), Cabral Marques, Lourenço Vieira da Silva, Haroldo Tavares, Carlos Madeira, Edson Vidigal, Cesar Cals, Bandeira Tribuzi, Vicente Fialho e Reginaldo Teles, dentre tantos outros importantes nomes de nosso Estado e de nosso país.
Analisando os nomes citados descobrimos que alguns chegaram a ocupar cargos de ministros do STF e STJ, de ministros de Estado, diretores de grandes autarquias federais, de senadores, deputados federais, além de serem homens de letras e humanistas.
O que vemos hoje é um grupo, talvez não tão jovem quanto o de 67, mas que tem a mesma missão. A de mudar o Maranhão.
Quadros nem sempre com pouca experiência como é o caso de Marcelo Tavares, Márcio Jerry, Carlos Brandão e Humberto Coutinho, que já militam na política faz bastante tempo e acumularam experiências importantes em suas vidas.
E outros como Ted Lago, Felipe Camarão, Carlos Lula, Marcellus Ribeiro Alves, Diego Galdino, Rodrigo Lago, além de Marcos Braide, Diogo Diniz Lima e Lula Fylho, esses três últimos, oferecendo sua importante força de trabalho à prefeitura de São Luís.
Escrevo este texto não para comparar Sarney com Dino ou seus respectivos staffs. Aludo esse assunto para comprovar que ambos os grupos buscaram antes e buscam agora a implementação de mudanças transformadoras das realidades que encontraram e com as quais, em tempos diferentes, discordavam.
Comprovo que em 2015, assim como em 1967, a tarefa delegada àqueles, como também a estes jovens, foi e é imensa. Acredito que, como aconteceu antes, acontecerão agora as mesmas transformações que foram tão benéficas ao nosso Estado e ao nosso povo.
Abstraindo preferências ideológicas, partidárias e políticas, sem maniqueísmo nem sectarismo, vejo nas atribuições destes jovens, hoje, uma possibilidade muito maior de sucesso que 50 anos atrás, mesmo que seja obrigado a reconhecer que o passado já foi provado, gostemos dele ou não, e que o presente ainda está por se provar.
De tudo isso, uma coisa é muito clara para mim: 50 anos sem uma renovação política efetiva é realmente tempo demais para, de uma forma ou de outra, não acabarmos desaguando em alguns erros de avaliação e de percurso.
É sabido que a preservação do poder por um tempo prolongado demais causa sérios problemas no exercício deste mesmo poder, o que requer uma constante reciclagem de lideranças e de métodos de atuação.
A não observância das leis básicas da boa política causa mudanças nem sempre suaves ou facilmente absorvíveis. As leis básicas da boa política valem para todos, em todos os tempos e em todas as situações!
A adesão desesperada do deputado estadual Hélio Soares (PMDB) à candidatura de Flávio Dino (PCdoB) é a prova maior de que o projeto de mudança pregada pelo comunista é apenas de troca de comando no poder.
Como Flávio Dino vai mudar o Maranhão se sua campanha é formada exatamente por quem passou os anos todos no poder?
Além de Hélio Soares, estão com Dino figuras como Waldir Maranhão (PP), José Reinaldo Tavares (PSB), Cleomar Tema Cunha, Abanadab Léda, Pinto Itamaraty (PSDB), Aderson Lago (SDD), João Castelo (PSDB), Edivaldo Holanda (PTC), Carlos Brandão (PSDB) e Roberto Rocha (PSDB).
Pais, filhos, netos e agregados do poder que o próprio Dino diz estar aí há 50 anos e pretende mudar.
E os mesmos que estão ou estavam lá, vão voltar ao mesmo lugar se o comunista vencer a eleição.
Ou seja, apenas o próprio Flávio Dino mudou para tentar chegar ao poder.