Mulher mora em calçada de avenida

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Moradorarua

Desempregada, passando por problemas financeiros e sem ter para onde ir, uma mulher identificada como Maria Medalha Soares, 47 anos, decidiu montar uma barraca no calçadão da Avenida Beira Mar, em São Luís.

Em entrevista ao G1 Maria, que é natural da cidade de Valença, no estado da Bahia, diz que está morando no local cerca de seis meses e que antes de “fixar” endereço no local ficava circulando pela capital maranhense. “Eu ficava circulando pela cidade. Do lado do São Francisco, também no Centro. Só que eu parei aqui”.

Maria Medalha conta que não sai muito da barraca e que não tem nenhum parente em nenhuma parte do país. “Eu não tenho família. Eu não tenho parente e emprego eu também não tenho e realmente eu estou aqui parada há uns cinco ou seis meses e nesse tempo eu tenho ficado aqui quietinha”, revela.

Segundo ela, sua sobrevivência depende basicamente da ajuda de terceiros, que comovidos com a situação dela tentam lhe ajudar de todas as maneiras. “Eu não faço nada. Simplesmente as pessoas vão passando e vão me dando as coisas”. Ela acrescenta que ela só sairia das ruas após conseguir um emprego. “Alternativa só com um emprego certo. O certo mesmo para recomeçar faxina”, diz.

Antes de se mudar para o Maranhão, Maria Medalha Soares conta que morou em São Paulo. Lá, ela trabalhou em uma empresa como faxineira e no mesmo local foi promovida para a função de ascensorista de elevador. No entanto, após ser despedida ela não teve mais como se manter e foi obrigada a sair da capital paulista.

“Depois de um bom tempo adulto eu segui para São Paulo e comecei a trabalhar como faxineira e no mesmo local de trabalho eu fui promovida para assessorista. No caso essa história foi no desemprego mesmo. Depois de um tempo eu fui demitida e não consegui retornar a trabalho nenhum e aí eu fiquei aí circulando por alguns estados até que eu vim parar aqui”, finaliza.

Pirata da Litorânea

Situação parecida também passou o artista plástico Antonio Carlos da Silva, mais conhecido como “Pirata da Litorânea”, que fez de um veículo a sua casa. “Pirata” manteve uma rotina e viveu por mais de três anos no interior de um fusca na Avenida Litorânea, situada na orla marítima de São Luís.

Foto: Michel Sousa/ G1

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