Por Marco D’Eça
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) já percebeu a enrascada em que se meteu ao se deixar conduzir pelos líderes de PCdoB, PDT e PSB.
A guerra interna dessas legendas por espaços de poder em seu governo está acabando com a sua gestão.
Felizmente, o prefeito parece ter percebido o risco que corre. E começou a mudar o rumo.
Escolhas técnicas
A nomeação de Andréa Everton e Fabíola Aguiar para as secretarias de Assistência Social e de Trânsito, respectivamente, foi a forma que Holandinha teve para dizer que não aguenta mais e quer se afastar da influência política de comunistas e pedetistas – que já se engalfinhavam pelas vagas.
O prefeito sabe que cometeu um erro ao nomear indicações políticas para pastas que deveriam ser controladas por gente de sua inteira confiança, como Educação e Saúde.
Ele também deve mudar os dois secretários destas pastas, que não renderam o esperado.
Mas já definiu que as escolhas serão técnicas.
Outro erro de Holandinha foi deixar que porta-vozes do PCdoB tomassem as rédeas de seu governo e a interlocução com a imprensa.
Isolado em seu gabinete, o prefeito deixou que os comunistas assumissem divulgação e exclusividade nas respotas da prefeitura, usando gente desqualificada e despreparada para o exercício midiático, fundamental para a compreensão que a sociedade tem do governo.
O caso Felipe
PCdoB e PDT brigam agora pelo lugar de Felipe Camarão no Urbanismo – ele deve deixar o cargo por que não conseguiu liberação da Advocacia Geral da União, onde é concursado.
Camarão é um dos nomes da cota pessoal do prefeito.
Discreto, competentíssimo e afastado das pendengas políticas, ele chegou a ser assediado por emissários do PCdoB, que queriam transformar a secretaria em mais um feudo do partido – como já fizeram com a Educação, com a ainda inexistente pasta da Habitação e, indiretamente, com a Cultura, além da Comunicação, só para citar algumas.
Mas Holandinha também já sabe que Felipe Camarão não teve a liberação da AGU também por conta da ação do PCdoB em Brasília.
Marcos Briad: blindagem jurídica e pessoal
Apoio pessoal
Em sua gestão, além de Camarão, o prefeito conta com o auxílio fundamental de outros dois técnicos, também alheios às questiúnculas políticas – sobretudo as disputas envolvendo PDT e PCdoB.
São eles: Rodrigo Marques, secretário de Governo, e Marcos Braid, procurador-geral do Município, amigos de infância e homens de confiança do prefeito.
Os dois dão o suporte administrativo e legal que garantem as ações do prefeito nos bastidores – e que irritam sobremaneira a banda partidária da administração.
Tanto que Rodrigo vem sendo minado há alguns dias por ações do PCdoB.
Seu cargo é cobiçado pelos comunistas desde antes do início da gestão. Por isso, Marques é alvo preferencial quando o objetivo é bombardear o núcleo de poder de Edivaldo.
No comando
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior sabe que poderá ficar isolado se tomar uma decisão drástica contra a influência político – e sobretudo eleitoral – em sua administração.
Mais aos poucos, vai afastando quem deve ser afastado e impedindo a ascenção de interesses partidários, demarcando as áreas importantes com gente de sua confiança, blindada contra as artimanhas políticas.
Assim, começa a tomar as rédeas de seu governo.
E isso é bom para a sociedade…