Maranhão monta time para a Liga de Basquete Feminino
No último domingo, em Americana, enquanto a seleção brasileira feminina disputava o amistoso contra Cuba, um assunto tomava conta do ginásio: a presença do time do Maranhão na próxima edição da Liga de Basquete Feminino. Todo mundo queria saber como seria montada a equipe, e para isso fui conversar com Betinho, o técnico que estava sentado na arquibancada acompanhando a partida.
– Estou aqui olhando algumas jogadoras para montar a equipe, que tem o apoio do Estado do Maranhão e do Fernando Sarney (que também é vice-presidente da CBF – na foto). A equipe terá a presença da Iziane e de mais três atletas estrangeiras (limite do regulamento da LBF – Art. 13), e é ela, Iziane, que está olhando isso para mim – conta Betinho, que conversou, depois da partida da seleção, com Alessandra, pivô campeã mundial em 1994 que estava no ginásio (a atleta, um mito do basquete brasileiro, também tem proposta de São José dos Campos).
Duas empresas estão sendo contatadas para viabilizar o projeto: a Alumar (Consórcio de Alumínio do Maranhão) e o Grupo EBX, do bilionário Eike Batista (coincidentemente, a OGX, uma das empresas de Eike, adquiriu participação em um Bloco Terrestre no interior do Maranhão). Procurada pelo blog, a assessoria do Grupo EBX disse que “está analisando a possibilidade de patrocínio” ao time de basquete. Dos reforços, Iziane tem conversado com Sandora Irvin, sua companheira no Atlanta Dream, da WNBA, e uma croata cujo nome Betinho não soube revelar. De acordo com o técnico, nomes como as “nativas” Juliana Maranhão, que jogou a última Liga pela Mangueira, e Maria Claudia, atualmente em Jundiaí, são pretendidas.
Para quem não sabe, a ligação da família Sarney com o basquete é bem longa. Foi ela que costurou o acordo entre Eletrobrás e Confederação Brasileira de Basketball há sete anos (quem não se lembra da presença dos Sarney nas primeiras filas do Pré-Olímpico de Las Vegas, em 2007). Vamos ver o que acontecerá com o projeto do Maranhão, mas ao que parece está surgindo um grande time para a segunda edição da LBF. A minha torcida é que a equipe prolongue as atividades por mais de uma temporada (a continuidade seria muito benéfica para o basquete).