Todos odeiam todos

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Chantagens, ameaças, traições, negociatas e troca de favores formam os aspectos que marcam a disputa pelas duas vagas de senador na chapa do governador Flávio Dino (PCdoB). A guerra renhida e “fratricida” mostra também que, na base do governo comunista, ninguém gosta de ninguém e tudo se resolve com pressão e opressão de lado a lado.

A manifestação pública de Flávio Dino em favor da candidatura senatorial do pedetista Weverton Rocha, por exemplo, se deu em meio às ameaças do PDT, de retirar o apoio ao PCdoB. Sabendo da própria fragilidade em compor um palanque com tempo de televisão, os comunistas não tiveram alternativas a não ser ceder às chantagens do presidente nacional pedetista Carlos Lupi e companhia.

O outro candidato a senador mais próximo de Dino apela para o emocional e joga na cara do comunista “tudo o que José Reinaldo já fez por ele”. Tavares espera a retribuição do governador ao gesto que ele fez em 2006 e 2010. E se isso não ocorrer, seus aliados tratarão de espalhar a traição do comunista.

Traição é o que já vê o deputado federal Waldir Maranhão (Avante). Ele garante ter um acordo com Flávio Dino para ser o candidato a senador, com aval do próprio ex-presidente Lula. Ocorre que Dino demonstra cada vez mais o desinteresse em cumprir tal acordo.

A troca de favores foi a opção encontrada por Eliziane Gama e sua igreja, a Assembleia de Deus. Os evangélicos até estariam dispostos a fechar questão em torno do comunista para o Governo do Estado, desde que este abra espaço para sua deputada na chapa senatorial. E assim vai se construindo a chapa do comunista Flávio Dino. Onde todos odeiam todos.

Estado Maior

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Maranhão oferece terreno para refinaria

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RefinariaPremiuI
Área onde a obra da Petrobras foi paralisada receberia investimento de R$ 8 bilhões

Negociações entre Brasil, Irã e Índia podem resultar na construção de uma refinaria de petróleo e de uma planta petroquímica em um dos estados mais pobres do País, segundo políticos, um diplomata e outras pessoas próximas às conversas. O Maranhão propõe ceder para o projeto os mais de 2.000 hectares onde a obra da refinaria Premium I da Petrobras foi paralisada em 2015, segundo um funcionário do governo estadual. A informação é de OGlobo.

A região já possui um porto de águas profundas para navios-tanque, e sua localização facilita acesso ao Pacífico e à Ásia por meio do Canal do Panamá.

A estatal petroleira disse, em e-mail, que não participa do novo projeto.

Embora possua grande reserva de petróleo, o Brasil carece de capacidade de refino. O projeto poderia ajudar o país a ser menos dependente das importações de combustível refinado e alavancar a economia local, disse o deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB-MA), em entrevista. O projeto exigiria investimento de pelo menos R$ 8 bilhões, segundo o parlamentar, que esteve recentemente em Teerã e Nova Délhi como membro de uma delegação oficial do Maranhão.

Autoridades iranianas do setor petroleiro visitaram duas vezes o local, situado no município de Bacabeira, disse uma autoridade local do Maranhão. Mohammad Ali Ghanezadeh, embaixador do Irã no Brasil, disse em entrevista que seu governo está “muito interessado” e “disposto a colocar dinheiro e energia” no projeto. Ele acrescentou que o principal obstáculo para o acordo são as sanções bancárias dos EUA que permanecem em vigor apesar do histórico acordo nuclear assinado com as grandes potências em 2015.

A Engineers India Ltd, empresa engenharia com sede em Nova Délhi, está participando das discussões, mas seu envolvimento dependerá das condições de financiamento, segundo pessoas familiarizadas com as conversas na Índia e no Brasil. A EIL não respondeu a telefonemas e e-mails da Bloomberg.

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Juscelino Filho pede unidade do ITA

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JuscelinoFilho
Intuito é utilizar a estrutura da Base de Alcântara enquanto se constrói a unidade definitiva

Para pleitear uma unidade do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) para o estado do Maranhão, os deputados federais Juscelino Filho (DEM) e José Reinaldo (PSB) estiveram esta semana nos ministérios da Defesa e da Educação. Para iniciar a fase de estudos e seleção, intuito é utilizar a estrutura da Base Aérea de Alcântara enquanto se constrói a unidade definitiva.

Juscelino Filho comentou sobre as reuniões e se diz muito otimista: “Hoje nos reunimos com os ministros Raul Jungmann (da Defesa) e Mendonça Filho (da Educação) e saí otimista dos encontros. Uma unidade do ITA é um sucesso acadêmico brasileiro e precisamos trazê-lo para nós. Será um avanço tecnológico para nosso estado, para a formação do maranhense. Nas reuniões de hoje já tivemos vários progressos”.

Aluno do ITA de São José dos Campos, em São Paulo, nos anos 50, o deputado José Reinaldo falou da oportunidade que se tem para reverter a atual situação da área da educação no Maranhão: “Me sinto lisonjeado por ter sido aluno do ITA. Uma nova instalação seria uma grande oportunidade de reverter a atual situação da área da educação. Os vestibulares poderiam ser iniciados logo, com essa fase inicial durando dois anos e com a parceria da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), teríamos mais três anos para concluir a construção do complexo.”

Aos ministérios, os parlamentares reivindicaram investimentos para a formação do plano diretor e para a contratação de professores. O secretário de educação superior do Ministério da Educação, PauIo Barone, auxiliará nesta demanda. Mendonça Filho se comprometeu a solicitar os estudos de viabilidade para a execução do projeto e afirmou ser “interessante para o país todo ter mais unidade do Instituto e que essa oportunidade não pode ser desperdiçada”.

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Márcio Jerry responde a crítica de José Reinaldo

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MarcioJerry

Se o governador Flávio Dino optou por responder subliminarmente as duras críticas feitas pelo ex-governador e atual deputado federal, José Reinaldo, a fraca articulação política do Governo Dino, o secretário de Assuntos Políticos, Márcio Jerry, vestiu a carapuça e respondeu ao ainda aliado.

Obviamente que o alvo de José Reinaldo era justamente Márcio Jerry, homem forte e todo poderoso dentro do Governo Flávio e para muitos o responsável pelas péssimas articulações políticas no primeiro ano da gestão do comunista.

Jerry, utilizando as redes sociais, rebateu as críticas de José Reinaldo dizendo que no Governo Flávio Dino a prioridade será o povo e não a classe política.

O ‘articulador político’ de Flávio Dino também contestou a afirmação de José Reinaldo sobre o grupo Sarney e na postagem ainda atingiu diretamente o deputado federal, afinal ele foi durante muito tempo um integrante de peso da tal ‘oligarquia’ e foi governador do Maranhão, logo tem a sua parcela de culpa no tal ‘atraso’ citado por Jerry.

Como o Blog avisou, as críticas de José Reinaldo teriam desdobramentos, afinal a postura eternamente raivosa de Flávio Dino e seus asseclas não deixariam barato e desdobramentos ainda virão pela frente, podem ter certeza.

Blog do Jorge Aragão

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José Reinaldo critica articulação política de Dino

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MarcioJerry

O ex-governador do Maranhão e atual deputado federal, José Reinaldo Tavares, não poupou críticas ao Governo Flávio Dino, de quem é aliado, no quesito articulação política. As críticas foram feitas neste domingo (10), através de entrevista concedida ao Jornal Pequeno.

Apesar de ter reconhecido avanço do Governo Flávio Dino na área administrativa, José Reinaldo criticou duramente o ‘lado político’ da gestão do comunista e o privilégio ao PCdoB.

“Na parte política o governo tem pecado demais, não tem tido solidariedade com alguns companheiros. Tem privilegiado muito o PCdoB, na ocupação dos cargos no interior. E com isso há uma insatisfação grande em relação ao governo na área política. Ele tem que renovar a articulação política”, disse.

O ex-governador também criticou a política que está sendo feita pelo Governo Flávio Dino no interior com relação as eleições municipais deste ano.

“Não acho errado irmos buscar uma pessoa, um candidato no PDT, PSB, PSDB, no PT. Não é isso. Acho errado é pegar uma pessoa que tem patamar de vereador e coloca-la como uma grande liderança em cima de lideranças já consolidadas. Então, isso é brincar com fogo”, afirmou José Reinaldo.

O deputado federal fez questão de explicar a expressão ‘brincar com fogo’ e disse que Flávio Dino se omitiu na ‘disputa’ dos cargos federais, perdendo todos para o grupo Sarney e ainda levantou a possibilidade real de um futuro adversário de Dino sair do seu próprio grupo político.

“Se generalizar essas insatisfações, essas defecções, cria um campo perigoso. Na área federal o Flávio se omitiu no debate dos cargos federais. Os cargos foram todos indicados pelo Sarney. Essa coisa é um problema. Acho que do próprio grupo do Flávio pode sair um futuro adversário político. Você tem uma máquina e tem uma porção de gente insatisfeita. Prefeitos importantes querem conversar com o Flávio e não são recebidos”, declarou.

Essa não é a primeira vez que José Reinaldo Tavares deixa claro que na articulação política o Governo Flávio Dino tem sido desastroso. Entretanto, apesar de sua larga experiência política, o ex-governador parece não ser ouvido.

Foto: Handson Chagas/ Secom

Blog do Jorge Aragão

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Julião abre o verbo contra Zé Reinaldo

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juliaoamim“Nunca foi segredo para ninguém. O Zé Reinaldo nunca gostou do PDT, ele não apoiava e nem queria Jackson Lago como governador, agora ele está fazendo de tudo para sairmos da aliança com o Flávio Dino”, afirmou com exclusividade a este jornalista, o presidente do diretório estadual do PDT, Julião Amim.

A afirmação foi dada, um dia após do anúncio da intenção da aliança ser consolidada entre PCdoB e PSDB no Maranhão, mediante a concessão da vaga de vice-governador. Cargo este que já estava prometido para o PDT, desde 2012.

Julião Amim durante a conversa lembrou que o PDT é o maior partido da oposição no estado. “São mais de 50 mil filiados em todo o Maranhão e a única legenda presente em todos os bairros da capital”, exaltou.

O pedetista diz que neste momento deve-se ter muita “cabeça” e não fazer besteira. O diálogo continuará aberto com Flávio Dino (PCdoB) e quer que a discussão envolva todos os partidos, não somente o PDT, que se coloque em discussão toda formação da chapa majoritária.

“Nós acreditamos na verdadeira mudança que pode ser proporcionada no estado através de Flávio Dino, mas exigimos respeito. Sei que o Zé Reinaldo e companhia estão trabalhando para tirar o PDT do grupo oposicionista, mas acredito que o Flávio é inteligente e não vá permitir que isto aconteça”, reiterou.

As declarações do presidente do PDT maranhense, evidenciam a crise que está instalada no grupo oposicionista e confirmou a matéria que foi veiculada hoje neste blog (veja aqui), que membros da oposição maranhense não querem mais os pedetistas na aliança estadual.

Blog do Diego Emir

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Opinião equilibrada

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igorlagoPor Igor Lago

No Brasil e no Maranhão, a situação dos presídios – muitos, infelizmente, verdadeiras universidades do crime, estão colocando em cheque as políticas adotadas até aqui por vários governos estaduais, a exemplo do Maranhão, Rio Grande do Sul e o Rio Grande do Norte.

As diferentes organizações e entidades que tratam do tema tem alertado, constantemente, o grave problema a ser tratado como prioridade, ainda que tardiamente.

No caso específico do Maranhão, devo lembrar que houve uma tentativa de adotar uma política diferente para a área, centrada na prevenção, no controle e na repressão qualificada da violência, criando-se a primeira Secretaria de Segurança Cidadã do Brasil, com compromisso de implantar no Maranhão o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que se caracterizava principalmente pela integração entre as polícias.

Muitos avanços se deram, dentre estes, o aumento do contingente desses bravos profissionais, os policiais militares, para tentar compensar o seu déficit histórico. Foram contratados 1000 novos policiais militares. É preciso compreender que nos 172 anos da Polícia Militar do Maranhão, o efetivo total era de 6.706, ou seja, aumentou-se em 14,91%. Também foram entregues 400 novas viaturas quando a frota inteira era de 1240 viaturas, ou seja, um aumento de 32,25%.

Foram criadas, também, 500 novas vagas nos presídios, o que ainda era pouco para a demanda crescente, mas que representava algo se levarmos em consideração os 9 anos precedentes que só criaram 450 e, em toda a história do estado, 1716 vagas.

Mas, repito, o que se estava formatando era o novo enfoque da segurança pública no sentido de aproximá-la do cidadão, das comunidades, no respeito aos direitos humanos.

E, precisamos reconhecer, aquele governo que durou pouco, não era “mil maravilhas”. Também tinha os seus problemas em muitas áreas, inclusive na segurança pública, que teria de enfrentar ou sofrer os desgastes inerentes.

Creio que uma boa visão administrativa é continuar aquilo que está dando resultados positivos, independentemente da cor política de quem implementa a iniciativa.

Essa crise na segurança pública, os alarmantes índices de violência, as lastimáveis tragédias pessoais e familiares são inaceitáveis porque resultantes de uma política nacional e estadual a ser reformulada.

Que me desculpem os portadores de ambições políticas e eleitorais, os bem-pagos mercadores da opinião pública na grande, média e pequena mídia, alinhada ou não ao sarneyísmo e/ou aos seus dissidentes, o reinaldo-dinismo, é dever de todos ter serenidade, altivez e sentimento cívico para não cairmos no uso vulgar e barato da atual situação.

Percebe-se, nitidamente, o uso político-partidário e pré-eleitoral de uma situação que exige algo muito maior, a civilidade baseada nos melhores valores da cidadania.

Chega-se ao cúmulo do irracional a divulgação de boatos, o uso de imagens de fotos ou vídeos que ocorreram em outras localidades e tempos diferentes, ou seja, a mentira usada da forma mais sorrateira na tentativa de espalhar ou ajudar a criar um clima de pânico numa população já insegura e fragilizada que merece muito mais atenção e respeito.

Lastimável, também, o uso corriqueiro de imagens da violência no nível mais repugnante pelos meios de comunicação. É a banalização da violência e do crime a serviço do lucro empresarial. É o apelo pela audiência e, consequentemente, pelos dividendos das publicidades.

Mas, sou daqueles que pensam que as autoridades maranhenses podem fazer muito mais, como rever a política adotada até aqui, aproveitar o que se inovou no passado e foi abandonado, incentivar os profissionais da área com mais investimentos e melhores salários, insistir na presença da polícia nas ruas e chamar as entidades do setor para sugerir e ajudar a adotar políticas administrativas mais efetivas e comprometidas com o nosso futuro.

Precisam, na verdade, calçar as sandálias da humildade e enfrentar a crise junto com a sociedade para o bem de todos.

* Igor Lago é médico e filho do ex-governador do Maranhão, Jackson Lago

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