À espera de sua hora

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Por Joaquim Haickel

Dentre os assuntos de minha predileção se destacam cinema e política e hoje vou tentar traçar um sutil paralelo entre eles.

Eu sempre preferi os atores coadjuvantes aos principais. De astros mais antigos como Walter Brennan, Walter Huston e Peter Ustinov, até os mais recentes como Gene Hackmam, Robert Duvall e Mahershala Ali, os coadjuvantes, a meu ver, realizam trabalhos muito importantes para que os atores principais se notabilizem e brilhem.

Feito este preâmbulo, adentro propriamente ao assunto deste texto. Os personagens coadjuvantes da política conseguem manter-se em evidência por mais tempo e com mais efetividade, eficiência e eficácia que os personagens principais, que estão mais sujeitos aos desgastes ocasionados pela maquiagem e os holofotes. Falo isso para comentar sobre uma pessoa que se manteve durante toda sua vida atuando num segundo plano, nunca gostou dos flashes, nunca ocupou os lugares centrais do palco, e apesar disso sempre desenvolveu o seu trabalho com extrema dedicação e perícia, algumas vezes até bem mais que era esperado.

O nosso personagem nasceu em uma família bem estruturada, foi criado no respeito aos bons costumes, comuns aos anos de 1960. Estudou em um colégio tido como repassador de ótimo conteúdo e de rígida disciplina, ingredientes indispensáveis para formar um bom cidadão. Quando jovem não era o primeiro aluno da turma, mas estava sempre entre os seus líderes. Atleta, nunca foi o craque do time de basquete, mas era um dos titulares. Foi assim durante toda sua vida: Sempre entre os melhores.

Seu pai destacou-se na vida pública. Foi deputado estadual, secretário de estado e conselheiro no Tribunal de Contas do Maranhão. Chefe político no sertão maranhense, onde seus filhos o sucederam, tanto nos negócios quanto na política.

Estou falando de Carlos Orleans Brandão Júnior, político que teve a paciência e a perseverança de aguardar o seu momento, passando por cargos de assessoramento, sendo secretário de estado, deputado federal, chegando gravitacionalmente ao cargo de vice-governador e agora é a bala na agulha para ser o próximo governador do estado do Maranhão.

Você poderia me perguntar! Que méritos ele tem para ser governador!? Ao que eu lhe responderia sem pestanejar: Inteligência física e emocional; capacidade de entendimento da realidade e do jogo político; competência administrativa e diplomática; maturidade como pessoa e como político; idade e experiência suficiente para saber que o sucesso de um político hoje em dia depende menos de dinheiro, poder ou mesmo de votos e muito mais de respeito, confiança e credibilidade, como no tempo em que ele começou seu aprendizado, na escola política onde seu pai e os amigos dele eram mestres, tempo em que os políticos eram respeitados e bem quistos pelas pessoas.

Brandão foi coadjuvante do então governador José Reinaldo Tavares, foi coadjuvante quando esteve na Câmara dos Deputados e tem sido um coadjuvante privilegiado como vice-governador de Flávio Dino, onde sempre demonstrou grande capacidade de diálogo e aglutinação, coisas para as quais seu superior só tem demonstrado propensão de pouco tempo para cá.

Tenho certeza que com Carlos Brandão o Maranhão vai ter a oportunidade de resgatar as boas práticas da política das décadas de 1960 e 1970, mas com valores humanísticos do século XXI.

Muitos astros que ganharam prêmios de melhores atores coadjuvantes se tornaram os maiores intérpretes de seu tempo e ganharam depois prêmios de atores principais como Anthony Quinn, Robert de Niro e Denzel Washington. Tenho a impressão que o mesmo acontecerá com Carlos Brandão, pois está chegando a hora dele protagonizar seu próprio filme e penso que ele não abrirá mão disso.

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Arrumando a casa!

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Por Joaquim Haickel

Passei os dois últimos anos do primeiro governo de Flávio Dino fazendo análises e críticas sobre seu modo de agir politicamente. Indiquei e provei diversas vezes que a mecânica da política se impõe sobre qualquer um e em qualquer caso, não importando quem seja o agente ou sua ideologia. Digo isso para reafirmar que a mera mudança de governante não significa mudança na prática política propriamente dita.

É bem verdade que pelo fato do grupo hegemônico anterior ter permanecido muito tempo no poder, a mudança que ocorreu em 2014 se sobressaiu bem mais.

Há uma outra coisa que precisa ser dita. Flávio Dino, espertamente, agiu em seu primeiro mandato como se na verdade estivesse na oposição, fazendo com que as críticas e as cobranças que deveriam ser feitas ao seu governo, fossem direcionadas para seus adversários!

Mas isso tudo é passado! Vamos ver o que o presente nos oferece e qual futuro nos aguarda.

FD está fazendo uma grande rearrumação em seu governo, trocando secretários de pastas, demitindo uns e indicando novos para substituí-los. O governador tem para com seus auxiliares uma postura muito peculiar. Ele não é igual a João Castelo, que ganhou de seus amigos o carinhoso apelido de “Deixa Comigo”, pois em que pesasse ter um excelente time de secretários, Castelo jogava nas 11 e fazia gols de placa em várias áreas! Flávio tem poucos auxiliares que possam ser chamados realmente de secretários, pessoas que realmente tenham autonomia. O que ele tem em abundância são prepostos, pessoas designadas por ele para cumprirem o papel protocolar de obedecê-lo e seguirem milimetricamente suas orientações.

Depois de se eleger para um segundo mandato, o governador precisa reacomodar seus aliados, que não são poucos, e para isso precisa calcular com astúcia e perícia cada movimento, no que é ajudado pela falta de competência de seus correligionários no que diz respeito à indicação de bons nomes para ocuparem cargos estratégicos.

Exemplo disso é o DEM, que perdeu a SEDES por não ter a sabedoria de indicar o nome do ex-líder do governo, Rogério Cafeteira, para essa secretaria. Flávio Dino precisava colocar Rogério em um cargo e o DEM, pensando mais em seu umbigo, perdeu uma grande oportunidade de empreender uma das mais importantes manobras da política: fazer filho na mulher dos outros!…

Rogério Cafeteira foi indicado para a SEDEL na conta pessoal do governador e o DEM parece que ficará com menos do que já tinha ou receberá algum posto bem menor que a SEDES.

Sobre a indicação de Cafeteira para a SEDEL, Dino comete o mesmo erro cometido por Roseana Sarney em 2011, ao nomear uma pessoa com excelente qualificação em outras áreas para exercer a gestão da SEDEL.

Quanto ao futuro, tudo indica que os ventos sopram decisivamente para estufar as velas do barco de Carlos Brandão, que como vice-governador, deve assumir o governo em meados de 2022 e se candidatar ao governo.

Deste movimento dependem todos os outros que passo aqui a imaginar e relatar: Em 2022 Flávio Dino se desincompatibilizará para disputar o Senado; Brandão, que sábia e competentemente, desde já, começa a criar em torno de si um grupo que lhe garanta a disputa do governo com grande vantagem, tomará posse; Weverton e Josimar devem ser outros dois postulantes ao governo e também estão neste mesmo grupo político; no time da oposição não vislumbro até este momento nenhum nome que possa ameaçar Brandão; Weverton deve se acertar com o vice, que precisará em sua campanha, do partido do senador, o PDT, que numa negociação vai querer indicar o vice do colinense; Josimar pode ou não se candidatar ao governo, mas penso que o “bota pra moer” que existe dentro dele não permitirá, levando-o a um possível acordo.

Bem, era isso que eu tinha pra dizer hoje! Até uma outra oportunidade.

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A escolha de Cafeteira e o equívoco de Joaquim

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O ex-secretário de Desporto e Lazer (sedel), Joaquim Haickel cometeu um grande equívoco ao analisar a escolha do ex-deputado Rogério Cafeteira (DEM) para ocupar a pasta no governo Flávio Dino. E o equívoco a que me refiro diz respeito a ele mesmo em relação ao governo de Roseana Sarney.

Joaquim diz que colocar Rogério Cafeteira na Sedel é um desperdício e injustiça. Da forma como Joaquim escreve, até parece que o esporte não necessita de alguém tão qualificado. É claro que precisa sim.

Neste sentido, na minha opinião, tanto Roseana Sarney, quanto Flávio Dino acertaram na escolha.

Rogério Cafeteira é um político hoje com bastante acesso ao governador e isso é fundamental para quem vai assumir uma secretaria.

Flávio Dino embora possa fazer muito mais pelo esporte tem de certa forma apoiado várias modalidades por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Lembro que, quando da escolha de Joaquim Haickel, o ex-secretário não demonstrava muito entusiasmo, mas dentro das limitações e dificuldades que encontrou acabou realizando um bom trabalho e deixou a sua principal marca – a Lei de Incentivo ao Esporte.

Além do apoio do governador, Rogério Cafeteira precisará ter uma equipe que de fato conheça e se dedique ao esporte, além de buscar meios necessários para que possam desenvolver um bom trabalho.

E o seu acesso ao governador deve servir para sensibilizá-lo a destinar mais recursos para que possa retomar com projetos fundamentais como Bolsa Atleta, desenvolver programa de qualificação para profissionais, buscar parcerias com as universidades, realizar a reforma da piscina e melhorar a estrutura do complexo esportivo, reformular o JEM’s e neste sentido poderá buscar parceria com a Seduc e o secretário Felipe Camarão, dentre outras coisas.

Vamos torcer para que Rogério Cafeteira faça um bom trabalho e que contribua com o desenvolvimento do esporte no Maranhão.

Foto: Reprodução/Twitter

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Aberta a temporada de caça

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Por Joaquim Haickel

As eleições municipais de 2020 devem transcorrer mais ou menos da mesma maneira de sempre. Haverá uma decisiva da política estadual e nacional em algumas cidades importantes, como é o caso de Imperatriz, São José de Ribamar, Caxias, Timon, Santa Inês, Codó, Balsas, entre outras.

No caso de São Luís a coisa será bem mais complicada, pois será este o cenário que servirá de laboratório para a eleição de governador em 2022.

Flávio Dino escolheu para seu vice um político de sua confiança, alguém que se não é uma potência eleitoral, o é quanto ao seu conhecimento do bom jogo da política. Carlos Brandão é peça fundamental no cenário político estadual.

Enquanto de agora em diante o poder e a importância do governador só vão caindo a cada dia, do vice, só vão crescendo, pois ele DEVERÁ estar sentado na cadeira de primeiro mandatário do estado na eleição de 2022.

Em outra cadeira, não tão importante quando a de Brandão estará o senador Weverton Rocha. Sua cadeira não tem uma coisa que a de Brandão tem, o poder da caneta, em compensação tem outro poder que a de Brandão não possui, o poder do tempo, ou seja, quatro anos a mais.

Digo isso para estabelecer os contendores da eleição de prefeito de São Luís, e veja que eu ainda não citei os dois maiores mandatários executivos do cenário, o governador e o prefeito!

Para Flávio Dino a eleição é importante, mas para Edivaldo ela é crucial, só não sei se ele tem consciência disso.

Há uma outra peça de fundamental importância neste intrincado jogo de tabuleiro. O recém-eleito deputado federal Eduardo Braide. Quem conseguir a vantagem de tê-lo ao seu lado como seu candidato terá dado um passo decisivo para vencer a eleição de prefeito de São Luís em 2020.

Quando eu digo quem conseguir ter a vantagem de tê-lo como seu candidato, penso imediatamente em Flávio Dino e Weverton Rocha, pois o primeiro irá querer eleger seu sucessor e este pode muito bem não ser o segundo!… Ou não!… E a prefeitura de São Luís é importante para isso.

Quem conhece Carlos Brandão sabe que ele é leal a Flávio Dino, mas não cometerá haraquiri político por ninguém. Com mais de 60 anos, jamais terá outra chance de ser governador, e estando ele sentado na cadeira mais alta do estado, abrir mão de uma automática candidatura, só se for para ser algo que seu pai foi antes dele, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. Pode ser que aconteça! Quem sabe!?

Mas, há a possibilidade de Flávio Dino querer eleger para seu sucessor, alguém seu, de sua mais irrestrita confiança, e tendo deslocado Brandão para o TCE, colocando em seu lugar esse tal alguém, eleito governador tampão, na Assembleia, como Roseana deveria ter feito com Luís Fernando em 2014, Flávio abrirá caminho para eleger quem deseje!

É aí que entra Weverton, Edivaldo, e quem sabe Eduardo Braide, aglutinados no PDT, partido que se fortalecerá mais nos próximos meses, quando se tornará o carro chefe da oposição a Bolsonaro.

Nesta possibilidade o valor de Braide vai ficar cada vez mais elevado para todos os contendores, pois a oposição no Maranhão vai pensar a mesma coisa e vai fazer de tudo para aproximar Braide do governo federal, blindando-o aos acenos e seduções tanto de Flávio Dino que não deveria tê-lo descartado, quanto de Weverton que sabe jogar o jogo, mas não tem tanto poder de convencimento quanto o ocupante do Palácio dos Leões.

PS: Antes que algum desavisado tire conclusões erradas, isso são apenas e tão somente conjecturas e vislumbres do que poderá acontecer!… Pauta para conversas sobre o futuro de nossa política.

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Joaquim aponta Assis Filho como saída do MDB

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Por Joaquim Haickel

Em 2010 resolvi deixar a política e não mais me candidatar a mandato eletivo, mas não consegui suportar a pressão dos amigos que me pediam que aceitasse o cargo de secretário de estado de Esporte e Lazer.

De 2015 para cá, política só nas análises que faço, de quando em vez, sobre as conjunturas e os cenários locais e nacionais, ou sobre algum fato específico que eu pense ter relevância.

A mais nova decisão que tomei neste setor foi a de ceder aos insistentes apelos das três mulheres de minha vida, minha mãe, minha filha e minha mulher, e não mais fazer críticas contundentes em relação a ninguém, principalmente ao governador Flávio Dino e a ex-governadora Roseana Sarney…

Prometi a elas que de agora em diante, quando comentar sobre política, vou fazê-lo o mais filosoficamente possível e me limitar a analisar fatos e cenários sem tecer opiniões mais pontuais ou pontiagudas sobre ninguém.

Para inaugurar essa nova fase mais dialética de minha crônica política, eu vou fazer um balanço da eleição de outubro passado.

Devo antes lembrá-los que do ponto de vista das ideias de Platão, filósofo com que mais eu me identifico, a dialética é o processo de debate entre interlocutores comprometidos com a busca da verdade, através da qual a alma se eleva, gradativamente, das aparências sensíveis às realidades inteligíveis ou ideias. Já Aristóteles, em contraponto ao mítico mestre de seu mestre, Sócrates, diz que a dialética consiste no uso do raciocínio lógico que, embora coerente em seu encadeamento interno, está fundamentado em ideias apenas prováveis, e por esta razão traz em seu âmago a possibilidade de ser contradito.

Assim sendo, nada que eu diga aqui são verdades absolutas, que não possam ou não devam ser debatidas, apuradas ou melhoradas. Ressalto que defendo minhas ideias, da mesma forma que respeito e defendo o direito das outras pessoas defenderem as suas.

Mas vamos ao tal balanço!…

Sobre a eleição nacional de outubro passado, penso que ficou clara a escolha feita pelo eleitor brasileiro. Ele disse não à política implementada pelos três últimos presidentes, eleitos que foram para dois mandatos consecutivos cada, totalizando assim 24 anos de gestões com viés esquerdista.

Em outubro passado o povo brasileiro votou por três motivos básicos: contra o PT, seus camaradas e a corrupção generalizada; contra Bolsonaro, os sentimentos e ações que ele fez com que as pessoas acreditassem que ele defende e os aplicará; e contra os políticos de qualquer tonalidade e viés ideológico.

Muito raramente o eleitor votou a favor de alguma coisa. O voto foi contra, o que não é o melhor tipo de voto que se pode dar.

No Maranhão o eleitor deixou claro que desejava virar a última página de um capítulo de nossa história! Porém, não entendo que ele tenha feito algum juízo de valor definitivo sobre o capítulo superado na virada dessas tais páginas, lidas e relidas nos últimos 50 anos de nossa história. Nem vejo que o eleitor maranhense tenha optado por esse novo capítulo pelo fato dele ser melhor ou diferente, mas por ele ser simplesmente outro!

A derrota eleitoral acachapante do grupo Sarney, em minha modesta opinião, não diminui em nada a importância de José Sarney na história do Maranhão, nem as boas coisas realizadas por ele e por seu grupo nos anos em que predominaram em nossa política.

Veja, passei os últimos meses dizendo que Roseana não seria candidata ao governo do estado e no final das contas eu estava certo! Ela não foi realmente candidata, ela só cumpriu tabela! E o fez de uma forma melhor que eu jamais pensei que ela fosse capaz.

Sempre comentei com amigos, jamais em público, que a eleição seria ganha por Flávio Dino! Sempre disse que gostaria que ela acontecesse apenas no segundo turno. Não foi o que aconteceu.

A polêmica do momento é a disputa pelo comando do MDB maranhense. Penso que Roseana não deva se candidatar. É hora de deixar novas lideranças tocarem o barco e a única genuína nova liderança que eu vejo no MDB hoje, é o Assis Filho, atual secretário nacional de juventude. Os demais são mais do mesmo…

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Joaquim diz que Dino ‘evaporou diante das câmeras’

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O ex-deputado Joaquim Haickel comentou, nas redes sociais, o desempenho dos candidatos no debate realizado pela TV Mirante.

Para Joaquim Haickel se o debate decidisse a eleição, o governador seria Roberto Rocha.

Ele acrescentou que nunca imaginou que Flávio Dino pudesse se sair tão mal em um debate e acrescentou: “As mentiras ditas por Flávio Dino no debate de ontem foram gritantes que todos puderam ver sua máscara cair e ele evaporar em frente as câmeras”, analisou.

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Um chefe contra um líder

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Por Joaquim Haickel

Algumas pessoas que eu respeito e considero vinham recorrentemente pedindo que eu parasse de fazer críticas ao governador Flávio Dino e a seu governo, e eu até estava disposto a atendê-las.

Minha mãe disse-me que nem todo mundo aceita a opinião de outras pessoas, ainda mais sendo opiniões tão negativas como as que eu expunha. Minha mulher, disse estar preocupada com alguma retaliação que o governador pudesse fazer contra mim. Minha filha disse preferir que eu me omitisse, pois segundo ela nada ganho dizendo o que penso. Meu irmão quer que fique completamente fora da política e não apenas fora das eleições. Por fim, meu bom amigo deputado Rogério Cafeteira diz que eu me excedo ao propagar minhas opiniões… Penso que eles podem até estar certos!…

Sabe, bem que eu até tentei, porém confesso ser um fraco no que diz respeito a controlar minha necessidade de dizer o que penso, ainda mais depois que eu vi os dois primeiros vídeos da propaganda política do governador! Em um deles usa a imagem do leão da Metro, um flagrante crime contra o direito autoral e no outro, ao invés de falar de suas propostas, ataca os adversários!…

Como já disse antes, nestes quase quatro anos, nunca disse que Flávio Dino ou seus secretários são corruptos, nunca os acusei de malversação, de prevaricação ou de peculato. Jamais disse que eles cometeram apropriações indébitas ou desviaram recursos públicos. O que sempre comentei foi sobre a falta de coerência do governador, sobre sua dificuldade em ter um raciocínio e um comportamento dignos de um estadista.  Sempre disse que ele e os seus auxiliares não conseguem até hoje se desvencilhar do palanque eleitoral nem da prática da política universitária. Sempre ressaltei sua hipocrisia, maniqueísmo, sectarismo, arrogância, prepotência e messianismo, defeitos capazes de aleijar qualquer pessoa, ainda mais um político.

Flávio Dino passou quatro anos perdendo um precioso tempo, tentando destruir seus adversários, quando deveria ter destinado tamanha energia e empenho dispendidos no afã de perseguir a quem se opõe a ele e a suas ideias, para trabalhar pelo Maranhão e por seu povo.

Obstinado em eliminar seus opositores, pensando que assim teria um reinado mais duradouro, mas sendo um mau aluno de história, não atentou para a lição que nos ensina que ações de extermínio político, mais que destruição moral através de discursos vazios, insultos ou até mesmo de alguns fatos, requer substituição do poder no mesmo nível do anterior, patamar que nem em dez mandatos ele conseguiria alcançar, pois o seu parâmetro de comparação é o de chefe e a pessoa a ser superada nem está no patamar de chefe, mas sim de líder, que seria, Zé Sarney! Essa inclusive é uma tarefa para a qual um mosquitinho qualquer não estaria preparado, a menos que fosse o Aedes Aegypti, vetor de quatro vírus de doenças graves, o da Febre Amarela, da Dengue, da Zika e da Chikungunya, que acometesse fatalmente um velhinho de oitenta e oito anos que ainda se movimenta no ringue político como um verdadeiro bailarino, mistura de Mohamed Ali, Joe Louis e o nosso Zulu.

Resumindo a ópera: Flávio Dino se constituiu no maior cabo eleitoral de Roseana Sarney, que havia decidido não mais se candidatar! Tanto ele fez que a trouxe de volta! E ela veio com força! Uma força que em sua maioria não é diretamente dela, mas sim de pessoas que abominam Flávio Dino! Abominam até menos ele, mas abominam muito seus indissociáveis predicados e adjetivos: Hipócrita, arrogante, prepotente, sectário, maniqueísta, messiânico, tirânico e perseguidor.

Alguém que seja assim, por mais que faça algumas escolas municipais, asfalte alguns quilômetros de ruas e estradas, e faça muita propaganda, não consegue se impor como um verdadeiro líder, quando muito será reconhecido apenas como chefe. E chefe de uma aldeia de índios em sua maioria, migrantes e sazonais, advindos de outras tribos, para onde tudo indica, terão que voltar!…

Mudando um pouco o rumo da prosa… Haverá segundo turno e assim sendo o governador vai ter que rebolar para vencer a eleição!…

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Uma rápida análise

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Por Joaquim Haickel

Colocando o assunto eleitoral em dia, vamos passar em revista os fatos mais recentes dessa conjuntura.

Pesquisas publicadas recentemente demonstram claramente as tendências dos acontecimentos que se avizinham. No cenário nacional as coisas estão bem claras com a pré-disposição dos eleitores buscarem vias extremas para a solução do problema de governabilidade de nosso país.

Candidatos não faltam! Alguns até parecem bem intencionados, como o Amoedo, que tem um discurso de cidadania aflorado e o Meireles, que tem simpatia de parte do empresariado, mas nenhum consegue superar a casa do terceiro numeral na melhor previsão que se possa fazer.

Olhar para Marina enjoa o estômago de algumas pessoas, mesmo ela tendo um desempenho razoável nas pesquisas. Sem Lula o PT não tem a menor chance, até porque ele não consegue transferir seus votos para ninguém. O apoio que ele tem, é dele e é intransferível, fato que demonstra alguma maturidade por parte do eleitor.

Ainda é cedo para, afirmar sem sombra de dúvida, mas pelo que tudo indica, a eleição para presidente da República será polarizada entre candidatos de esquerda e direita, com os de centro querendo arrancar pedaços de um e de outro no decorrer do período.

A previsão é que Ciro Gomes, pela esquerda, e Jair Bolsonaro, pela direita, polarizem a eleição, e que Geraldo Alckmin tente, ora por um lado, ora pelo outro, se viabilizar. Eu particularmente prefiro o candidato do PSDB aos demais…

Imagino que o eleitor brasileiro não terá à sua disposição uma boa lista de opções e acabará tendo que escolher entre um candidato ruim e um pior. Não vejo, no cenário político brasileiro, nenhum candidato que possa nos liderar no sentido de tirar-nos deste caos que o PT nos colocou!…

Quanto ao Maranhão, como não poderia ser diferente, a vantagem segue sendo do ocupante do Palácio dos Leões, mesmo ele demonstrando ser uma grande decepção, uma vez que prometeu mudanças nas práticas políticas de nosso Estado e só conseguiu fazer pior que seus antecessores.

Caso Roseana seja realmente candidata, teremos segundo turno, que será mais garantido, se Eduardo Braide também concorrer e se Maura Jorge e Roberto Rocha absorverem votos de seus candidatos a presidente, Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin, respectivamente. Será também bastante oportuna a candidatura de Ricardo Murad e dos demais partidos de extrema esquerda.

Mesmo com a vantagem do grupo da situação, caso a eleição estadual vá para o segundo turno e sendo ela polarizada pelo reflexo da eleição presidencial, será difícil dizer quem vencerá a disputa pelo governo do Maranhão, principalmente pela enxurrada de perseguidos que aguardam uma oportunidade para uma desforra com Flávio Dino, que é a versão comunista e atualizada do velho coronel, do tempo do “Eu posso, eu faço eu mando”.

No Maranhão, assim como nos demais estados, e também no âmbito federal, comprova-se uma tendência que vinha se consubstanciando nos últimos tempos, que é a de inexistir quadros políticos capazes, sem sombra de dúvida, de empolgar a população e o eleitor a confiar a eles seus destinos. Carecemos de políticos respeitáveis e confiáveis, pessoas nas quais possamos realmente acreditar que farão o melhor a seu alcance para lutar por dias melhores para todos, nos levando para um tempo mais justo e próspero.

Não sou um pessimista, sou um realista, e é por isso que afirmo ao final dessas minhas palavras, que haveremos de conseguir nosso intento.

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Haickel diz que discórdia no PSDB favorece Dino

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O ex-deputado Joaquim Haickel disse nas redes sociais que os problemas internos dos Tucanos só favorece o governador Flávio Dino (PCdoB).

O problema veio definitivamente à tona depois que ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira decidiu cobrar o deputado federal Zé Reinaldo por ter anunciado o seu apoio à possível candidatura do deputado Eduardo Braide ao governo do Maranhão.

Segundo Haickel, o deputado Zé Reinaldo é que mais entende de política dentro do PSDB.

“A discórdia interna do PSDB só favorece Flávio Dino!… Tem gente que quanto mais o tempo passa, mais inexperiente fica. Zé Reinaldo parece ter um comportamento errado e errático, mas só parece, pois ele entende mais de política que todo os demais membros do PSDB juntos!”, afirmou.

Foto: Reprodução

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Marujos

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Por Joaquim Haickel

Quando Flávio Dino emergiu da preamar política do Maranhão, sabendo que se tratava de um jovem magistrado, alguém intelectual e culturalmente bem preparado, imaginei que ele poderia ser o personagem que faria a grande mudança política de que nosso estado tanto necessitava. Alguém que pudesse fazer a correção de rumo que a vida reserva de tempos em tempos a homens predestinados a manobrar o leme da embarcação da história, fazendo com que ela algumas vezes até aderne, mas que jamais venha a zozobrar e possa assim rumar na direção de praias, portos e dias melhores. Ledo engano!

Todos que acreditaram nele, mesmo que em gradações diferentes, se decepcionaram. São raras as pessoas que tenham depositado em Flávio Dino um grama de esperança ou um vintém de confiança que não tenham se decepcionado com ele. Ouso dizer que nem mesmo seus prepostos e nem ele mesmo, está satisfeito consigo, pois quase quatro anos depois de assumir o governo do Maranhão, o balanço e a contabilidade de suas ações não permitem que se possa dizer que as coisas saíram como alguém poderia imaginar.

A história nos ensina que em intervalos temporais as coisas tendem a passar por mudanças, como ocorre com as ondas do mar. As águas se movimentam e neste afã abrem-se vagas e vagalhões, e eles, para o bem ou para mal, acabam causando mudanças. Essa é a lei natural do mar e das coisas.

Flávio Dino, que tinha tudo para se transformar na bujarrona, vela maior de nossa embarcação política, passará para história apenas como mais um nó na escada de corda que dá acesso ao mastro principal.

Zé Sarney foi, num determinado momento, um desses operadores de mudanças. Mesmo que ainda muito jovem, ele colocado na condição de capitão, no tombadilho da nau maranhense, foi capaz de operar importantes transformações no panorama geral de nosso Estado. Desconhecer isto é não levar em consideração a verdade, um dos graves defeitos de quem deseja fazer mudança baseado unicamente no discurso ideológico e midiático.

Mas vejamos objetivamente por que Flávio Dino é uma grande decepção! Alguém que se leve em tão alta conta não deveria imaginar que quando confrontado com seus discursos de campanha venha a ser desdito por si mesmo, por suas próprias palavras e ações!? Isso para mim é a pior das tragédias que pode acontecer a um homem ou a um político! A peste conhecida como incoerência que se apresenta de forma indissociável com outra praga conhecida como hipocrisia.

Imagine alguém que criticava os abusos cometidos por administrações anteriores e que no exercício do poder faz as mesmas coisas!

Imagine alguém que em campanha fazia com que todos acreditassem que quando ele chegasse ao poder, entidades ligadas às mulheres, deficientes, associações de classes, teriam participações asseguradas em conselhos reguladores de atividades ligadas à cultura, ao esporte ou mesmo à polícia! Imaginem que no poder esse governante eliminou a participação dessas pessoas naqueles conselhos!

Imagine alguém que se comprometeu em fazerum governo de todos e que o máximo que consegue fazer é um governo para todos os que o rodeiam ou lhe tecem loas.

O capitão Flávio Dino não foi capaz de entender que a mudança que o Maranhão e os maranhenses precisavam não era a mera extinção de um grupo de marujos, mas sim a criação de um grupo melhor que aquele que havia antes. Trocar seis por meia dúzia nunca, em tempo algum, em nenhum lugar, foi uma mudança importante ou digna de quem deseja entrar para a história. Esse tipo de ação é o pior dos engodos, e acarreta graves problemas como enfraquecimento precoce e derrota iminente.

Ao se dedicar à destruição da esquadra de Sarney, o capitão Flávio Dino só conseguiu adiar o fim de tal grupo, obrigando-o a recuar, manobrar e às vezes fundear, aguardando os inevitáveis desacertos e equívocos cometidos por quem tem piratas de toda espécie e procedência em seu convés.

Como os piratas que singravam os mares do novo mundo ficaram na história, o reinado deste marujo está fadado a ser contado, muito em breve, como mais uma lenda dos sete mares ou das reentrâncias maranhenses.

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