Repercussão na Câmara

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HildoRocha

O deputado Hildo Rocha voltou a ocupar a tribuna da Câmara federal para denunciar o aproveitamento ilegal de pessoas nas atividades policiais no Maranhão. “O governo continua utilizando mão-de-obra terceirizada para fazer a segurança pública”, afirmou.

O parlamentar ressaltou que pessoas sem a necessária formação e sem a indispensável qualificação estão exercendo uma atividade que é exclusividade das polícias. Rocha disse que essa prática ilegal tem contribuído para as ocorrências trágicas como a que vitimou o mecânico Irialdo Batalha, em Vitória do Mearim, dia 28 de maio.

“Um cidadão, a serviço do Estado, assassinou friamente o jovem Irialdo Batalha e até agora o governador Flávio Dino não tomou nenhum providencia para que casos semelhantes voltem a acontecer”, destacou.

Hildo Rocha disse que o laudo cadavérico de Irialdo Batalha, feito pelo IML – Instituto Médico Legal do Maranhão – registra o orifício onde a bala saiu, mas estranhamente, não apresenta onde o projétil enteou. O deputado suspeita que a inconsistência do documento seja uma manobra do governo para proteger alguém. Rocha lembrou que na operação que culminou na morte do mecânico havia uma pessoa atuando como se fosse militar.

Para corrigir a deficiência do laudo, o delegado que apura o caso exigiu a exumação do corpo para que novos exames sejam feitos. “É mais um sofrimento para a família. O Governador Flávio Dino sequer teve a humildade de pedir desculpas à família enlutada”, lamentou.

Denúncias

Hildo Rocha denunciou o caso ao presidente Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, deputado Paulo Pimenta (PT/RS); na OAB; na Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República; na a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); ao Procurador Geral da República e também no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Caso Irialdo Batalha

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O deputado federal Hildo Rocha (PMDB-MA) voltou a cobrar ações eficientes do governo do Maranhão no que se refere à questão da segurança pública. Em pronunciamento na tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (9), o parlamentar fez severas críticas ao governo na condução do caso da execução do mecânico Irinaldo Batalha.

“O Estado assassinou o Irialdo Batalha duas vezes. A primeira fisicamente, com vários tiros. Inclusive dois tiros depois que ele já estava agonizando no chão. Depois o Estado cometeu outro assassinato, ao Irialdo Batalha. De que forma? Assassinou moralmente”, enfatizou.

O parlamentar ressaltou que o Estado soltou uma nota dizendo que o Estado tinha matado um assaltante. Rocha disse que a vitima nunca passou por uma delegacia. “E o pior que o governo do Estado até agora não teve a humildade de pedir desculpas para a família de IrialdoBatalha”, declarou.

O deputado disse que levou o caso ao conhecimento de todos os organismos de defesa dos direitos humanos. “O governador Flávio Dino, não sei se por prepotência ou por incapacidade de reconhecer os erros da sua administração, se cala perante um crime de conhecimento mundial. O que custa o Governador Flávio Dino reconhecer que o seu governo também erra”? questionou.

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Repercussão no Fantástico

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IrialdoUm crime inacreditável. Como pode um zelador municipal participar de uma blitz da PM e acabar executando uma pessoa na frente de todo mundo, em plena luz do dia?

No vídeo, um homem no chão acabou de ser baleado em uma blitz da PM em Vitória do Mearim, interior do Maranhão. Ele está cercado por curiosos.

No meio da aglomeração está um homem uniformizado. Repare nos trajes dele: calça de estampa militar, colete à prova de balas. Parece um policial. Ele inclusive segura uma arma.

O homem pisa na cabeça da vítima e atira duas vezes. Depois da execução, o assassino e um policial colocam o corpo no carro da PM e vão embora.

Tudo aconteceu em uma rodovia. Os dois jovens seguiam de moto para uma festa. Quando fizeram uma curva deram de cara com uma blitz. O piloto da moto diz que não conseguiu frear imediatamente e, segundo as investigações, os policiais começaram a atirar. Acertaram o garupa da moto que caiu, mas ainda estava vivo.

O garupa era o homem que acabou sendo executado: Irialdo Batalha, um mecânico de 35 anos que não tinha passagens pela polícia.

Quem pilotava a moto era um amigo de infância, Diego Fernandes, que levou um tiro no pé. Diego diz que a moto está com um problema no freio e por isso ele não conseguiu parar na blitz. “Quando eles viram que eu não ia conseguir parar, já começaram atirar”, diz Diego Fernandes.

A moto ainda vai ser periciada. Com base no depoimento dos PMs que estavam na blitz, a secretaria de Segurança Pública do Maranhão afirmou que houve troca de tiros durante uma perseguição a suspeitos de realizarem assalto a comércio.

Para o delegado que investiga o caso, não houve troca de tiros. “Segundo as testemunhas do lugar do crime, as duas vítimas não estavam armadas”, afirma o delegado Guilherme Souza Filho.

A PM então reconheceu o erro e prendeu os dois PMs que fizeram a blitz, identificados apenas como sargento Miguel e soldado Gomes.

vigilanteE quem é o assassino?

O homem que aparece no vídeo atirando era contratado como zelador pela prefeitura da cidade e estava cedido para prestar serviços à polícia, mesmo respondendo a um processo por homicídio e de não ter sequer autorização para usar uma arma, ele participava de operações policiais. Ele se chama Luís Carlos Machado de Almeida e foi preso na quinta-feira passada.

“Ele era pago pelos cofres do município para trabalhar de vigilante e eu não sei porque cargas d´água ele estava trabalhando, usurpando a função de policial militar”, diz o delegado.

Pior: segundo o delegado, esse não foi o primeiro crime de Luís Carlos cometido em uma blitz. “Ele inclusive aqui na comarca de Vitória do Mearim responde a outro homicídio com as mesmas características”, afirma o delegado.

O comando da PM diz que não sabia que Luís Carlos participava clandestinamente de operações da PM. “A informação que tenho do comando local é que era uma pessoa colocada pela prefeitura para a parte administrativa e não tinha como fim desenvolver operações policiais”, diz o comandante geral da PM do Maranhão, Marco Antonio Alves.

Segundo a apuração da PM, Luís Carlos foi convocado para participar da blitz por um dos policiais que agora estão presos. “O sargento Miguel que era o comandante naquele momento é que fez a solicitação”, diz o comandante.

Irialdo foi levado já morto para o hospital da cidade. O corpo foi periciado, mas o laudo ainda não ficou pronto. Depois da divulgação das imagens, a Secretaria de Segurança emitiu uma nova nota.

Essa nota chama Irialdo de suspeito de participar do assalto, mas reconhece que ele foi executado. A nota afirma ainda que o governo do estado adotará todas as medidas para punir todos os responsáveis pelo crime.

Na sexta-feira passada, houve manifestação em Arari, cidade onde Irialdo morava. “Naquele momento em que ele estava atirando nele ali, ele não estava matando só ele: estava matando todos nós que estamos aqui”, afirma Izanilton Batalha, irmão da vítima.

Fantástico

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Manifestação em Arari

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Arari

Centenas de pessoas participaram nesta sexta-feira (5), no município de Arari de ato público e caminhada num manifesto por justiça, segurança e paz convocado pelas redes sociais contra a execução de Irialdo Batalha.

A população se revoltou tanto pelo ato violento em si quanto pela forma com que foi tratado nas redes sociais, estas utilizadas para tornar virais vídeos que explicitavam o assassinato bárbaro de mecânico arariense Irialdo Batalha, admitido como injusto e errôneo pela SSP-MA. A infeliz operação foi denunciada à ONU, por desrespeito aos Direitos Humanos, e teve repercussão na impressa de todo o país.

Com concentração em frente ao ginásio poliesportivo municipal, os manifestantes percorreram ruas do centro próximas às residências das vítimas e a avenida principal da cidade, rumo à igreja mátria, onde foi celebrada missa de sétimo dia, às 19 horas, em sufrágio da alma de Irialdo que era de família católica.

A manifestação contou com presença de autoridades locais e lideranças comunitárias e de diversos segmentos sociais.  O bispo diocesano de Coroatá, Dom Sebastião Bandeira, que está cidade desde do dia 2 em visita pastoral também participou do protesto. O prefeito Djalma Melo, integrantes da equipe do governo municipal e o presidente da Câmara Municipal, vereador Evando Batalha Piancó também estiveram na caminhada.

Foto: Ademir Moraes

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Excecução de Irialdo Batalha

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JeffersonPortelaAlgumas perguntas sobre a execução do mecânico Irialdo Batalha em Vitória do Mearim que continuavam sem respostas foram esclarecidas pelo secretario de Segurança Pública, Jefferson Portela em entrevista à TV Mirante feita pelo repórter Élbio Carvalho.

Após afirmar duas vezes por meio de nota que Irialdo Batalha e Diego Fernandes seriam assaltantes, o Governo do Maranhão, enfim admitiu que as vítimas eram inocentes. No dia do crime, familiares e amigos já vinham contestando a versão apresentada pela Secretaria de Segurança Pública em Nota.

“Nós temos o fato grave de que testemunhas oculares não confirmam que os motoqueiros tenham disparado contra a guarnição e segundo não confirma que tenha caído após a queda dele na estrada tenha caído alguma arma perto da vítima e terceiro não há nenhuma constatação de envolvimento deles com a prática de roubo, pelo o contrário, até agora não há nada que vincule a autoria deles contra a prática de roubo. Tanto que o juiz soltou o condutor da moto porque ele havia sido autuado não por roubo. Ele havia sido autuado por tentativa de homicídio e resistência em relação à guarnição e foi solto por decisão judicial”, explicou Jefferson Portela.

O secretario explicou também em entrevista à TV Mirante que o vigilante Luiz Carlos Machado, autor dos disparos que mataram o mecânico Irialdo Batalha na presença dos dois policiais militares usava uma arma que seria de sua propriedade e afirmou que o mesmo não poderia participar de operações policiais.

“Ele estava com uma aparência de policial. Isso é um erro da unidade local porque qualquer servidor municipal ou estadual cedido pela unidade de Polícia ele só pode exercer atividade administrativa interna. Jamais participar de procedimentos policiais. Ele não poderia está com a aparência de policial, muito menos armado e envolvido em uma ação policial, tanto que deu no que deu”, disse.

Com a prisão do vigilante Luiz Carlos Machado e dois dois policiais que presenciaram a execução de Irialdo Batalha o Governo do Maranhão deu o caso por encerrado. Ontem à tarde, o secretário de Articulação Polícia, Márcio Jerry, no twitter tratou de passar logo a bola para a Justiça.

mjerryAgora é a sociedade que já quer “condenação exemplar pela justiça”.

Como é rápido o Márcio Jerry….

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