Triste realidade

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A Câmara Municipal de Vereadores de Barra do Corda tem se debruçado nos últimos dias à discussão a respeito da elevada taxa de mortalidade de recém-nascidos no Hospital Materno Infantil do município.

Na pauta da próxima sessão ordinária do Legislativo, o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) – tema abordado por O Estado em reportagem deste fim de semana – será apreciado pelos vereadores.

A situação alarmante de pelo menos 15 óbitos registrados em 2019 já provocou a reação de diversos órgãos e entidades de representatividade, a exemplo do Polo de Turismo de Barra do Corda, da Associação Comercial Agrícola e Industrial de Barra do Corda, do Clube dos Diretores Lojistas, do Sindicato dos Lojistas, da OAB, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do Clube de Mães do município.

Lamentavelmente, contudo, a situação de elevada taxa de mortalidade infantil não se trata de um caso isolado, em Barra do Corda. Estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE) 2018, realizado pela Macroplan e divulgado em dezembro daquele ano, revelou que o Maranhão ocupa as últimas posições no ranking nacional que trata da mortalidade infantil.

O estado ocupa hoje a 22ª posição, à frente apenas de Roraima, Amazonas, Rio Grande do Norte, Goiás e Rio de Janeiro. Pelo relatório, mais de 50% dos óbitos registrados no Maranhão ocorrem na fase Neonatal Precoce.

Outra fatia considerável dos óbitos acontecem na fase Pós-neonatal e a menor faixa ocorre na fase Neonatal Tardia. Cerca de 70% dos óbitos no Maranhão durante a fase infantil, segundo o levantamento, ocorrem por causas evitáveis.

E se são evitáveis, acontecem, sem sombra de dúvida, por causa da ineficiência da assistência de saúde às mães e aos recém-nascidos. Uma realidade que maltrata.

Prematuros

Outro aspecto analisado pelo DGE 2018 e que preocupa diz respeito à taxa de óbitos prematuros por doenças crônicas não transmissíveis em todo o país.

Apesar de estar melhor colocado em relação a outros aspectos, o Maranhão ocupa a 13ª posição, com elevação da taxa nos últimos anos.

A taxa do Maranhão é de 254,4, o que provoca um alerta do Governo Federal.

Estado Maior

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Luciano reforma hospital em Pinheiro

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Prefeito Luciano Genésio espera entregar reforma do Hospital Materno Infantil no próximo mês

A Prefeitura de Pinheiro está realizando uma grande reforma no Hospital Materno Infantil com o objetivo é otimizar o atendimento de saúde do município. A obra, prevista para ser entregue no próximo mês de julho e está sendo feita em etapas para garantir a continuidade do atendimento. Alguns ambientes estão sendo reestruturados outros construídos.

Após a reforma, a expectativa é que o número de atendimento aumente ainda mais, com a disponibilização de serviços que, até então, não eram oferecidos na modalidade pediátrica. Atualmente, o Hospital Materno Infantil de Pinheiro atende 4 mil procedimentos por mês.

De acordo com diretora, enfermeira Lenoca, a reforma do Materno Infantil vai garantir maior capacidade de atendimento, corrigindo um déficit histórico com o público pediátrico, um dos mais vulneráveis. “Vamos aumentar a nossa capacidade de atendimento e oferecer assistência humanizada de qualidade ao público infantil e ampliar, por exemplo, a possibilidade de exames de imagem”, afirmou.

Para o prefeito Luciano, esse será mais um compromisso assumido na área da saúde a ser cumprido nos próximos dias. “Reafirmamos a importância da gestão em realizar uma obra tão importante, que beneficiará milhares de crianças. Todas as pendências da unidade estão sofrendo intervenções e após a reforma será um ganho ainda maior para as crianças, que agora terão uma referência completa em saúde que as acomodará com muito mais conforto e qualidade”, ressaltou o prefeito.

Foto: Divulgação

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MPF apura desaparecimento de corpos

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Hospital Materno Infantiil em São Luís
Hospital Materno Infantiil em São Luís

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), por intermédio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), abriu inquérito civil para investigar falhas na segurança e qualidade dos procedimentos internos da unidade Materno Infantil do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-Ufma), em São Luís (MA).

A procuradora regional dos Direitos do Cidadão no Maranhão, Talita de Oliveira, requisitou à direção da unidade hospitalar que apresente informações detalhadas e todos os documentos disponíveis sobre o desaparecimento de corpos de recém-nascidos das suas dependências. De acordo com o pedido, o hospital terá, ainda, que esclarecer as providências que adotará para garantir que casos semelhantes não voltem a acontecer.

A partir de informações divulgadas pela imprensa local, o Hospital Materno Infantil comunicou o desaparecimento de três fetos, incluindo o caso mais recente, ocorrido na última semana, de uma recém-nascida que havia falecido com 37 semanas de gestação. A direção do hospital registrou os casos na Polícia Federal, que abriu investigação.

O MPF/MA aguarda informações das investigações realizadas pela Polícia Federal para também apurar possível responsabilidade criminal sobre o desaparecimento dos corpos dos três recém-nascidos ocorrido nas últimas semanas.

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