Honorato não acredita em desgaste para Edivaldo
O líder do governo, vereador Honorato Fernandes (PT) disse não acreditar que a demissão de 3.268 prestadores de serviços que, segundo a secretária de Administração, Mittyz Rodrigues não exerciam atividades na Prefeitura de São Luís possa causar desgaste político para o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
Segundo Honorato, o prefeito teve a preocupação de prorrogar o prazo de recadastramento para evitar que fosse cometida injustiças com aqueles servidores que vinham trabalhando normalmente.
“Eu acho que a repercussão para o prefeito não vai ser negativa. O prefeito baixou dois decretos e prorrogou o prazo de recadastramento para evitar que pessoas que estão trabalhando pudessem ser desligadas. Até a folha de ponto dos últimos seis meses foi analisada. Só não ficou quem não fez o recadastramento (cerca de 40%) e outros prestadores de serviços que não estavam lotados em nenhuma secretaria. O aspecto que pode complicar é o fato de que muitas pessoas perderam renda, mas a opinião pública sempre cobra que os gestores tenham uma postura transparente em relação a isso e é exatamente isto que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior está fazendo neste momento”, afirmou.
O vereador negou que a demissão dos prestadores de serviço tivesse provocado alvoroço na Câmara Municipal. “Não houve isso. Todos eles sabiam que haveria o corte. O que houve foram tentativas isoladas por parte de um ou dois vereadores na tentativa de recuperar os cargos e até por parte de quem não tinha cargos de tentar manter a situação atual”, explicou.
Em entrevista concedida ontem (29), a secretária de Administração, Mittyz Rodrigues afirmou que o recadastramento apontou que dos 10.080 trabalhadores que iniciaram o ano na condição de SP’s na administração municipal, 3.268 não possuíam lotação ou desempenhavam quaisquer atividades. Destes, 1.295 servidores não iniciaram sequer qualquer procedimento, através da internet, para recadastramento de dados. O número corresponde a 39% do total de SP’s desligados.
Ainda segundo a secretária, nos três primeiros meses do ano, período em que foi realizado o recadastramento dos servidores, mesmo sem frequentar, os Serviços Prestados oneraram a folha em R$ 9,784 milhões. Portanto, a economia mensal para a prefeitura com a demissão dos prestadores “fantasmas” será de R$ 3.262 milhões.