A torcida do Barbosa de Godóis de São Luís estava em peso na final do handebol contra o Centro Educacional Arteceb, de Imperatriz e viu a equipe feminina faturar o título de campeã da modalidade dos Jogos Escolares Maranhenses 2018 categoria infantil. A partida foi realizada no Ginásio Castelinho.
Por 16 a 11, a equipe do Barbosa de Godois superou o adversário de Imperatriz. Já o terceiro lugar da competição foi ocupado pela escola Abdon que marcou 17 a 11 contra a escola Bertila.
No infantil masculino, a tradição se manteve. O Barbosa de Godóis que já conta com o hexacampeonato, realizou uma partida eletrizante contra o Batista, de Codó, vencendo por apenas um ponto de diferença, com 20 a 19.
Para o técnico da equipe, o trabalho que proporciona tantas vitórias se constrói desde a infância. “É importante um trabalho de base, desde o pré-mirim, pois sem ele não conseguimos esse resultado. Ao realizar essa atividade, os atletas já chegam preparados para uma competição como essa”, destacou Eduardo Telles.
A medalha de bronze ficou com o ArteCEB, de Imperatriz.
O ginásio poliesportivo Manoel Trajano no Complexo Esportivo Canhoteiro foi centro de disputas do futsal de cinco, futsal intelectual e handebol intelectual – masculino e feminino – das Paralimpíadas Escolares Maranhenses (ParaJEMs) 2018 que integram os Jogos Escolares Maranhenses (JEMS) 2018. No terceiro dia de competições, os estudantes mostraram as jogadas dos intensos treinos em disputas acirradas.
As primeiras a darem show em quadra foram as equipes femininas do handebol intelectual da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Luís (APAE) e da escola Eney Santana. Com placar de 9 a 8 para a APAE, a atacante da equipe vitoriosa, Joseana Pereira, acreditou na vitória da equipe. “Foi difícil, mas mais importante do que ganhar ou perder é participar porque significa inclusão com as pessoas com deficiência”, afirmou.
No masculino de handebol intelectual, a APAE também levou a melhor em cima da Escola Eney Santana com placar de 12 a 6.
Já no futsal de cinco, as equipes A e B da Escola de Cegos Maranhão (Escema) se enfrentaram em quadra. O atacante do time B, Maciel Santos, pretendia fazer três gols, mas a partida ficou no 0 a 0. “Nossa equipe é conhecida pela união. Foi um grande desafio e apesar do resultado, estamos satisfeitos. Tudo isso engrandece nosso esporte”.
Do outro lado, a equipe A também levou o empate como um importante resultado para o time. “Fomos bem. Apesar de a equipe adversária ter um atacante excelente, nós conseguimos barrar ele porque o jogo ficou empatado. Eles tinham tudo para ser favorito, mas conseguimos neutralizar”, avaliou o zagueiro Carlos Cavalcante.
O futsal intelectual finalizou as rodadas matutinas no Manoel Trajano. A APAE fez um grande jogo e venceu por 11 a 4 a Escola Eney Santana. “Estamos aqui para descontrair. Hoje nós ganhamos deles e vamos ganhar de novo”, comemorou o lateral direito da APAE, Luís Cássio. Já o atacante da Eney Santana, Eliseu Costa, afirmou que “foi um jogo bom, deu pra mostrar nosso futebol e que deficientes têm condições de praticar esporte”.
O Secretário de Estado do Esporte e Lazer (Sedel), Hewerton Carlos Rodrigues, acompanhou os jogos e ressaltou o papel dos JEMs. “Os jogos das Paralimpíadas são muito importantes pela inclusão social que promovem. Dessa forma, pessoas com deficiência podem aproveitar o esporte para o seu desenvolvimento, para melhorar a saúde e para o lazer”, finalizou.
Dois grandes nomes do handebol no Maranhão lamentaram a morte do técnico Pinheiro – um dos ícones do handebol maranhense.
José Pinheiro Silva morreu na tarde desta terça-feira (2), após sofrer duas paradas cardíacas, na UTI do Hospital São Domingos. Muito conhecido em meio à comunidade esportiva, Pinheiro foi professor e técnico no Alberto Pinheiro, Luís Viana e Dom Bosco. Era funcionário da Secretaria de Desporto e Lazer (Sedel). Foi técnico de handebol do Moto Club e por mais de 12 anos dirigiu a Federação Maranhense de Handebol.
O ex-jogador da Seleção Brasileira, China lamentou a morte de Pinheiro – um dos maiores incentivadores do handebol no Maranhão.
“Descansou o trabalhador e grande incentivador do handebol no estado do Maranhão durante décadas, José Pinheiro Silva. Descanse em paz, Pinheiro. Que Deus dê à família a força necessária neste momento de dor”, afirmou China.
O técnico e professor Eduardo Teles disse que Pinheiro deixa uma marca no handebol maranhense.
“Foi um grande incentivador do handebol na área educacional. Teve a honra de trabalhar com uma série de seleções maranhenses. Ele deixa uma lacuna grande. A comunidade do handebol lamenta a morte do professor. Deixou sua marca com uma grande professor do handebol do Maranhão”, destacou Eduardo Teles.
A Secretaria de Desporto e Lazer (Sedel), também se manifestou sobre a morte de Pinheiro. “Ex- presidente da Federação Maranhense de Handebol (FMAH), “Pinheirinho”, como era conhecido entre os atletas, alunos e técnicos da modalidade, desempenhou um grande trabalho na história do handebol maranhense. Neste momento de dor, o secretário de Esporte e Lazer Hewerton Pereira solidariza-se com familiares e amigos”.
Ano após ano vivemos nessa negligência, nessa atávica irresolutividade procrastinadora que insiste em nos tornar, o handebol, sub-modalidade esportiva e olímpica quando, com tantos resultados e com a realidade de projeção de nível técnico internacional alcançada pelas nossas seleções brasileiras, seja de menores ou das seleções adultas.
Parece que as rédeas foram puxadas para que novamente sejamos jogados ao limbo do esquecimento pela imprensa e por parte do público brasileiro que estava acostumando-se a assistir aos emocionantes jogos e as jogadas brilhantemente desenvolvidas pelas meninas e meninos do handebol brasileiro nos diversos eventos disputados.
Por que? Qual o objetivo de manter nossa modalidade no terceiro mundo?
A minha análise é uma só; assim como a seca tem como ser vencida nas regiões áridas do nordeste brasileiro, para onde são depositados historicamente caminhões e mais caminhões, não de carros pipas, mas de dinheiro para encher o bolso de politiqueiros e seus asseclas que vivem do dinheiro público em detrimento da dor e sofrimento diário de milhares de famílias que sofrem com a lastimável e infindável seca, assim ocorre com a maioria dos “desgestores” presidentes de confederações e presidentes de federações pelo Brasil.
São cânceres malignos que penetraram no frágil esporte tupiniquim e que, por hora, salvo se nosso ministério Público federal e polícia federal tomarem conta realmente da situação, como estão fazendo em diversas operações pelo Brasil e colocarem na cadeia com direito a ter que devolver ao erário, seja com sequestro de bens e varredura de contas dos “desgestores” e de seus afins, lembrando que quem não deve não teme, todo o recurso clandestinamente desviado, ou nosso esporte terá como legado da Copa do mundo de futebol em 2014 e da olimpíada no Brasil em 2016, esse carcinoma que tornou-se metástase sistêmico e que devorou os recursos públicos usando como sobrenome os dois maiores eventos esportivos mundiais e deixou na seca e às mínguas o esporte brasileiro.
Transparência no gasto público. Efetividade, eficiência e eficácia no trato da coisa pública. Precisamos de gestores de verdade.
* China foi atleta Olímpico da Seleção Brasileira de Handebol
O ex-atleta China, da seleção brasileira olímpica de handebol em Atlanta (1996) utilizou as redes sociais para destacar a evolução do handebol no Brasil, após a excelente campanha na Olimpíada no Rio de Janeiro.
Embora o Brasil não tenha conquistado medalhas, China destacou: “Material humano temos mas precisamos garimpar pelo Brasil mais talentos espalhados de norte a sul”, disse.
Um desses talentos, a maranhense Ana Paula brilhou na seleção feminina.
Veja o que escreveu China:
“Às seleções brasileiras de handebol meus parabéns, a todos, atletas e comissão técnica. Evolução constatada na quadra.
Vocês representaram com muita honra, garra, vontade e desejo de vencer, uma modalidade que é praticada por milhares de apaixonados que busca cada vez mais espaço na mídia e uma estrutura, no país, para que a modalidade se profissionalize e não tenhamos que deixar nossa pátria para que consigamos evoluir.
Que com essas apresentações magníficas no masculino e feminino, o gestor da CBHb comece desde já a planejar, com sua equipe, estratégias, com metas, para a nossa próxima participação olímpica no Japão em 2020.
Material humano temos mas precisamos garimpar pelo Brasil mais talentos espalhados de norte a sul.
Precisamos, em minha opinião, entre outras coisas:
Democratizar urgentemente os campeonatos nacionais e torná-los realmente nacionais, assim como dar condições para que os clubes e atletas desempenhem seu papel na quadra;
Criar escolinhas de handebol a partir dos 6 anos nos estados e em todas as categorias, no masculino e feminino, sob gerenciamento e monitoramento das federações estaduais e com apoio irrestrito da CBHb com cobrança de metas para obtermos resultados com relação a descoberta de talentos;
Elaborar um Grande encontro onde os amantes do handebol possam levar sugestões para a evolução do nosso handebol para as próximas competições internacionais;
É preciso pensar o esporte para evoluir. Não podemos parar achando que está tudo bem. Agora é hora de recomeçar, desde já”.
Ana Paula Rodrigues vem surpreendendo o mundo com seu handebol de altíssimo nível após sair do Brasil e desenvolver mais ainda o seu talento maranhense no velho continente. Prova inconteste de que o handebol do Maranhão é uma fábrica de craques, mesmo sem apoio algum.
Mas é claro que não podemos esquecer das outras modalidades esportivas e dos outros segmentos que geram, para o mundo, talentos com ginga maranhense.
Os professores de educação física – detectores de talentos natos que temos em nossa cidade e estado – estão de parabéns pelo trabalho feito mesmo em escolas sem as mínimas condições para desenvolvê-lo com excelência, mas que conseguem descobrir diamantes que depois são lapidados nos grandes centros esportivos.
Imaginem vocês se tivéssemos o mínimo suporte para a prática esportiva?
Apontada como uma das melhores jogadoras do mundo pelas colegas da seleção, não será surpresa para mim se já nos jogos olímpicos, Ana Paula seja indicada pelos dirigentes da Federação Internacional de handebol (IHF) como a melhor da competição e do mundo.
Pra mim já é. E pelo jeito, para o público maranhense e brasileiro também.
Estamos todos na torcida pela primeira medalha do handebol brasileiro. Difícil? Sim. Impossível? Elas já provaram que não.
* China do Handebol foi atleta da seleção brasileira por mais de uma década, participou em 4 campeonatos mundiais, jogos olímpicos de Atlanta em 96 e campeão pan-americano em 2003.
A Seleção Brasileira de Handebol feminino venceu a Romênia por 26 a 13 e devolveu a derrota sofrida no Mundial do ano passado.
Após vencer as atuais campeãs mundiais na estreia, desta vez, o Brasil bateu a Romênia que foi terceira colocada no Mundial.
A exemplo da partida de estreia contra a Noruega 31 a 28, o destaque da partida foi a maranhense Ana Paula que marcou 8 gols em uma nova atuação de gala.
Na estreia, a menina da Liberdade já havia sido artilheira da partida com 12 gols. Agora ela chega a 20 gols dos 57 marcados pela Seleção Brasileira.
O próximo jogo do Brasil será na quarta-feira (10), às 9h30, contra a Espanha.
A Seleção Brasileira de Handebol feminino estreou muito bem na Olimpíada do Rio de Janeiro ao vencer a Noruega por 31 a 28.
Essa não foi uma vitória qualquer. Foi uma vitória diante das atuais bicampeãs olímpicas e campeãs mundias o que demonstra que temos time para lutar pela medalha de ouro.
Um dos destaques da partida foi a maranhense Ana Paula com uma atuação espetacular. Ela marcou 12 gols da vitória brasileira.
O próximo compromisso da equipe será na segunda-feira, contra a Romênia, às 16h40. As mesmas que foram responsáveis pela eliminação brasileira nas oitavas de final do Mundial da Dinamarca, em dezembro.
Com bons resultados no futsal e no basquete, o Moto abre espaço agora para outra modalidade. O handebol, na categoria feminino. O lançamento oficial do time foi nessa quinta, em São Luís, para jogar a Liga Nacional.
A jogadora Sílvia Helena foi parceira na seleção brasileira de outra maranhense, Ana Paula, que continua no time principal do país e vai jogar a Olimpíada Rio 2016. Foram 10 anos de seleção, e agora toda a experiência e técnica estarão à serviço do Moto Club.
“É o sonho de todo atleta pode voltar a sua terra e saber que tem um projeto como este do Moto Club com o apoio do Governo do Estado. Essa é uma forma de nós, que somos apaixonadas pelo esporte, continuar em atividade. O handebol marcou a minha vida. E é um prazer jogar em casa, perto da minha família”, disse Silvia Helena.
A atleta conquistou o Pan, em Guadalajara no México, em 2011, e ainda participou de duas Olimpíadas, Pequim e Londres.
Na Liga Nacional, o Moto vai primeiro disputar a fase regional. Se conseguir avançar, passará a brigar pelo título nas etapas decisivas.
O comandante vai ser o treinador Pinheiro. Ele, antes da Liga Nacional, comanda o Moto no Campeonato Maranhense, que começa em agosto. A primeira etapa da competição terá as participações de Imperatriz, Codó, Santa Inês e São Luís. Na segunda etapa, Caxias e Bacabal também participam.
“O Campeonato Maranhense será um teste, sendo bom para equipe aumentar o ritmo de jogo. Agora as atletas estão em outro momento. Precisam conciliar treinos com estudos, trabalho, as tarefas de casa. Mas a expectativa é para uma boa campanha tanto no Maranhense quanto na Liga Nacional de Handebol”, destaca o técnico Pinheiro.
O time treina no Castelinho e tem o apoio por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.
Um dos grandes atletas do handebol brasileiro, o maranhense China postou em seu perfil no Facebook um artigo no qual se manifesta sobre o fator de ficar fora da lista de atletas que conduzirão a Tocha Olímpica no Maranhão.
Aos desavisados, antes de cometerem esse equívoco grave um lembrete: China foi atleta da seleção brasileira olímpica de handebol em Atlanta em 1996. Acredito que isso já diz muita coisa.
Mas de forma lamentável, um dos maiores atletas do Maranhão ficou fora e ninguém sabe os motivos. Mas quem são as pessoas que conduzirão a Tocha?
“Quem escolheu? Quem elegeu os contemplados para carregar a tocha olímpica em sua peregrinação pelo Brasil? Nos estados? Nas cidades? Os delegados dessa missão ouviram a população? A classe esportiva? Ou escolheram aleatoriamente pessoas em uma decisão meramente politiqueira como sempre fazem em um segmento que eles são completamente perdidos? Que legitimidade esses senhores que escolheram os condutores da tocha possuem para ter escolhido ou sequer ocupar o cargo que ocupam? Sabem das responsabilidades dos seus cargos, executam suas funções adequadamente ou ocupam as cadeiras e cargos como cabide de emprego e para justificar cargos e salários?”, pergunta China.
China faz um desabafo e diz que o esporte faz parte dele.
“Eu não vou conduzir a tocha porque fui para rede social brigar para conduzir algo. Eu não fui colocado no esporte como aventureiro, não caí de paraquedas no meio esportivo, sou legítimo, o esporte faz parte de mim, tenho a minha história nas páginas do esporte nacional e internacional, o esporte faz parte do meu DNA, diferentemente de quem está de passagem por secretarias e se locupletando em cargos e desempenhando pessimamente a função que era para ser de técnicos, por pessoas que estudaram sobre o esporte, o lazer e atividade física, enfim, por quem entende de esporte e não por aventureiros incompetentes e péssimos gestores”, escreveu.