Alguns dados novos surgiram do levantamento Escutec, o primeiro sobre a corrida eleitoral de 2018 publicado por O Estado, e que gerou forte repercussão nos meios políticos maranhenses.
Já era de se esperar a liderança da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), até como contraponto ao governador Flávio Dino (PCdoB). Também já se aguardava a presença do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) com potencial considerável na disputa por votos para o governo.
Surpresa mesmo foi a presença de nomes que sequer anunciaram o desejo de disputar cargos eleitorais, como Felipe Camarão e Gutemberg Araújo (PSDB).
Felipe Camarão, ora secretário de Educação do governo Flávio Dino, apareceu com 0,1% das citações entre os preferidos do eleitor para o governo, ao lado de nomes como o senador João Alberto (PMDB), que já foi governador.
Para se ter ideia da importância da lembrança de Camarão, nomes como o prefeito de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), que passou quase quatro anos em campanha pelo governo, sequer foram lembrados pelo eleitor.
Outra lembrança surpreendente, esta para a disputa de senador, foi a do vereador Gutemberg Araújo (PSDB), que figurou com os mesmos 0,1% dados a João Alberto, que já ocupa o mandato.
A Escutec mostrou, portanto, que o eleitor maranhense ainda tem os nomes gravados para o poder no estado. Mas revela o surgimento de novos personagens no cenário.
Após anunciar que irá recorrer da decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Maranhão (TJD-MA), que deferiu uma mandado de garantia ao Moto Club, eliminando o Sampaio do segundo turno do Maranhense, o presidente tricolor, Sérgio Frota, disse que o julgamento não teve isenção e buscará por dispositivos jurídicos questionar a forma com que a determinação do TJD-MA foi tomada.
Em nota, Frota fala em uma suspeição do relator da matéria, Gutemberg Braga Junior, que, no entendimento do Sampaio, teria antecipado seu voto em um grupo de Whatsapp dos auditores. O presidente do clube acusa ainda o relator de tentar influenciar os demais auditores.
“Todos viram os termos utilizados pelo relator naquela postagem. Aquilo é claramente uma revelação de voto antecipado e uma tentativa cabal de sugestionar os demais auditores”, afirmou.
O relator do processo, Gutemberg Braga Junior, também foi procurado por nossa reportagem. Ele disse que “achou engraçado” a atitude do dirigente do Sampaio. Braga acrescenta ainda que o momento processual adequado já passou para fazer algum tipo de suspeição.
“Eu acho até engraçado, porque ele disse que estava tranquilo da minha insenção antes do julgamento. Agora, após a decisão, insurge com essa insatifação. É natural que haja assim. Mas não é a forma correta. Digo ainda que o momento processual já passou. Não fizeram nenhuma suspeição da minha pessoa. Eu ainda falei sobre o print. E na conversa citada não há nenhuma manisfestaçao de voto. Apresento apenas elementos de convicção em grupo de auditores”, afirmou.
Procurado, o presidente do TJD-MA, Roberto Feitosa, se pronunciou sobre o assunto. Feitosa chamou as declarações do presidente do Sampaio Corrêa, Sérgio Frota, de “fofoca”.
“Eu chamo isso de fofoca. Já imaginou se toda decisão que a gente tivéssemos que levar em conta comentários como esse? O Tribunal tomou sua decisão e quem se sentir prejudicado de alguma maneira que tome suas providências”, explicou.