Médico preso pela PF é encontrado morto
O médico Mariano de Castro e Silva que foi preso pela Polícia Federal na Operação Pegadores que apura o desvio de recursos públicos na saúde do Maranhão foi encontrado morto no apartamento onde morava, no bairro de Ininga, zona leste de Teresina (PI), onde cumpria prisão domiciliar.
Ele foi achado por volta de 19h por uma irmã. No local foi encontrado uma carta com aproximadamente dez páginas que teria sido escrita pelo médico.
O médico era um dos principais operadores do esquema que, segundo a Polícia Federal desviou R$ 18 milhões e 345 mil reais de recursos públicos federais enviados entre 2015 e 2017 ao governo do Maranhão para cuidar da saúde da população.
O médico Mariano de Castro Silva ocupou os cargos de chefe do Serviço de Atendimento de Urgência (SAMU), na Prefeitura de Coroatá e de assessor da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Na semana passada, uma carta que teria sido escrita a punho pelo médico Mariano de Castro e Silva quando ainda estava preso em Pedrinhas teria sido divulgada pela impensa. Na carta, Mariano teria afirmado: “A culpa não pode ficar só comigo…”. Ele teria citado vários nomes de políticos, empresários e autoridades que, segundo o médico participariam do esquema.
O governo do Maranhão divulgou nota por meio da Secretaria de Saúde e afirma que o médico Maricano de Castro e Silva é “mais uma vítima do periodo absolutamente autoritário que vive o Brasil com restrições de direitos, presunção de culpa e ofensa a preceitos fundamentais da nossa Constituição”.
A nota diz ainda que a “SES reforça seu papel de defesa irrestrita do sistema de Justiça, no combate a todo e qualquer tipo de arbitrariedade”.
A SES também repudiou “a postura adotada por alguns blogs maranhenses que nesta hora de profunda dor, onde se exige o mínimo de humanidade e compaixão, produzem conteúdo sem o mínimo de ética e respeito”.
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