O Maranhão segue, com todo o gás!
Por Carlos Brandão
Entre tantas agendas de que pude participar durante esta semana, quero dedicar esse espaço para escrever sobre uma, em especial: o Fórum Maranhense de Distribuição de Gás Natural, que aconteceu na última quinta-feira (12). Um encontro que consolida nossa disposição em fortalecer uma matriz energética muito importante, por diversos fatores. E, aqui, eu poderia citar o fato do gás natural ser um combustível que não deixa resíduos e que pode evitar o desmatamento de milhares de quilômetros quadrados de nosso território. Ou pelo fato de ser um excelente substituto da gasolina e outros derivados do petróleo. Uma energia limpa que atende à demanda mundial por processos sustentáveis.
Mas, quero ressaltar, nesse artigo, sua importância para uma mudança significativa na melhoria da qualidade de vida do maranhense, através das oportunidades que ela vem proporcionando e que ainda pode proporcionar. Isso, pelo que já tem sido feito, com total apoio e parceria do governo Flávio Dino. O Maranhão, hoje, é o segundo produtor nacional de gás natural em plataforma terrestre, de onde saem cerca de 7% de toda a produção de gás natural do país. Atualmente, todo o gás explorado no estado é utilizado para geração de energia elétrica. Investimentos feitos pela Eneva, que produz gás natural pelo interior e que entrega para o Complexo Termoelétrico Parnaíba, composto por quatro usinas.
Aproveito para destacar a atuação da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), vinculada à Secretaria de Estado de Minas e Energia, responsável pelos serviços de distribuição e comercialização de gás canalizado no Maranhão. Uma empresa de economia mista que tem trabalhado para consolidar nosso estado como referência nacional no setor. As ações da Gasmar têm contribuído para que possamos colher resultados em várias áreas. Por exemplo: a exploração do gás no Maranhão, tem feito aumentar o PIB das cidades envolvidas, em média, em torno de 650%. Só em Santo Antônio dos Lopes, o aumento do salário médio mensal, cresceu mais de 260%. Além disso, através de acordos com a Eneva, temos o apoio para projetos como o Escola Digna, preservação ambiental e, principalmente, geração de emprego e de renda.
Agora, discutimos a interiorização do gás natural a partir do Gás Natural Liquefeito (GNL) e do Gás Natural Veicular (GNV). Um esforço que envolve o governo em parceria com a Golar Power, uma das principais empresas de logística de GNL do mundo, que conheci na França, em uma das viagens que fiz em busca de investidores. À época, defendemos nosso estado e participamos de uma apresentação sobre as operações da empresa. Interesses casados, surgiu a oportunidade de instalação no Maranhão. Processo facilitado por já estarem operando, da mesma forma, no estado de Sergipe. Como resultado – tudo correndo dentro do planejamento -, até o fim deste ano teremos um terminal de regaseificação no Porto do Itaqui, onde funcionará um hub de distribuição do GNL, para pequenas, médias e grandes empresas. E, através da distribuição terrestre, em uma logística que já está sendo planejada, antes mesmo do fim do ano poderemos ter o gás disponível para comercialização nos postos de combustíveis, abastecendo os veículos pequenos e médios.
Mas, nada é por acaso. A Golar percebeu as vantagens competitivas que oferecemos, como: termos o maior complexo portuário do Brasil – com portos próximos dos mercados da América do Norte, Europa e Caribe, além de serem de grande profundidade; termos grandes indústrias de mineração; termos um sistema de energia muito bem conectado a outros sistemas; termos um grande potencial do estado para a instalação de grandes usinas a gás natural para produção de energia elétrica; e a segurança jurídica e política que encontram por aqui.
O Fórum foi muito valioso, com a presença maciça de empresários; especialistas do governo federal; autoridades de outros estados; diretores de grandes empresas; representantes de distribuidores de gás e de entidades de classe. Sem dúvida alguma, o encontro coloca o Maranhão como protagonista de um novo mercado de gás no país. E isso – como mais importante -, significa mais recursos para o estado, mais empregos e mais possibilidade de investimentos públicos na melhoria de vida de cada cidadão.
Fiquei satisfeito. Principalmente, por saber que tudo está sendo feito com respeito à nossa soberania e ao nosso meio ambiente. O Brasil pode ter a certeza de que o Maranhão segue em frente, em busca do desenvolvimento, com todo o gás.