Hamilton vence o GP da China

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Após o treino classificatório do GP da China, poucos apostavam no fim do domínio de Sebastian Vettel, sete décimos mais rápido que a concorrência. Só que Lewis Hamilton resolveu aparecer na história. O início foi complicado, por causa de um vazamento de combustível descoberto a poucos minutos da largada e que quase o tirou da corrida. Só que os mecânicos da McLaren conseguiram sanar o problema já no grid e ele conseguiu alinhar. Após uma prova inteligente com a tática de três paradas, Hamilton superou Vettel a cinco voltas do fim, quebrou a hegemonia do alemão e venceu em Xangai. O líder do campeonato, que sofreu com problemas no Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers), foi o segundo. Após boa recuperação, Mark Webber completou o pódio.

Em uma corrida recheada de disputas e ultrapassagens, com seis líderes diferentes, Felipe Massa acabou como o melhor brasileiro na China, na sexta posição. Ele apostou em uma tática ousada, de apenas duas paradas, assim como Vettel e Fernando Alonso. O vice-campeão de 2008 acabou chegando bem à frente do companheiro espanhol, sétimo colocado, que teve muitas dificuldades com o desgaste excessivo dos pneus Pirelli durante a corrida em Xangai. A dupla da Ferrari acabou atrás de Jenson Button, da McLaren, o quarto, e Nico Rosberg, da Mercedes, o quinto.

Confira o resultado final do GP da China (305,066 quilômetros):

1 – Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) – 56 voltas em 1h36m58s226
2 – Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) – a 5s198
3 – Mark Webber (AUS/RBR-Renault) – a 7s555
4 – Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) – a 10s000
5 – Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – a 13s448
6 – Felipe Massa (BRA/Ferrari) – a 15s840
7 – Fernando Alonso (ESP/Ferrari) – a 30s622
8 – Michael Schumacher (ALE/Mercedes) – a 31s206
9 – Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) – a 57s404
10 – Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) – a 1m03s273
11 – Paul di Resta (ITA/Force India-Mercedes) – a 1m08s757
12 – Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) – a 1m12s739
13 – Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) – a 1m30s189
14 – Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) – a 1m30s671
15 – Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) – a 1 volta
16 – Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) – a 1 volta
17 – Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) – a 1 volta
18 – Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) – a 1 volta
19 – Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) – a 1 volta
20 – Jerome D’Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) – a 2 voltas
21 – Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) – a 2 voltas
22 – Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) – a 2 voltas
23 – Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) – a 2 voltas

Não completou:
Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari) – a 47 voltas/roda

Melhor volta: Mark Webber (AUS/RBR-Renault) – 1m38s993, na 42ª

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Sebastian Vettel é campeão mundial de F1

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Sebastian Vettel chegou a Abu Dhabi sem nenhuma intimidade com o topo da tabela da Fórmula 1. O alemão da RBR não liderou a temporada em momento algum e entrou na última prova do ano como azarão para conquistar o título. Foi apresentado à liderança na hora certa, disse “muito prazer” e levantou uma taça que parecia improvável. Vettel largou na pole neste domingo, não olhou mais no retrovisor e empurrou a enrascada para quem vinha atrás. Ainda era preciso secar Fernando Alonso, que só precisava chegar em quarto para ser tri. Parecia pouco, mas não era. O alemão de 23 anos viu o espanhol cruzar em sétimo e, eufórico, tornou-se o piloto mais jovem a erguer um troféu da categoria.

Dono de 10 pole positions no campeonato de 2010, Vettel nunca precisou tanto confirmar a rapidez da sua RBR. No circuito da Yas Marina, só abriu mão do primeiro lugar por alguns instantes, quando parou nos boxes. E contou com a sorte de ver Alonso engarrafado lá atrás.

Lewis Hamilton, da McLaren, cruzou em segundo, mas suas chances de título eram remotas demais para buscar o milagre. Campeão em 2009 e sem chances em Abu Dhabi, Jenson Button foi o terceiro, seguido pelos intrusos Nico Rosberg, da Mercedes, Robert Kubica, da Renault, e seu companheiro Vitaly Petrov. Alonso terminou em sétimo, à frente de Mark Webber, que em nenhum momento deu esperanças de ganhar o título. Resta ao australiano de 34 anos ver o companheiro, 11 anos mais jovem e queridinho da equipe, levantando o troféu.

O triunfo de Vettel coroa um ano perfeito para a RBR, que já tinha conquistado o Mundial de Construtores por antecipação em Interlagos. Um prêmio à escuderia que em nenhum momento fez jogo de equipe e liberou seus pilotos para a disputa interna na pista. A Ferrari, mesmo com a polêmica troca de posições no GP da Alemanha, bate na trave com o vice-campeonato de Alonso, quatro pontos atrás do alemão.

O espanhol ainda saiu da temporada pelas portas dos fundos. Ainda na pista, após a bandeirada, reclamou com Petrov por não ter lhe dado passagem. Saiu do carro vaiado, enquanto o russo era aplaudidíssimo por ter segurado o piloto da Ferrari na maior parte da prova. Fernando foi o único a não cumprimentar Vettel após a corrida, e a escuderia italiana sumiu da festa do pódio, que geralmente tem representantes de todos os times: não havia macacões vermelhos.

O alemão não estava nem aí para o chororô da Ferrari. Choro genuíno foi o seu, feito criança, pelo rádio. Ainda ao volante, agradeceu à RBR. No pódio, com os cabelos rebeldes bagunçados, ergueu os braços, levou as mãos ao rosto duas vezes e encheu os olhos d’água. Tomou um banho de champanhe de Button e Hamilton, os dois campeões anteriores. Está passada a faixa. A Fórmula 1 tem um novo campeão. Novíssimo. O mais novo de todos os tempos.

A corrida já começou tensa. Vettel manteve a ponta, seguido por Hamilton, mas Alonso perdeu a terceira posição para Button. E os holofotes, enfim, se voltaram para Michael Schumacher. Não do jeito que o alemão gostaria, claro. Com um discreto nono lugar na classificação da temporada, o alemão só atraiu a atenção quando sua Mercedes rodou na primeira volta e parou no meio da pista, virada na contramão. O italiano Vitantonio Liuzzi não conseguiu desviar e escalou o carro de Schumi. Safety car na pista durante cinco voltas.

Na hora da relargada, o cenário era de limite para Alonso. O espanhol precisava resistir aos ataques de Webber e segurar a quinta posição, para que o título não caísse no colo de Vettel. Ainda havia 50 voltas pela frente, mas o piloto da Ferrari começava a ver o tricampeonato escapando.

Enquanto o alemão da RBR mantinha a ponta, Alonso estava em 11º na metade da corrida – posição fictícia, já que vários rivais ainda precisariam passar pelos boxes. Mas o espanhol se via preso atrás de Petrov e Rosberg, e aí não havia ficção alguma, porque os dois também já tinham parado. Era preciso ultrapassá-los para encostar a mão na taça.

Quando Vettel fez sua parada, Button assumiu a liderança. Era apenas um alento para o campeão de 2009, que cumpria tabela nos Emirados Árabes e ainda seria obrigado a fazer o pit stop. Foi o que aconteceu na 40ª volta, quando o piloto da RBR retomou seu posto de líder, voando a caminho do título. No retrovisor, ele via Alonso em oitavo, ainda com Petrov e Rosberg no meio do caminho.

Robert Kubica parou na 47ª volta e retornou na frente de Alonso, complicando ainda mais a vida do bicampeão. Àquela altura era preciso ganhar três posições na base do acelerador, sem pit stops. O título caminhava em alta velocidade para o colo de Vettel, que só precisava trazer o carro até a bandeirada final. Foi o que aconteceu.

A Fórmula 1 conheceu seu mais jovem campeão, roubando por cinco meses o posto que era de Lewis Hamilton e já tinha sido de Fernando Alonso. Prêmio para quem foi rápido durante todo o ano, apesar de só ter conhecido a liderança na última corrida. Quando importava.

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GP da China

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0,,40203140-EX,00 Pista molhada, ousadia na estratégia, champanhe no alto do pódio. Com os mesmos ingredientes da Austrália, Jenson Button repetiu a receita no GP da China e conseguiu neste domingo sua segunda vitória na temporada da Fórmula 1, liderando a dobradinha da McLaren à frente de Lewis Hamilton. A diferença desta vez é que o triunfo no circuito de Xangai coloca o atual campeão mundial no topo da classificação. Para chegar lá, ele caprichou na tática e atravessou 56 voltas de uma corrida cheia de episódios polêmicos.

O maior deles – ao menos para os brasileiros – foi o fogo amigo de Fernando Alonso para cima de Felipe Massa. O espanhol ultrapassou o companheiro da Ferrari na entrada dos boxes, numa manobra pouco comum entre colegas de equipe. Massa acabou não conseguindo se recuperar na chuva e terminou em nono. Alonso, que já tinha queimado a largada, foi o quarto, logo atrás de Nico Rosberg, da Mercedes, que completou o pódio atrás das McLarens.
 
Massa chegou à China como líder do campeonato e deixará o país – assim que o caos aéreo permitir – na sexta posição, com 41 pontos. Button lidera com 60, seguido por Rosberg (50) e Hamilton). Quem também não teve motivos para sorrir em Xangai foi Sebastian Vettel, da RBR, que largou na pole, mas novamente não conseguiu comprovar na corrida a qualidade da equipe. Ele terminou em sexto, logo à frente do companheiro Mark Webber.

Michael Schumacher voltou a sofrer com a nova geração da categoria. Após brigar com os mais jovens durante toda a corrida, ele foi ultrapassado por Massa no fim e ficou apenas em décimo, à frente de Adrian Sutil, da Force India. Rubens Barrichello, da Williams, veio em seguida, na 12ª posição. Bruno Senna, da Hispania, cruzou em 16º, e Lucas di Grassi, da VRT, abandonou.

A corrida

Assim como na Austrália, a chuva apareceu na China a poucos minutos da largada. Com os carros se dirigindo ao grid, a garoa aumentou um pouco, mas não se intensificou. Por isso, equipes e pilotos decidiram manter os pneus slicks em seus carros, já que a direção de prova não considerou o asfalto molhado o suficiente para obrigar a troca dos compostos.

Ainda com pista seca, os pilotos completaram a volta de apresentação e alinharam no grid. Afobado, Alonso acabou se movimentando antes das luzes vermelhas se apagarem e queimou a largada. Com isso, o espanhol assumiu a ponta, seguido por Mark Webber, Sebastian Vettel e Nico Rosberg. Felipe Massa se manteve na sétima posição, no meio da briga por ultrapassagens.

Ainda na primeira volta, Vitantonio Liuzzi, da Force India, rodou no primeiro hairpin da pista e atingiu em cheio o carro de Sebastien Buemi, da STR. O japonês Kamui Kobayashi, da Sauber, acabou colhido no acidente e também abandonou a corrida. A confusão acabou provocando a primeira entrada do safety car na pista, enquanto a chuva começava a aumentar novamente.

Com a pista úmida, Rubens Barrichello, Adrian Sutil e Jaime Alguersuari entraram nos boxes para colocar pneus intermediários, decisão seguida por quase todos os outros pilotos na segunda volta. Apenas Nico Rosberg, Jenson Button, Robert Kubica e Vitaly Petrov permaneceram na pista e ficaram com as primeiras posições da corrida. A queima de largada de Alonso foi detectada pela direção de prova e o espanhol recebeu a punição ainda em bandeira amarela.

O safety car entrou nos boxes no fim da terceira volta e Rosberg manteve a ponta, seguido de perto por Button e Kubica. Alonso superou Pedro de la Rosa e assumiu a quinta posição, mas ainda precisaria entrar nos boxes para cumprir sua punição, o que aconteceu no final da quarta passagem.

Michael Schumacher, na quinta volta, foi o primeiro dos pilotos que estavam com os intermediários a voltar para os pneus slicks. A decisão do alemão acabou seguida pela maioria do grid na sexta volta. Apenas Alguersuari se manteve na pista com o composto para chuva fraca. Alonso só pôde entrar na passagem seguinte e também voltou para a borracha de pista seca.

Hamilton, que ficou para trás com a chuva e as trocas de pneus, começava a dar seu show particular. Primeiro, foi superado por Sebastian Vettel, após disputar a posição dentro dos boxes. Mas se recuperou em seguida, com a ultrapassagem sobre Rubens Barrichello, ao assumir a 11ª posição. Massa, por sua vez, passava dificuldades e saiu da pista duas vezes na mesma volta.

O inglês continuava a tentar ganhar posições na pista, em meio aos carros da RBR. Ele superou Webber na décima volta e ficou muito próximo de Vettel. O alemão fez a ultrapassagem sobre o surpreendente Kovalainen na 11ª, assim como Hamilton e o australiano da RBR. Na passagem seguinte, Vettel começou a duelar com Sutil, mas ambos acabaram superados pelo inglês da McLaren.

A chuva continuava fraca, mas as equipes começavam a receber previsões de mais água nos minutos seguintes. Na 15ª volta, Hamilton e Schumacher começavam a travar o melhor duelo da corrida. O inglês tentou por algumas vezes a ultrapassagem, mas só conseguiu duas passagens depois, após várias trocas de posição na pista.

O heptacampeão não ficou livre da nova geração: na volta seguinte, Vettel conseguiu superá-lo em uma manobra sensacional. Na frente, Rosberg cometeu um erro, saiu da pista e acabou ultrapassado por Button, que se tornou o novo líder. Neste momento, a chuva começou a apertar e os pilotos voltaram a entrar nos boxes para colocar os pneus intermediários.

Na 21ª volta, Alguersuari tocou em Bruno Senna e ficou com a asa dianteira solta. Ele foi soltando detritos pela pista, o que acabou provocando a segunda entrada do safety car. O maior perdedor com isso foi Button, que perdeu uma vantagem de mais de 40 segundos na pista. Ele ficou por cinco voltas na pista e, pouco antes da relargada, o inglês da McLaren diminuiu demais a velocidade e quase provocou um grande acidente no pelotão.

Na relargada, Hamilton superou Schumacher novamente e assumiu o quinto lugar, enquanto Sutil e Alonso ultrapassavam Barrichello. O alemão e o espanhol passaram a duelar em segunda. O inglês da McLaren, por sua vez, continuava a escalar o pelotão e superou os dois pilotos da Renault: Petrov na 27ª volta e Kubica na 29ª.

Alonso também continuava sua recuperação e finalmente superou Sutil na 30ª passagem. O espanhol assumiu o sexto lugar da corrida, mas subiu ainda mais duas voltas depois, quando Petrov rodou e foi superado por ele e por Vettel ao mesmo tempo. Um pouco mais atrás, Schumacher sofria com a pressão de Webber.

Hamilton passou a brigar pela segunda posição com Rosberg na 36ª volta. O alemão foi superado momentaneamente pelo inglês, mas deu o troco. Na passagem seguinte, o piloto da McLaren fez seu último pit stop, para trocar os intermediários. Button e Rosberg, com os compostos desgastados, permaneciam na pista. Ambos só foram para os boxes na passagem seguinte, mas o piloto da Mercedes acabou atrás da dupla da equipe inglesa.

A nove voltas do fim, Felipe Massa assumiu a décima posição ao superar Jaime Alguersuari, mas continuava em uma corrida bastante discreta. O brasileiro e Petrov começaram a recuperar terreno em relação a Schumacher, que sofria com os pneus desgastados. O russo fez a ultrapassagem na 52ª passagem. O piloto da Ferrari tentou a sorte na seguinte, mas o alemão se manteve à frente.

Na frente, Button, já sem pneus, errou a quatro voltas do fim, mas conseguiu voltar à pista e se manter na liderança. Mesmo com a aproximação de Hamilton, o atual campeão da Fórmula 1 só administrou a vantagem nas últimas voltas da corrida. Atrás, Massa finalmente superava Schumacher e garantia a nona posição, mas acabou longe da liderança do campeonato.

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Massa é o líder

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O brasileiro Felipe Massa é o novo líder do Mundial de Fórmula 1. Ele largou na 21ª colocação no CP da Malásia, mas terminou a prova na 7ª posição. Com 39 pontos, Felipe Massa assumiu a 1ª colocação do Mundial. O espanhol Fernando Alonso e o alemão Sebastian Vettel dividem a 2ª posição com 37 pontos (confira no vídeo as chegadas de Sebastian Vettel e Felipe Massa).

Rubens Barrichello teve problemas na largada com seu Williams e perdeu muitas posições. Ele terminou a corrida apenas em 12º, com um carro muito ruim nas retas. Já Lucas di Grassi (14º), da VRT, e Bruno Senna (16º), da Hispania, conseguiram terminar uma corrida pela primeira vez na temporada de estreia na Fórmula 1.

O próximo GP será o da China, em Xangai, daqui há duas semanas.

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GP do Japão de Fórmula 1

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Em uma corrida tranquila, Sebastian Vettel venceu o GP do Japão, neste domingo em Suzuka. O alemão da RBR dominou desde a largada, não deu chances para os adversários no circuito e chegou ao seu terceiro triunfo na temporada, o quarto de sua carreira. Jarno Trulli, da Toyota, conseguiu o segundo pódio consecutivo da equipe japonesa, com a segunda posição. Lewis Hamilton, da McLaren, suportou a pressão de Kimi Raikkonen nas voltas finais e manteve-se em terceiro.

Na briga pelo título, Jenson Button continuou com boa folga, após a oitava posição na corrida. Rubens Barrichello, seu companheiro na Brawn GP e principal rival, chegou apenas uma posição na frente, em sétimo, e reduziu a vantagem para 14 pontos, com apenas duas corridas para o fim do campeonato. Vettel, com a vitória, está 16 pontos atrás do líder do campeonato.

– Sofri com o acerto do carro, estava duro. Acho que fui agressivo. Tive uma certa melhora e terminei na frente do Button. Não falta nada. Foi a corrida que tinha que ser. O safety car ainda deu uma posição ao Rosberg. É assim que tem que ser – conforma-se Barrichello, em entrevista ao repórter Carlos Gil, da Rede Globo.

Nico Rosberg, da Williams, foi o principal beneficiado pelo safety car causado por Jaime Alguersuari, da STR, a nove voltas do fim da prova, e ganhou a quinta posição da corrida. Nick Heidfeld, da BMW Sauber, chegou em sexto, logo à frente da dupla da Brawn GP na corrida.

A próxima corrida da temporada, a penúltima de 2009, será o GP do Brasil, disputado em Interlagos, no dia 18 de outubro. O circuito paulista pode presenciar a uma decisão de campeonato pelo quinto ano seguido. Jenson Button precisa apenas de um terceiro lugar para ser campeão independente dos resultados de Rubens Barrichello e Sebastian Vettel, ou apenas chegar na frente deles. Ele pode ainda se dar ao luxo de marcar quatro a menos que o brasileiro e seis que o alemão.

Incidentes na corrida favorecem Jenson Button

Na largada, Rubens Barrichello, que saía em sexto, preferiu ser conservador e manter a sexta posição, logo atrás de Kimi Raikkonen, da Ferrari. O brasileiro chegou a se animar e tentar pressionar o finlandês na curva 1, mas recolheu e se manteve em uma posição de menos riscos. Vettel manteve a ponta, seguido por Hamilton, Trulli e Heidfeld.

Jenson Button, que largava na décima posição, sofreu com o ataque de Heikki Kovalainen, que tem o Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers) em seu carro. Com mais força, o finlandês superou o líder do campeonato e assumiu a nona posição, logo à frente de Robert Kubica. O inglês da Brawn GP caiu para 11º.

Mark Webber, da RBR, que largou dos boxes, após trocar o chassi, teve problemas ainda na segunda volta. O australiano voltou aos boxes, completou o tanque e trocou os pneus. No entanto, na passagem seguinte, fez mais uma parada, desta vez para acertar a proteção de cabeça do cockpit de seu carro, e perdeu uma volta.

Nico Rosberg é beneficiado pela entrada do safety carJenson Button começou a se recuperar no fim da quarta volta, quando ultrapassou Robert Kubica, da BMW Sauber, na freada antes da chicane Triangle. Logo em seguida, Sebastien Buemi, da STR, superou Romain Grosjean, da Renault, que largou com a tática de apenas um pit stop em Suzuka. Mark Webber, da RBR, fez sua terceira parada na sexta volta.

Sebastian Vettel continuava a abrir na primeira posição, enquanto Lewis Hamilton e Jarno Trulli tentavam se aproximar do líder, mas sem sucesso. A equipe mandou o alemão, que já tinha três segundos de vantagem, economizar combustível para manter a volta de parada da estratégia programada antes da corrida em Suzuka.

Na 14ª volta, Jenson Button ganhou duas posições de uma só vez, após o toque entre Heikki Kovalainen e Adrian Sutil na chicane Triangle, um dos únicos pontos de ultrapassagem do circuito. Os dois perderam muito tempo, e o líder do campeonato subiu para a oitava posição na corrida em Suzuka.

A primeira rodada de pit stops começou com Lewis Hamilton, na 15ª volta. Em seguida, foi a vez de Jarno Trulli e de Sebastian Vettel. Os três continuaram na mesma ordem nas primeiras posiçõses da corrida, com o alemão na liderança, seguido pelo inglês e pelo italiano.

Jenson Button fez sua primeira parada na 18ª volta e contou com o ótimo trabalho da Brawn GP. Rubens Barrichello parou na volta seguinte e apostou em uma carga um pouco maior de combustível do que seus rivais imediatos na corrida. Apesar de poder ficar mais tempo na pista antes da segunda parada, o brasileiro tinha um ritmo mais lento e foi superado por Kimi Raikkonen e Nick Heidfeld, que estavam mais rápidos.

A segunda rodada de pit stops começou com Kimi Raikkonen, que era o quinto colocado, na 36ª volta. O finlandês ganharia a quarta posição de Nick Heidfeld, da BMW Sauber, na volta seguinte, após a parada do alemão. Hamilton fez o pit na 38ª e perdeu a segunda posição para Jarno Trulli na passagem seguinte.

Button fez sua segunda parada na 41ª volta e não teve problemas nos boxes. Duas voltas depois foi a vez de Barrichello, que conseguiu se manter à frente do inglês. Contudo, o acidente de Jaime Alguersuari, da STR, na 45ª volta, na curva 130R, causou a entrada do safety car e permitiu a Nico Rosberg, da Williams, ganhar as posições dos pilotos da Brawn. O brasileiro ficou em sétimo e o inglês, em oitavo.

O safety car ficou quatro voltas na pista, e Sebastian Vettel ganhou uma enorme vantagem, já que tinha o retardatário Romain Grosjean entre ele e Jarno Trulli. O alemão se manteve na ponta com tranqulidade, enquanto os pilotos que vinham atrás eram separados por pouca vantagem. Contudo, ninguém conseguiu ultrapassagens nas voltas finais.

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A última volta de Briatore?

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O anúncio da saída de Flavio Briatore da Renault, nesta quarta-feira, pode ser o fim da linha para uma das figuras mais polêmicas da Fórmula 1 atual. Flavio Briatore, de 59 anos, pode ser banido do esporte na reunião do Conselho Mundial de Esporte a Motor da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), no próximo dia 21 de setembro. O italiano sempre teve seu nome envolvido em vários escândalos na era moderna da categoria. Próximo dos 20 anos de carreira, o dirigente aparentemente encontrou seu obstáculo final.

A FIA contratou uma empresa independente – a Qwest – para investigar o acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura de 2008. Briatore teria mandado o brasileiro bater de propósito na 16ª volta, três após o primeiro pit stop do espanhol. Após colher depoimentos e buscar provas na telemetria da Renault, o Conselho Mundial da entidade foi convocado para julgar o caso. Para evitar uma punição ainda maior, a equipe francesa aceitou afastar seu chefe, além de Pat Symonds, diretor de engenharia.

Após escapar de várias punições ao longo de sua carreira na Fórmula 1, Briatore não resistiu à vingança de Nelson e Nelsinho Piquet, que denunciaram a tramoia de Cingapura à FIA – fato confirmado por Max Mosley, presidente da entidade. Mesmo com a saída do dirigente da Renault, o Conselho Mundial não deve perdoar o dirigente no próximo dia 21 de setembro.

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Fórmula 1

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Recebi um e-mail do Eurico Pacífico, presidente da Federação Maranhense de Beach Soccer. Veja o que diz o Eurico após ler uma matéria do Globoesporte.com, onde o piloto brasileiro Nelsinho Piquet diz que não tem medo de reações da Renault e de Flávio Briatore.
 
Nelsinho Piquet se pronunciou pela primeira vez após o começo da polêmica sobre o GP de Cingapura de 2008. O brasileiro disse que cooperou com a investigação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e que não teme as reações de Flavio Briatore ou da Renault. Ele disse que não será coagido novamente a tomar uma decisão com a qual não concorda.

– Sobre a atual investigação da FIA, eu confirmo que cooperei completa e honestamente com eles. Porque estou dizendo a verdade, não tenho nada a temer, seja da Renault ou de Briatore, e sei bem do poder e influência que os investigados têm, além dos enormes recursos que eles têm ao dispor. Não serei intimidado de novo para tomar uma decisão da qual me arrependerei. Confio na investigação da FIA e no Conselho Mundial de Esporte a Motor e não farei mais comentários após a conclusão da audiência, no dia 21 de setembro – diz Nelsinho, em comunicado publicado em seu site oficial.

Diz o Eurico: Eu fiquei decepcionado com a postura do Nelsinho Piquet neste episódio, pois além de bater propositadamente, achei pior ele ter aceito uma proposta indecorosa como essa, entretanto, ao ler a matéria acima, lembrei que o próprio Rubinho não é nenhum santo. Qual a diferença entre um piloto que bate intencionalmente e outro que recebeu uma orientação da equipe para abrir para Schumacker em uma corrida? Onde está a diferença? A ação do Rubinho ficou bastante evidente durante a transmissão da TV Globo. No caso do Nelsinho, só descobrimos depois que o mesmo se sentiu ameaçado na equipe e diante da possibilidade de não ter o contrato renovado. Estou encaminhando este e-mail para você porque até agora não vi ninguém fazer a relação dos casos Nelxinho x Rubinho.

E você tem toda razão Eurico. Os dois casos envolvendo os pilotos brasileiros são escandalosos. Vou dividir com você e demais internautas uma convicção que tenho. Acho que a FIA precisa acabar com a figura do segundo piloto. A “sacanagem” começa dentro da própria equipe. Sempre trabalham para o piloto nº 1. Daí o tamanho desequilíbrio e as armações que cada vez mais são registradas na Fórmula 1.

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Nelsinho confessa

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O site inglês “F1SA” publicou nesta quinta-feira a íntegra do depoimento de Nelsinho Piquet à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sobre o caso do acidente deliberado do GP de Cingapura de 2008. O brasileiro admite a “armação” no documento.

Em depoimento à FIA, Nelsinho Piquet admite ter causado acidente à mando da Renault em Cingapura

Leia abaixo a íntegra do depoimento de Nelsinho Piquet:

“Íntegra do depoimento dado por Nelsinho Piquet à FIA, sobre o GP de Cingapura de 2008:

Eu, Nelson Ângelo Piquet, nascido em 25 de julho de 1985 em Heidelberg, Alemanha, morando atualmente em Mônaco, disse o que segue:

1 – Salvo prova em contrário, os fatos e declarações contidas neste depoimento são baseadas em fatos e assuntos de meu conhecimento. Acredito que os fatos e declarações contidos neste depoimento são verdadeiros e corretos. Sempre que quaisquer fatos ou declarações não estiverem dentro de meu próprio conhecimento, eles serão verdadeiros ao melhor de meu conhecimento e crença e, se este for o caso, indico a fonte deste conhecimento e desta crença.

2 – Faço esta declaração voluntariamente à FIA, a fim de permitir que ela exerça suas funções de supervisão e regulamentação no que diz respeito ao Mundial de Fórmula 1.

3 – Estou ciente de que existe um acordo entre os participantes do Mundial de F-1 e todos os titulares tem sua superlicença para assegurar a justiça e a legitimidade do campeonato, e estou ciente das consequências caso forneça à FIA informações falsas ou enganosas.

4 – Entendo que a minha declaração completa foi gravada áudio e que uma transcrição completa será disponibilizada para mim e para a FIA. O documento constitui um resumo dos principais pontos abordados durante minha declaração verbal.

5 – Gostaria de trazer os seguintes fatos ao conhecimento da FIA.

6 – Durante o GP de Cingapura, realizado no dia 28 de setembro de 2008, fui convidado pelo Sr. Flavio Briatore, que é tanto meu ‘manager’ quanto diretor da equipe Renault, e pelo Sr. Pat Symonds, diretor técnico da mesma equipe, a bater deliberadamente meu carro, a fim de influenciar positivamente o desempenho da Renault no evento em questão. Concordei com esta proposta e conduzi meu carro para acertar o muro, provocando um acidente entre as voltas 13 e 14.

7 – A proposta de provocar deliberadamente um acidente me foi feita pouco antes da corrida, quando fui convocado pelo Sr. Briatore e pelo Sr. Symonds no escritório do Sr. Briatore. O Sr. Symonds, na presença do Sr. Briatore, perguntou se eu estaria disposto a sacrificar minha corrida pela equipe por um safety car. Todo piloto sabe que o safety car entra na pista quando há um acidente que a bloqueia ou joga detritos, ou quando há um carro parado onde é difícil resgatá-lo, como foi o caso.

8 – No momento da conversa, estava em um estado mental e emocional muito frágil. Este estado de espírito foi provocado pelo estresse intenso causado pelo fato de que o Sr. Briatore se recusou a informar da existência da renovação de meu contrato de piloto para 2009, como habitualmente ocorre no meio da temporada (entre julho ou agosto). Ao contrário, o Sr. Briatore repetidamente pediu-me para assinar uma “opção”, o que significava que eu não estava autorizado a negociar com outras equipes no mesmo período. Ele repetidamente me colocou sob pressão para prolongar a opção que tinha assinado, e iria me chamar regularmente em seu escritório para discutir a renovação, mesmo em dia de corrida – um momento que deveria ser apenas para concentração e relaxamento. Este esforço foi acentuado pelo fato de que, durante o GP de Cingapura, tinha me classificado em 16º no grid, então estava muito inseguro sobre meu futuro na Renault. Quando me pediram para bater o carro e provocar a entrada do ‘safety car’ a fim de ajudar a equipe, aceitei porque esperava que pudesse melhorar minha posição na equipe neste momento crítico da temporada. Em nenhum momento fui informado por qualquer pessoa que, ao concordar em provocar um incidente, eu teria garantido a renovação de meu contrato ou qualquer outra vantagem. No entanto, no contexto, pensei que seria útil para alcançar este objetivo. Por isso, concordei em provocar o incidente.

9- Após a reunião com o Sr. Briatore e o Sr. Symonds, o Sr. Symonds me puxou para um canto tranquilo e, usando um mapa, apontou-me para a curva exata da pista onde eu deveria bater. Esta curva foi escolhida porque aquele local específico não possui guindastes que permitiriam que um carro danificado pudesse ser rapidamente removido da pista, nem possui entradas laterais, o que permitiria que um fiscal pudesse empurrar rapidamente o carro para fora dela. Assim, considerou-se que um acidente neste lugar específico seria quase certo de provocar uma obstrução da pista e que, portanto, seria necessária a entrada do safety car a fim de permitir que a pista fosse limpa e para assegurar a continuidade da corrida.

10 – O Sr. Symonds também me disse em que volta exata, eu deveria provocar o incidente, de modo a proporcionar a meu companheiro de equipe, o Sr. Fernando Alonso, uma boa estratégia, já que ele faria seu reabastecimento pouco antes da entrada do safety car, durante a 12ª volta. A chave para a estratégia reside no fato de que o conhecimento de que o safety car entraria na pista entre as voltas 13 e 14 permitiu que a equipe fizesse no carro do Sr. Alonso uma estratégia agressiva de combustível, suficiente para chegar a 12 voltas, mas não muito mais. Isso permitiria que o Sr. Alonso ultrapassasse o máximo de carros possível, sabendo que os carros teriam dificuldade em recuperar o tempo perdido depois do pit stop devido à implantação posterior do safety car. A estratégia foi bem sucedida e o Sr. Alonso venceu o GP de Cingapura de F-1 de 2008.

11 – Durante as discussões, não foi feita qualquer menção de quaisquer preocupações no que diz respeito à segurança desta estratégia para mim, para os espectadores ou para os outros pilotos. O único comentário feito neste contexto foi realizado pelo Sr. Pat Symonds, que me alertou para “ter cuidado”, dizendo que não deveria me ferir.

12 – Intencionalmente causei o acidente, deixando o carro sair lateralmente pouco antes da curva. A fim de me certificar que eu provocaria o acidente durante a volta certa, perguntei para a minha equipe por diversas vezes, através do rádio, para confirmar o número da volta, algo que não faria normalmente. Não me feri no acidente, nem ninguém.

13 – Após as discussões com o Sr. Briatore e o Sr. Symonds a “estratégia do acidente” nunca foi discutida novamente. O Sr. Briatore discretamente disse “obrigado” após o final da corrida, sem falar mais nada. Não sei se alguém tinha conhecimento da estratégia no início da corrida.

14 – Após a corrida, informei ao Sr. Felipe Vargas, amigo da família, o fato de que o acidente tinha sido intencional. O Sr. Vargas ainda informou meu pai, o Sr. Nelson Piquet, algum tempo depois.

15 – Depois da corrida, vários jornalistas perguntaram sobre o acidente e me questionaram se eu havia feito de propósito, porque sentiram que era “suspeito”.

16 – Na minha equipe, o engenheiro do carro questionou a natureza do incidente, porque achou incomum, e respondi que tinha perdido o controle do carro. Acredito que um engenheiro inteligente notaria que os dados de telemetria indicariam que o acidente foi causado de propósito, já que continuei acelerando, enquanto que o “normal” seria frear o mais rapidamente possível.

Declaração de Verdade

Acredito e juro que os fatos citados nesta declaração são verdadeiros.

Este depoimento foi feito na sede da FIA em Paris, no dia 30 de julho de 2009, na presença do Sr. Alan Donnelly (chefe dos comissários da FIA), Sr. Martin Smith e Sr. Jacob Marsh (ambos investigadores da empresa Quest, mantidos pela FIA para ajudar na investigação). As notas foram tomadas pela Sra. Dondnique Costesec (Sidley Austin LLP).

Assinado:

Nelson Piquet Jr.”

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