Espancado por PM

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Um rapaz identificado como Francisco de Carvalho afirma ter sido espancado por policiais militares e autuado como traficante de drogas em Bacabal, no Maranhão, após não ter parado em uma blitz, no último domingo (2).

Testemunhas afirmam que homens da Força Tática teriam praticado o espancamento quando o jovem voltava da igreja, na porta da casa dos avós dele. “Chegaram foi logo esmurrando ele, derrubando ele, sacudindo ele no chão. Aí nós gritando e ele sem dizer nada. Calado ele tava apanhando e calado ele ficou”, contou a avó Maria Deusimar Nascimento.

Os vizinhos teriam saído em defesa do jovem. “O menino já ia abrir a porta e eles mandaram que o rapaz sentasse na calçada. O menino sentou e ele já chutou a cara do rapaz. Pediram pra ele parar de bater, foi a hora que chegou mais polícia”, disse a vendedora Eulina Xavier, moradora do local.

Os vizinhos disseram que os policiais usaram spray de pimenta e dispararam tiros. Uma aposentada passou mal.

“Eu disse, ‘Rapaz, a mulher tá morrendo, sofre do coração, ela tá passando mal e tá é ruim’. E eles, ‘Pois eu não tô dizendo pra vocês? Se morrer, tem a Samu’. Ele falou isso pra mim bem aí”, contou o aposentado José Vieira de Carvalho, referindo-se a um PM.

O rapaz foi levado e passou cinco dias preso na Delegacia de Bacabal. Os policias disseram que encontraram papelotes com drogas com ele. “Foi encontrado comigo um celular, um pendrive, meu rosário e o valor de cento e dez reais. Isso foi encontrado comigo”, afirmou o jovem.

“Vou procurar os meus direitos, o que eu mereço, com certeza. Porque eu fui espancado. Me botaram como traficante, desmanchando a minha imagem sem eu ser uma coisa. É isso que eu vou atrás, com fé em Deus. Ser digno da minha honra”, garante a vítima.

Por meio de nota, o comando do 15º Batalhão da Polícia Militar informou que vai apurar as denúncias envolvendo a guarnição da Força Tática durante a ação policial em Bacabal. O comando disse ainda que repudia qualquer atitude que viole o respeito à dignidade humana. A Polícia Militar orienta que denúncias que envolvam a conduta de profissionais do Sistema de Segurança Pública sejam feitas diretamente na corregedoria da Secretaria de Segurança, que funciona na sede do órgão, na Vila Palmeira, em São Luís.

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