Enquanto os oposicionistas cogitam poucos nomes para a disputa da Prefeitura de São Luís em 2020, como o deputado federal Eduardo Braide (PMN) e os estaduais Adriano Sarney (PV) e Wellington do Curso (PSDB), o grupo da situação comandado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e pelo prefeito Edivaldo Júnior (PDT), possuem inúmeras opções.
Entretanto, tem sido estranho que em alguns levantamentos feitos sobre a disputa de 2020, a exclusão do nome da deputada federal e senadora eleita Eliziane Gama (PPS).
Além da força que possui na capital maranhense e já ter disputado a Prefeitura de São Luís em outras duas oportunidades, Eliziane Gama teria algo fundamental para a escolha de um nome para 2020, o consenso, pois seria de agrado tanto de Dino quanto de Edivaldo.
Eliziane Gama é da confiança do comunista e tem como primeiro suplente o deputado federal Pedro Fernandes (PTB), que é pai do vereador e deputado federal eleito Pedro Lucas (PTB), um dos nomes defendido pelo grupo do prefeito para lhe suceder em 2020.
Sendo assim, Eliziane é uma das candidatas que agrada os dois políticos com poder de decisão no grupo comunista para essa eleição – Dino e Edivaldo – e não deve ter jamais seu nome descartado em 2020.
A senadora eleita Eliziane Gama (PPS) toma posse apenas no dia 1º de fevereiro, mas decidiu, nas redes sociais engrossar a polêmica sobre a demarcação das terras indígenas no país.
Por determinação do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), a questão deixa de ser tratada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e passa para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Segundo a parlamentar, os dois órgãos tem funções bem distintas e a medida pode colocar em risco as minorias étnicas.
“Qual a relação funcional de um ministério que desenvolve um setor produtivo e uma fundação que protege etnias e salvaguarda povos tradicionais? Essa medida pode por em risco minorias étnicas e não ajudará nem o setor produtivo nem a garantia da vida dos povos tradicionais”, disse.
Eliziane Lembrou que a Funai foi criada em 1967 para executar as políticas indigenistas.
“A Fundação Nacional do Índio é órgão oficial do Estado brasileiro. Foi criado em 5 de dezembro de 1967. É vinculado ao Ministério da Justiça. Sua missão é coordenar e executar as políticas indigenistas do Governo Federal, protegendo e promovendo os direitos dos povos indígenas”.
Ainda segundo Eliziane, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é responsável pelo estímulo à agropecuária.
“O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento possui como responsabilidade a gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, para assim incentivar o agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor”, destacou.
Recém-eleita senadora, a ainda deputada federal Eliziane Gama (PPS) não quer nem ouvir falar sobre a disputa pela Prefeitura de São Luís.
Pelo menos, não agora…
Liderança com histórico de boas votações na capital, ela tem visto seu nome ser lembrado em todas as projeções sobre a sucessão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).
Mas, por enquanto, prefere apenas organizar a dinâmica do seu mandato no Senado.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PC do B), recebeu, na noite desta segunda-feira (12), a visita de cortesia da deputada federal e senadora eleita Eliziane Gama (PPS). No encontro, a parlamentar reafirmou o compromisso de trabalhar no Senado Federal em conjunto com os poderes Legislativo e Executivo em prol do povo maranhense.
Othelino Neto agradeceu a visita e ressaltou a importância do diálogo permanente entre as instituições para o desenvolvimento do Estado. “Fico muito feliz em receber a senadora eleita Elizane Gama. Com esse pacto entre os poderes, o Maranhão finalmente vai saber o que é ter uma senadora e um senador trabalhando, junto com o Governo e a Assembleia, para melhorar a vida dos maranhenses”, acentuou.
Durante a conversa, Eliziane Gama garantiu que, com grande parte dos senadores e deputados federais atuando a favor do Governo do Estado, o Maranhão tende a crescer mais. Segundo ela, os próximos anos serão ainda melhores.
“Vamos fazer com que os recursos federais cheguem ao nosso Estado. Teremos um Senado antenado e, consequentemente, o governador Flávio fará muito mais pelo nosso povo, porque dentre os elementos que tem, contará com a maioria da bancada federal a seu favor. Finalmente, temos, de fato, um Congresso Nacional que representa povo do Maranhão. Estou otimista e não tenho dúvida que nestes quatro anos traremos ainda mais conquistas para os maranhenses ”, disse ao finalizar.
A senadora eleita Elizane Gama (PPS) criticou o anúncio de fusão de ministérios pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Uma das promessas de campanha de Bolsonaro foi a redução do número de ministérios que deverão ser reduzidos a 15 ministérios.
Segundo Eliziane, a fusão dos ministérios da Agricultura com Meio Ambiente pode significar sobrepor a defesa do meio ambiente a interesses econômicos.
“O Ministério da Agricultura tem o dever de fomentar um importante setor da economia nacional. O Mininistério do Meio Ambiente de proteger os nossos ecossistemas. Unificar pode significar sobrepor a defesa do meio ambiente a interesses econômicos”, disse.
Além da fusão dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, o presidente eleito deverá unificar os ministérios da Fazenda, Economia e Indústria e Comércio.
Outra fusão bastante comentada é a dos ministérios da Educação, Cultura e Esporte, além de Infraestrutura e Transportes; Desenvolvimento Sociail e Direitos Humanos; Integração Nacional, Cidades e Turismo.
Muita gente atribuiu a ausência da deputada no evento petista ao fato dela ser “crítica severa” do PT, na Câmara dos Deputados e de ter votado pelo impeachement da presidente Dilma Rousseff. E temendo uma reação negativa por parte dos militantes do Partido dos Trabalhadores, ela tenha evitado ir ao ato.
Mas Eliziane nega ter evitado participar do evento por este motivo. Ela diz ter avisado o governador Flávio Dino. No Twitter ela disse estar fazendo um tratamento de saúde fora do Maranhão.
Em mensagem encaminhada ao Blog do Zeca Soares, Eliziane Gama reafirmou que não está no Maranhão neste domingo (21).
“Não estou no Maranhão. Havia informado o governador”, disse.
Perguntada sobre em quem votará neste 2º turno, Eliziane Gama disse: “Estou fechando um acompanhamento”.
Mas no Twitter, Eliziane “reafirma compromisso com o Maranhão e o apoio incondicional e integral ao seu grupo político comandado pelo governador Flávio Dino”, escreveu.
A direção nacional do PDT deixou complicada a relação do partido com o governador Flávio Dino (PCdoB), que comemora até hoje o fato de Eliziane Gama (PPS) e Weverton Rocha (PDT) serem os novos senadores do Maranhão a partir de 2019.
O problema é que na pós-eleição de primeiro turno, as relações – até então próximas do PDT com o PT (pelo menos no nível nacional) – estão demonstrando não estarem tão boas assim.
Carlos Lupi, que comanda o partido nacionalmente, por exemplo, não quer sanar a ferida entre as duas legendas relacionada à sugestão dos pedetistas ao PT de desistir da candidatura de Fernando Haddad para apoiar Ciro Gomes para a Presidência da República. O PT, na verdade, nunca cogitou tal possibilidade. E com tudo isso e por isso, o PDT por história, de fato, deverá seguir tudo o que Lupi decidir.
E nesse contexto, o senador eleito em 2018, Weverton Rocha, deverá seguir os passos do guru, Lupi, e ser oposição a quem for eleito no próximo dia 28.
O fato é que, com a postura inicial dos pedetistas com sustentação da direção nacional, Dino poderá seguir mais quatro anos sem uma bancada no Senado Federal fechada com os interesses comunistas – isto em caso de vitória do PT à Presidência. Weverton deve seguir o seu sustentáculo no PDT, o que é natural – até poque há disputas que podem não deixar PDT e PCdoB tão próximos no Maranhão no futuro.
E isso tem relação com a disputa pela prefeitura de São Luís em 2020 e pelo governo em 2022.
Sem acordo
Além de Weverton Rocha, a outra senadora eleita, Eliziane Gama (PPS), não deve compor a bancada de aliança que o PCdoB nacional deverá seguir.
Isso porque, nacionalmente, o PPS comandado por Roberto Freire, sempre foi oposição ao PT. E o mais provável é que se una a qualquer legenda que siga a linha antipestista.
Com isso, Eliziane Gama não deve pensar muito em voltar à postura de 2015 que foi de condenar o PT como o governo mais corrupto da história do Brasil.
A acirrada disputa pelo Senado Federal ganhou contornos dramáticos nesta reta final. Com jovens políticos na disputa – entre os quais nomes enrolados com problemas de ordem moral, judicial e eleitoral -, a corrida virou uma espécie de guerra e vale-tudo. E até a polícia entrou no processo.
Primeiro foi o deputado estadual Alexandre Almeida (PSDB). De uma hora para outra, o candidato a senador resolveu partir para cima dos seus adversários, com duras acusações em seus programas eleitorais. O problema é que as “denúncias” de Almeida não surtiram o efeito esperado por ele e, assim, o parlamentar partiu para uma segunda etapa, denunciando à Polícia Federal suposta ameaça.
Em seguida, vieram as denúncias contra o marido da candidato ao Senado Eliziane Gama (PPS), suspeito de estelionato em dossiê divulgado por O Estado e – mais grave ainda – acusado em processo judicial e inquérito policial por débito de Pensão Alimentícia e ameaça de agressão à ex-esposa.
Autoproclamada “defensora das causas das mulheres e das minorias”, Eliziane, em vez de assumir publicamente o espanto com as revelações sobre seu marido – com quem casou há menos de um ano -, resolveu jogar os ideais às favas e acobertá-lo, negando as denúncias, mesmo diante de documentos que tramitam na Justiça e na polícia.
A onda senatoria policial foi coroada ontem pela mesma Eliziane e seu parceiro de chapa, Weverton Rocha (PDT). Eles tentaram fazer-se de vítima diante da distribuição de panfletos mostrando as enroladas nas quais se meteram. E quebraram a cara ao tentar transformar a história em caso de polícia, porque o panfleto tem autor registrado – o ex-vereador Carioca – e o CNPJ do partido e da gráfica que fez a impressão. Caso de Polícia, portanto, são os próprios candidatos.
Seria mais um caso explícito de uso da “polícia política” no Maranhão?
O médico Igor Lago, filho do ex-governador Jackson Lago classificou como “pífio” o governo de Flávio Dino (PCdoB).
Segundo Lago, o discurso de Dino simboliza “retrocesso político e administrativo”.
“Flávio Dino com um governo pífio e sem novidades agarra-se ao uso da máquina para manter os apoios eleitorais. O discurso é o de se apresentar como um avanço quando, na verdade, é um verdadeiro retrocesso político e administrativo”, disse.
Ele considera as candidaturas de Roberto Rocha (MDB) e Roseana Sarney (MDB) como melhores opções e diz que as candidaturas de Weverton Rocha (PD)) e Eliziane Gama (PPS) ao Senado são frutos da traição de Flávio Dino a Zé Reinaldo.
“Considero Roberto Rocha e Roseana Sarney melhores opções. Weverton Rocha e Eliziane Gama são produto da traição do Flávio Dino ao responsável por sua entrada e sucesso na política, o ex-governador Zé Reinaldo. São o retrato fiel da velha política agora protagonizada por novos atores. O primeiro dispensa comentários porque já conhecido de todos, a segunda merece a observação que mais lhe caracteriza, a da esperteza. Não foi candidata ao governo em 2014 por uma negociação com o atual que lhe garantiu um mandato de deputada federal, assim como não se posicionou no segundo turno na eleição para prefeito de São Luis. Hoje sabemos o porquê”, destacou.