Será que vai ter figurinha nova no álbum de Dunga?

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O álbum está quase completo. Julio César, Robinho, Lúcio e Kaká, por exemplo, já estão com as fotos coladas na página da seleção brasileira. Com um bolo de opções na mão, Dunga vai revelar nesta terça-feira as últimas peças que faltam para fechar o grupo de 23 jogadores da Copa do Mundo. Haverá surpresas? Ronaldinho Gaúcho, Paulo Henrique Ganso e Neymar contam com apelo popular e correm por fora. E Adriano? Será que a má fase do Imperador abalou a confiança do capitão do tetra? E a lateral esquerda? As respostas serão dadas no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), às 13h (de Brasília), quando as figurinhas serão carimbadas.

Desde que assumiu o comando após a saída de Carlos Alberto Parreira em 2006, Dunga mantém o discurso da coerência em suas convocações. Ao todo, chamou 89 atletas até hoje. Apesar de críticas, confia em alguns jogadores e faz questão de deixar claro que prestigiará aqueles que nunca rejeitaram um chamado seu.

A convocação da seleção terá transmissão em vídeo ao vivo no GLOBOESPORTE.COM, a partir das 12h, com apresentação de José Ilan, direto do hotel na Barra- Eu acho que não existe surpresa porque é todo um trabalho de três anos e meio, cada um aproveitou as suas oportunidades e como é que vai ter surpresa? Quem entende de futebol, quem acompanha futebol, sabe que não existe surpresa – disse o treinador em 15 de abril, durante evento em uma escola de Porto Alegre.

Na última segunda, durante o lançamento do novo ônibus da seleção na sede da CBF, o treinador fugiu do assunto ao ser questionado por jornalistas sobre a lista:

– Vocês precisam esperar amanhã (terça).

Pelas normas da Fifa, Dunga tem que apresentar 30 nomes nesta terça. Porém, o técnico dará a lista com apenas os 23 que começarão os treinamentos no dia 21 em Curitiba . Os jogadores serão apresentados em um telão e provavelmente o capitão do tetra não vai ler a relação, aparecendo apenas para a entrevista coletiva em seguida.

Mais tarde, a CBF vai revelar quem são os outros sete. No dia 1º de junho, a federação tem que enviar à Fifa a relação final de 23 atletas (escolhidos entre os 30 iniciais). Depois, ainda poderá haver trocas: até 24 horas antes da estreia, um jogador machucado poderá ser cortado para a entrada de outro, sem a obrigação de este ter sido colocado entre os 30. A seleção treina até o dia 26 no CT do Atlético-PR e depois embarca para a África do Sul, onde ficará concentrada em Joanesburgo. O time estreia em 15 de junho contra a Coreia do Norte, depois pega a Costa do Marfim em 20 de junho e encerra a participação no Grupo G contra Portugal cinco dias depois.

Confira os 89 jogadores que já foram convocados por Dunga

Goleiros

Julio César, Doni, Gomes, Hélton, Renan, Fábio, Cássio, Diego Alves e Victor

Laterais-esquerdo

Gilberto, Kleber, Marcelo, Adriano, Richarlyson, Juan, Carlinhos, André Santos, Filipe Luís, Fábio Aurélio e Michel Bastos

Laterais-direito

Maicon, Daniel Alves, Cicinho, Leonardo Moura, Ilsinho e Rafinha

Meio-campistas

Gilberto Silva, Mineiro, Zé Roberto, Elano, Diego, Julio Baptista, Josué, Kaká, Dudu Cearense, Anderson, Edmílson, Daniel Carvalho, Fernando, Lucas, Tinga, Hernanes, Thiago Neves, Jonatas, Morais, Vagner, Mancini, Alex, Felipe Melo, Kleberson, Ramires, Sandro, Ronaldinho Gaúcho, Cleiton Xavier, Diego Souza, Carlos Eduardo, Denílson e Fábio Simplício

Zagueiros

Juan, Lúcio, Alex, Luisão, Naldo, Alex Silva, Edu Dracena, Henrique, Gladstone, Thiago Silva, Miranda, Breno, Léo, André Dias e Cris

Atacantes

Robinho, Vagner Love, Luis Fabiano, Rafael Sóbis, Afonso Alves, Fred, Adriano, Alexandre Pato, Ricardo Oliveira, Jô, Bobô, Nilmar, Amauri, Diego Tardelli, Hulk e Grafite

Ronaldinho e Ganso mais cotados que Neymar

Dunga deixou claro nos últimos meses que tem uma base pronta do time titular: Julio César, Maicon, Juan, Lúcio, Felipe Melo, Gilberto Silva, Elano, Kaká, Robinho e Luis Fabiano. A lateral esquerda é a principal dúvida e não há grandes pistas sobre quem irá para a posição.

A preocupação em torno da fase recente de Kaká e Adriano gerou dúvidas também no meio-campo e ataque. Enquanto Paulo Henrique Ganso brilha no Santos e Ronaldinho Gaúcho cresceu de produção com a camisa do Milan, Kaká sofreu com lesões e pouco atuou nos últimos seis meses. Já o Imperador apareceu mais em fofocas fora de campo do que com gols dentro dele e viu Neymar virar adulto no Peixe.

– Eu levaria Neymar e Ganso, mas acho muito difícil o Dunga fazer isso. As únicas novidades que devem acontecer é ele levar o Ganso ou o Ronaldinho Gaúcho. Fora isso, eu não acredito que terá nenhuma novidade, não. O time já está montado – analisou o comentarista Caio Ribeiro.

Homem de confiança de Dunga, Doni não tem ficado nem no banco do Roma e concorre com Victor e Gomes, que vivem boa fase no Grêmio e no Tottenham, para a reserva de Julio César. Maicon e Daniel Alves são unanimidades na lateral direita, mas a esquerda está sem dono. Michel Bastos? Marcelo? André Santos? Gilberto? Só no telão do Windsor.

Luis Fabiano e Robinho estão garantidos

e Ronaldinho Gaúcho? (Foto: EFE)- Se eu falar que não estou ansioso, estaria mentindo. Mesmo não tendo sido convocado para as últimas partidas, a esperança continua. Tento não ficar pensando nisso o dia inteiro para não perder o foco das coisas importantes – afirmou Marcelo, do Real Madrid.

No meio-campo, nomes sempre lembrados por Dunga – como Josué, Julio Baptista, Ramires e Kleberson – sofrem com a sombra de outros que já foram testados, mas que andaram esquecidos recentemente, como Lucas e Ronaldinho Gaúcho, e da “zebra”, ou melhor, Ganso.

– Mostrei todo o meu futebol. Até sair a lista, vou acreditar. Venho mostrando um belo futebol, uma visão de jogo aprimorada, mas acho que ainda posso melhorar a cada jogo – disse o santista.

– Acho que o que eu poderia ter feito para ser convocado, foi feito. Dunga observou bem os campeonatos e os jogadores que convocou ao longo desses quase quatro anos e saberá escolher o grupo, tenho certeza. Agora só me resta torcer e ficar na expectativa de ser lembrado por ele novamente – completou Lucas, do Liverpool.

No ataque, Robinho, Nilmar e Luis Fabiano são intocáveis. Adriano tenta vencer na reta final a concorrência de Neymar, Hulk, Diego Tardelli e Grafite.

– Neymar é mais difícil, pela posição, pois Dunga já tem Nilmar e Robinho. Adriano deve ir, pois o Dunga pode apostar nele pelo discurso de que ele nunca deu trabalho na seleção, ou pelos serviços mostrados – lembrou o comentarista Lédio Carmona, do SporTV.

Globoesporte.com

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Sono da esperança

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ganso_ae30 Tudo o que os meninos do Santos tinham para fazer já foi feito. O meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Neymar desabrocharam neste ano, comandaram o Peixe na conquista do título paulista, viraram estrelas, jogadores badalados. Agora, aguardam ansiosamente a divulgação da lista de convocados para a Copa do Mundo da África do Sul. O técnico Dunga divulga a lista nesta terça-feira e os meninos da Vila torcem para estar nela.

Ganso garante que não tem pistas, que ninguém da CBF entrou em contato com ele para buscar informações, como chegou a ser especulado. Ainda assim, afirma que a esperança é grande.

– Mostrei todo o meu futebol. Até sair a lista, vou acreditar. Vou dormir com essa esperança – afirmou o jogador.

O meia alvinegro, sem falsa modéstia, enumera as qualidades que o credenciam a ser relacionado por Dunga.

– Venho mostrando um belo futebol, uma visão de jogo aprimorada, mas acho que ainda posso melhorar a cada jogo.

Já Neymar disse que vai tentar dormir cedo nesta terça-feira para não sofrer de ansiedade. Mesmo fora do jogo contra o Grêmio, quarta-feira, pela Copa do Brasil, por estar suspenso, o atacante não vai embora para casa depois do treino desta terça. Ele vai ficar no CT, junto com os companheiros que viajarão a Porto Alegre, aguardando a lista.

– Se eu ficar em casa sozinho, ficou mais ansioso. Melhor ficar aqui no CT. Pelo menos eu me distraio mais.

Tanto Ganso, quanto Neymar asseguram, por outro lado, que não vão deixar se abater caso a tão sonhada convocação não venha.

– Vou continuar jogando a mesma coisa. Não vai mudar nada – afirma Neymar.

 Globoesporte.com

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Caso de Polícia

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0,,36995577-DP,00 O técnico da seleção brasileira, Dunga, chamou a polícia para retirar uma equipe de um programa de televisão que se instalou na frente de sua casa no bairro Ipanema, na zona sul de Porto Alegre, na noite deste sábado. Um repórter ficou até as 23h em frente à residência do treinador pedindo a convocação do atacante santista Neymar. Três carros da Polícia Civil foram ao local.

Incomodado com a situação, Dunga registrou ocorrência na 6ª Delegacia de Polícia, no bairro Tristeza. Ao chegarem ao local, os policiais obrigaram a equipe a desligar os holofotes que apontavam para a casa do treinador. Sem as luzes, foi permitido que o repórter permanecesse.

– Ele colocaram holofotes em frente à casa de Dunga, perturbando a família toda. Não podem fazer isto, é invasão de privacidade. Nós permitimos que eles continuassem, mas sem os holofotes – disse o inspetor volante da Polícia Civil, João Braga.

Braga ficou no local durante a realização do programa, que terminou às 23h de sábado. O inspetor acredita que o caso ainda terá repercussão.

– Creio que alguém da emissora será chamado para dar explicações – disse

Globoesporte.com

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E o Neymar?

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Tecnicodunga150410 A menos de um mês da divulgação da lista final para a Copa do Mundo (convocação prevista para 10 de maio), o técnico Dunga (foto: Estadão) deixou claro que dificilmente haverá caras novas na seleção brasileira que vai à África do Sul. Em grande fase, Neymar vê a cada dia aumentar o coro dos que pedem sua convocação. Entretanto, Dunga disse nesta quinta-feira que não deve haver surpresas na lista final.

– Eu acho que não existe surpresa porque é todo um trabalho de três anos e meio, cada um aproveitou as suas oportunidades e como é que vai ter surpresa? Quem entende de futebol, quem acompanha futebol, sabe que não existe surpresa – disse o treinador aos jornalistas durante evento no qual recebeu uma homenagem numa escola de Porto Alegre.

Ao ser perguntado diretamente sobre Neymar, o treinador, entretanto, não fechou a porta:

– Vocês vão ter de esperar até maio.

Dunga explicou ainda que deu oportunidade a dezenas de jogadores ao longo de seu período à frente da seleção e, com base em suas observações, vai fechar a lista.

– Respeito o trabalho de vocês (imprensa), mas se eu for atrás de vocês, a cada domingo eu troco a formação da seleção. A gente convocou 80 jogadores, deu oportunidade para todos e em cima disso a gente vai tomar as decisões – finalizou.

A seleção brasileira inicia a preparação para a Copa do Mundo no dia 21 de maio. A estreia brasileira acontece em 15 de junho, contra a Coreia do Norte.

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Dunga aposta na Argentina

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Dunga parece mais convicto do que Maradona de que a Argentina estará na Copa do Mundo de 2010. Nesta terça-feira, em entrevista para o Arena SporTV em Porto Alegre, o treinador da seleção brasileira cravou que os hermanos estarão na África do Sul. Mas vale uma ressalva: a declaração pode conter traços de ironia, em resposta à admiração pelo time de Messi manifestada por jornalistas brasileiros antes da derrota em Rosário.

– A Argentina muda. Só tem uma chance de não ir à Copa: não ganhar do Peru. O Uruguai joga com o Equador no Equador. Contra o Uruguai, a Argentina vai dar a vida. Vai direto. Ganha do Peru e ganha do Uruguai. Falo de coração. Ganha do Uruguai. Vai ser uma reposta dos jogadores. Eles são top de linha, então vão ganhar – disse Dunga.

Ao classificar os rivais como top de linha, Dunga aproveitou para alfinetar quem louvou a qualidade dos jogadores da equipe de Maradona.

– Será que o Messi, com tudo que falam dele, não vai tirar o orgulho lá do fundo? Vai jogar a vida contra o Uruguai. Vai ganhar.

O treinador da seleção brasileira disse que irá com força máxima para os jogos finais das eliminatórias. Ele abriu a possibilidade de convocar um número maior de atletas para aumentar o leque de observações antes da Copa.

A Argentina recebe o Peru em Buenos Aires no dia 10 de outubro. Na semana seguinte, visita o Uruguai em Montevidéu.

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Noite de Nilmar

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três gols contra o Chile
Nilmar lava a alma na chuva em Salvador

Quem esperava que Adriano brilharia atuando no lugar do suspenso Luis Fabiano teve de bater palmas para Nilmar. Com três gols, o atacante do Villarreal-ESP garantiu a vitória do Brasil sobre o Chile por 4 a 2, nesta quarta-feira à noite, em Salvador, pelas eliminatórias da Copa de 2010. O ex-colorado atuou na vaga de Robinho, que se machucou contra a Argentina, sábado passado. O Imperador, após um primeiro tempo razoável, sumiu na etapa final. O Brasil jogou com um a menos desde os quatro minutos do segundo tempo, quando Felipe Melo foi expulso – o chileno Sanchez recebeu também o vermelho, só que aos 33, quando o placar já estava 4 a 2.

Para o Brasil, o resultado serviu apenas para confirmar sua hegemonia no futebol sul-americano. Já classificada para o Mundial da África do Sul, ano que vem, a seleção lidera as eliminatórias, com 33 pontos. O Chile ainda tem mais dois jogos para tentar sua vaga, e precisa de três pontos em seis que vai disputar.

Os chilenos pegam a Colômbia, fora, no dia 10 de outubro, e o Equador, em casa, dia 14. O Brasil encerra a sua participação contra a Bolívia, dia 10, fora, e Venezuela, dia 14, em Campo Grande (MS).

Brasil aperta, e defesa chilena entrega

O Chile começou o jogo abusado. Com uma formação ousada de três atacantes – Sanchez pela direita, Beausejour pela esquerda e Suazo centralizado – o time de Marcelo Bielsa se aproveitava de espaços entre a defesa e os volantes brasileiros, que iniciaram o jogo muito distantes. Nos cinco primeiros minutos, os chilenos rondaram perigosamente a área brasileira, sem, no entanto, conseguir arrematar a gol.

O problema é que eles cutucaram onça com vara curta. A partir do momento que a seleção brasileira colocou a bola no chão e conseguiu acertar uma sequência de, pelo menos, três passes certos, encontrou uma defesa chilena atrapalhada, mal posicionada, que não oferecia a menor resistência às investidas. O primeiro gol canarinho poderia ter saído aos 7, quando Luisão subiu mais alto que todo mundo e completou com uma cabeçada firme a cobrança de escanteio da esquerda. Matias Fernandez, sobre a linha, salvou.

O Brasil melhorou sua marcação, a defesa se adiantou, e o Chile, embora ainda conseguisse dominar a bola pelo meio, teve dificuldades de se aproximar da área. Passou, então a arriscar chutes de fora. O de Fernandez, aos 17, obrigou Julio César a espalmar, na primeira participação do goleiro brasileiro na partida.

A seleção de Dunga seguia apertando a defesa chilena. A rapidez de Nilmar, a força de Adriano e as chegadas constantes de Daniel Alves, que, para alegria dos baianos, foi titular no meio, na vaga de Elano, levavam a zaga adversária à loucura. Aos 31, Daniel acertou bom cruzamento da direita, Adriano e Nilmar foram na bola, mas ela acabou no pé esquerdo do ex-colorado, que acertou um chute firme, de primeira, estufando as redes.

O jogo estava franco. O Chile tentava atacar, e o Brasil respondia em cima. Aos 39, Matias Fernandez recebeu cruzamento de Sanchez e emendou um chute de direita. Julio César salvou. Na resposta, aos 40, a defesa chilena mostrou mais uma vez toda a sua fragilidade. O goleiro Bravo tentou sair jogando e deu um passe muito fraco para seus zagueiros Jara e Ponce. Nilmar roubou a bola e rolou para Daniel Alves, que tocou de primeira para Júlio Baptista. O camisa 10 vinha pelo meio e completou de pé direito, num chute colocado, rasteiro, no canto direito.

Adriano passou em branco em Salvador Mas o Chile não estava entregue, apesar dos gritos de olé da torcida brasileira. Se a defesa é fraca, o ataque é insinuante. Sanchez, mais ainda. Aos 44, como um autêntico ponta-direita, ele deixou André Santos na saudade, invadiu a área e foi derrubado por Felipe Mello. Pênalti que Suazo, aos 45, bateu firme, pelo alto, sem chances para Julio César.

Chile assusta, mas Nilmar resolve

Com o gol marcado no finzinho do primeiro tempo, os chilenos voltaram acesos para o segundo. Logo aos quatro minutos, o sempre perigoso Sanchez foi para cima de Felipe Melo, que apelou, deixou o pé e acertou o adversário. Acabou expulso, apesar dos protestos dos brasileiros, que consideraram o vermelho exagerado.
 
O fato é que, com um jogador a menos, ainda mais um volante, a defesa brasileira se escancarou.  E aos sete, veio o empate. Matias Fernandez entrou pela esquerda e cruzou. Suazo entrou sozinho pelo meio da área e completou de primeira.

Tensão no ar. A seleção passou a errar passes. Daniel Alves, que fez um ótimo primeiro tempo, caiu demais. Nilmar e Adriano, isolados, não conseguiam dominar a bola. Aos 21, a torcida já começava a ensaiar vaias e a pedir mudanças na equipe. Dunga atendeu, colocando Sandro no lugar de Júlio Baptista. Diego Tardelli também entrou na vaga de Adriano, que sumiu. Elano substituiu André Santos.

Com as mudanças, o Brasil melhorou. Controlou novamente a posse de bola e houve maior aproximação dos meias com o ataque. Aos 29, no cruzamento da direita executado por Maicon, Nilmar ganhou pelo alto e cabeceou para o gol, balançando as redes. Aí, o Chile se entregou. Aos 31, Elano acertou lindo lançamento para Maicon, que entrou pela direita e chutou cruzado. Na sobra, Nilmar mais uma vez empurrou para o gol: 4 a 2.

Logo depois, o Chile passou a ficar também com dez. Sanchez, que já tinha o amarelo, acabou expulso por reclamação. Com o jogo ganho, a seleção apenas se limitou a controlar as tentativas chilenas. No fim, aplausos da torcida baiana.

Reportagem: Adilson Barros e Eduardo Peixoto, do Globoesporte.com

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Agora até eu acredito…

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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, afirmou nesta quarta-feira, em entrevista ao programa Arena Sportv, em Salvador, palco do jogo com o Chile pelas Eliminatórias para a Copa, que sempre apostou no trabalho do técnico Dunga à frente da seleção brasileira, mesmo nos piores momentos vividos pelo treinador no comando.

“Eu vi vários jornais dizendo que o Dunga não ‘viraria’ o próximo jogo. Você tem que administrar (a situação) e ter tranquilidade. Você não pode ser aquele que vai criar a crise. Tem que ter coerência. Como é que você pode pressionar um treinador cuja pior classificação dele era segundo colocado durante a maior parte das Eliminatórias, inclusive à frente da Argentina?”, questionou Teixeira.

O dirigente ainda garantiu que nunca pensou em demitir Dunga, até mesmo por apostar no perfil disciplinador e no poder de liderança que o comandante já exercia na seleção brasileira desde os tempos de jogador e capitão do Brasil.

“Eu conheço o Dunga desde 1990. Eu cansei de dizer que eu precisava muito mais de alguém que fosse rigoroso e tivesse comando na seleção do que um técnico pura e simplesmente”, reforçou o presidente da CBF.

Após enaltecer a confiança que tem no trabalho de Dunga, Ricardo Teixeira revelou quais são as suas preocupações em relação à preparação da seleção brasileira para a Copa de 2010.

“Terminada a Eliminatória, nós faremos uma programação em que tenhamos objetivo de vitória”, afirmou o dirigente, que citou o frio como um das principais preocupações da seleção para o Mundial. Ele citou o fato depois de o Brasil ter encarado baixas temperaturas na África no Sul na última Copa das Confederações, que foi realizada na mesma época do ano em que será disputada a Copa de 2010.

A preparação da seleção para o Mundial será um tema recorrente nos planos da seleção até o início da competição muito por causa dos erros cometidos durante os preparativos do Brasil para o Mundial de 2006. Erros que o próprio Teixeira admitiu que cometeu na condução da presidência da CBF.

O dirigente citou a badalação entre jogadores e torcedores em Weggis, cidade suíça onde a seleção realizou o período final de preparação para o Mundial de 2006 e onde alguns atletas da seleção foram flagrados até em uma noitada, apenas como um dos problemas que prejudicaram o Brasil.

“Eu mesmo faço um mea-culpa pelos problemas que vivemos em 2006, mas o problema não foi só Weggis. Weggis foi uma justificativa para tudo o que aconteceu. Depois de Weggis, tivemos uma preparação enorme na Alemanha até o jogo contra a França (que eliminou o Brasil da Copa). Não adianta a gente querer tapar o sol com a peneira. O problema foi também Weggis. Houve falta de grupo, falta de sensibilidade, de empenho dos jogadores, de comando da comissão técnica e da presidência”, admitiu Teixeira.

Agência Estado

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Estamos na Copa

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Primeira chamada. Destino: África do Sul. Os argentinos rezaram, pediram ajuda divina antes da partida. Nada adiantou. Os deuses do futebol são brasileiros. Com direito a aplausos dos torcedores hermanos e gritos de “olé” dos brasucas, o Brasil carimbou o passaporte para a Copa do Mundo de 2010 neste sábado, em Rosário, com uma atuação de gala, que misturou talento e frieza. Sem cair na provocação e no clima de guerra da torcida, a seleção venceu a Argentina por 3 a 1 e garantiu uma das quatro vagas sul-americanas para o Mundial com três rodadas de antecedência devido à derrota do Equador por 2 a 0 para a Colômbia. Luís Fabiano, autor de dois gols, assumiu a artilharia das eliminatórias com nove, superando o boliviano Botero, que tem oito. O zagueiro Luisão fez o outro gol brasileiro. Dátolo descontou. Com o resultado, a Argentina ficou em uma situação delicada. Em quarto lugar com 22 pontos, ainda vai enfrentar Paraguai e Uruguai fora de casa nos três jogos que restam na competição.

Dunga conquistou a terceira vitória sobre os argentinos desde que assumiu a seleção brasileira, em 2006. E o Brasil confirmou a superioridade nesta década. Foram dez duelos, com seis vitórias brasileiras, dois empates e duas derrotas. Além disso, acabou com duas enormes invencibilidades dos nossos hermanos. Eles não perdiam uma partida em casa há 41 jogos. E foi a segunda derrota da Argentina como mandante na história das eliminatórias em exatas 50 partidas. A outra havia sido para a Colômbia, em 1993, por 5 a 0.

Na próxima quarta-feira, o Brasil encara o Chile, em Salvador, em um jogo festivo, que vai servir para comemorar a classificação. A Argentina vai até Assunção para enfrentar o Paraguai.
 
A vaga para a Copa do Mundo premiou um momento abençoado da seleção brasileira. A equipe comandada por Dunga está invicta há quase 15 meses. Desde então, foram 18 jogos, com 14 vitórias e quatro empates. O Brasil vem de dez vitórias consecutivas: Peru, Uruguai, Paraguai e Argentina nas eliminatórias; Egito, Estados Unidos (duas vezes), Itália e África do Sul pela Copa das Confederações; e o amistoso contra a Estônia.

Diego Maradona, que foi um velho freguês dos brasileiros como jogador, manteve a tradição também como técnico. Com a camisa argentina, ele enfrentou seis vezes o Brasil e só conquistou uma vitória. Foram três triunfos brasileiros e dois empates. Após assumir a seleção em outubro do ano passado, substituindo Alfio Basile, Maradona tem três derrotas e seis vitórias em nove partidas.

Com os três gols contra os argentinos, a seleção chegou aos 100 na era Dunga. São ainda 33 vitórias, dez empates e quatro derrotas. Luis Fabiano é o artilheiro neste período, com 19 gols.

Baile brasileiro no primeiro tempo

O clima hostil no Gigante de Arroyito foi notado antes da partida. Uma bomba foi atirada no goleiro Julio César quando ele fazia o aquecimento perto da torcida argentina. O susto foi grande, mas ainda bem que não passou disso. Pouco depois, quando os jogadores reservas do Brasil se dirigiam para o banco, uma garrafa de água foi jogada em direção a eles pelos torcedores. Não acertou ninguém. Dunga pegou o objeto com tranquilidade do chão e o entregou a um representante da Conmebol, que levou a garrafa até o quarto árbitro.

Kaká deu o primeiro toque na bola. Mas foi a Argentina quem começou a mil por hora. A seleção arriscava ao deixar Messi com uma certa liberdade no meio-campo. Mas o entusiasmo dos nossos hermanos não refletia em boas jogadas. O Brasil, assustado, também não criava e procurava esfriar a partida.

O primeiro lance de perigo aconteceu aos 12 minutos. Messi recebeu livre na entrada da área e chutou no ângulo direito de Julio César. O goleiro só observou a bola sair muito perto da trave. Kaká passou, então, a pedir com gestos para a seleção brasileira marcar mais à frente. Mas o problema era que Messi continuava livre. Aos 17, ele deu uma arrancada, passou por quatro brasileiros e foi travado na hora do chute por Maicon. Foi por pouco. O Brasil estava acuado em campo. Em um mesmo lance, Lúcio e Kaká receberam cartão amarelo. Os dois, com isso, estão fora da partida contra o Chile, na próxima quarta-feira, em Salvador. Assim como Luis Fabiano, que pouco depois também foi advertido pelo árbitro.

Mas a seleção brasileira tem estrela. Luis Fabiano sofreu uma falta na intermediária. Elano cobrou para a área e Luisão, livre de marcação, cabeceou no canto esquerdo de Mariano Andujar. Brasil 1 a 0, aos 24 minutos. Foi o segundo gol do zagueiro em cima dos argentinos. Em 2004, na final da Copa América, o brasileiro também havia feito um de cabeça. E o gol saiu justamente na jogada mais ensaiada por Dunga nos treinos.

O jogo esquentou. Após uma falta em Kaká, Mascherano foi para cima de Robinho. O árbitro Oscar Ruiz chamou os dois. E deu uma bronca no brasileiro, que pouco antes havia pedalado em uma jogada na lateral. O atacante não ficou nada feliz com o questionamento. Alegou que estava tentando o drible.

Mas a seleção respondia na bola. Kaká foi até a linha de fundo e tocou para Maicon. O lateral chutou rasteiro. Mariano Andujar espalmou para o meio da área e Luis Fabiano, com toda tranquilidade, só tocou para o fundo da rede. Brasil 2 a 0, aos 30 minutos. Na comemoração, os jogadores brasileiros chutaram a bola para o meio da torcida argentina, que ficou calada. Foi o oitavo gol do Fabuloso.

Com a vantagem, os barulhentos torcedores brasileiros começaram a fazer a festa. Logo veio o grito de “ei, ei, ei, Maradona é nosso rei” em ironia ao ídolo e técnico local. Em seguida, o tradicional “mais um, mais um”. Julio César fez o primeiro milagre aos 37 minutos. Tevez cruzou para a área, e Maxi Rodriguez chegou tocando rasteiro. Com os pés, o camisa 1 evitou o gol. A resposta veio em uma outra cobrança de falta. Elano cobrou, Luisão e Luis Fabiano fecharam pelo meio e o goleiro Andújar se esticou assustado para evitar o terceiro gol. E o primeiro tempo terminou com o Brasil soberano em campo e os torcedores argentinos em total silêncio. Maradona caminhou para o vestiário preocupado e coçando a cabeça.
 
Golaço de Luis Fabiano fecha o placar

Veio o segundo tempo e as provocações dos torcedores brasileiros continuavam. O grito agora para os argentinos era de “eliminados”. Maradona fez uma substituição no time. Saiu Maxi Rodriguez e entrou Aguero, genro do treinador. Nada adiantou. A Argentina continuava com a maior posse de bola, mas não tinha criatividade para chegar ao gol brasileiro. O chute de Véron na arquibancada (a bola passou por cima da proteção que existe atrás do gol) retratava bem como estava a partida.

Mas aos 19 minutos, Datolo acertou uma bomba de fora da área. Um chute de muito longe, cruzado, que entrou no ângulo esquerdo de Julio César. O goleiro brasileiro, que ainda tocou na bola, nada poderia fazer. A Argentina diminuía e incendiava, novamente, a partida: 2 a 1. Maradona, que não parava de roer as unhas, beijou um crucifixo que levava no pescoço. Tinha fé na virada. Tudo em vão.

A resposta veio em grande estilo, três minutos depois. Kaká arrancou no contra-ataque e deu um passe perfeito para Luis Fabiano. O Fabuloso, com toda categoria, tocou por cima do goleiro Andujar. Brasil 3 a 1. Foi o nono gol do atacante, que assumiu a artilharia das eliminatórias. Na comemoração dos jogadores reservas, os argentinos jogaram uma pedra para o campo, que acertou Juan. Ele caiu no chão e foi carregado pelos companheiros para o banco. A comissão técnica da seleção ficou revoltada. Américo Faria pegou a pedra e levou até o quarto árbitro.

O jogo seguiu. Mas a Argentina se entregou. Maicon chutou cruzado e Ramires, de carrinho, quase marcou o quarto. O meia, que havia entrado na partida, chegou atrasado no lance. Dunga, então, chamou Adriano para entrar no lugar de Luis Fabiano. A torcida brasileira foi à loucura e começou a gritar “o Imperador voltou”. Conhecido como carrasco dos argentinos, o atacante entrou em campo. Mas a sua entrada serviu apenas para deixar os argentinos ainda mais assustados. O Brasil estava mais uma vez garantido na Copa do Mundo.

Por Leandro Canônico e Thiago Lavinas, Globoesporte.com/Foto: editoria de Arte: Globoesporte.com

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