Pedro Lucas critica declaração de Paulo Guedes

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O deputado federal Pedro Lucas Fernandes, líder do PTB na Câmara dos Deputados, criticou a declaração do ministro da economia, Paulo Guedes que afirmou que dólar mais baixo permitia empregadas domésticas irem à Disney, nos Estados Unidos.

Segundo Pedro Lucas a afirmação do ministro é totalmente equivocada e representa uma afronta aos trabalhadores.

“O Brasil é o país que tem mais trabalhadores domésticos no mundo. Infelizmente a maioria ainda na informalidade e essa estatística bateu recorde em 2018. A fala do ministro da Economia, Paulo Guedes foi equivocada e não condiz com a realidade desses trabalhadores”, afirmou.

Pedro Lucas disse que o desafio é diminuir a informalidade dos trabalhadores brasileiros.

“São cerca de 6,24 milhões de empregados domésticos, e apenas 1,82 milhões trabalham de carteira assinada. O desafio é diminuir a informalidade, porque esses trabalhadores são importantes para economia, merecem respeito e a garantia de mais direitos”, finalizou.

Foto: Divulgação

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Dólar alto é bom para o Maranhão ?

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Por Adriano Sarney

O exercício para responder a pergunta título deste texto traz à tona a realidade econômica de nosso estado e evidencia a falta de um projeto arrojado de desenvolvimento. O real mais barato em relação ao dólar tem potencial para impactar uma economia tanto para o bem quanto para o mal. Vários produtos ficam mais caros para a população, pois muitos dependem de partes importadas ou seus preços são diretamente influenciados pelo mercado internacional. Por outro lado, os produtos e serviços vendidos para o exterior ganham mais competitividade, pois ficam mais baratos, já que a nossa moeda perde valor frente a principal moeda do mundo.

É certo constatar que estamos sendo afetados pelo lado negativo do dólar mais caro. A carne bovina chegou ao segundo preço mais alto desde o Plano Real. Isto impacta também os preços de outras proteínas como frango, carne suína e ovo, já que são substitutos da carne bovina. Outras questões, além da alta do dólar, também afetaram a alta da carne, mas o real mais barato contribuiu para que a China pagasse até 15% acima do preço de mercado e que a Rússia crescesse sua importação da carne brasileira em 645% e a Arábia Saudita em 175% entre setembro e outubro deste ano. A Petrobras elevou o preço médio da gasolina nas refinarias, na segunda alta em pouco mais de uma semana, devido à valorização do dólar e à um avanço do valor do produto nos mercados internacionais.

Será que o Maranhão, com seus vastos potenciais econômicos, aproveita o lado positivo da alta do dólar? O turismo maranhense que se serve, dentre outros lugares fantásticos, dos Lençóis Maranhenses, Chapada das Mesas e do Centro Histórico de São Luís, poderia atrair mais turistas domésticos e internacionais. Com a desistência de muitos brasileiros que viajariam para o exterior devido ao custo maior, poderiam desembarcar em terras maranhenses. Os estrangeiros que veem a nossa moeda bem mais barata, poderiam também aumentar suas rotas para as nossas cidades. Portanto, como anda o aeroporto de Barreirinhas? Como está nosso Centro Histórico? Soma-se a vários outros fatores negligenciados pelo governo estadual, a destinação equivocada da milionária verba de mais de R$ 50 milhões de comunicação para a pré-campanha eleitoral do governador à presidência da república. Recurso que deveria ser investido na divulgação nossas belezas visando atrair mais turistas.

O grande potencial agrícola do Maranhão vai se beneficiar do dólar mais alto. Mas se as grandes obras estruturantes como o Anel da Soja, o Tegram e o Retroporto de São Luís tivessem a devida atenção de um governo focado em desenvolvimento econômico e social, certamente esse potencial seria muito melhor aproveitado. Se o Anel da Soja na região sul de nosso estado, o qual a ex-governadora Roseana Sarney deixou recursos contratados do BNDES para a sua conclusão, tivesse sido concluído, os custos de logística do escoamento dos produtos ali cultivados seriam menores, reduzindo assim Custo Brasil. O Tegram é outro descaso do atual governo. Os mega galpões que serviriam para dinamizar nossas exportações estão, na sua maioria, desocupados. Um ativo que qualquer estado daria tudo para possuir e contribuir com o desenvolvimento de sua economia.

Por fim, o dólar mais caro em relação ao real poderia não ser apenas o pesadelo em que vivemos com a alta dos produtos, já caros para os maranhenses, mas também um sonho para aqueles que buscam emprego e renda. Temos um ótimo porto, um povo criativo e trabalhador e uma localização privilegiada no mundo. A solução é planejamento arrojado, focado em grandes obras estruturantes, atração e incentivo a empreendimentos turísticos e outros voltados a exportação.

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