Flávio Dino beneficia doador de campanha, diz Edilázio
O deputado federal Edilázio Júnior (PSD) utilizou a tribuna na Câmara Federal, na sessão de ontem, para afirmar que o governador Flávio Dino (PCdoB) somente cumpre decisões judiciais que o convém no Maranhão.
Ele citou a recente ação da Polícia Militar de reintegração de posse na comunidade Cajueiro – em cumprimento a uma decisão judicial -, e que beneficia a empresa WPR São Luís, pertencente ao grupo WTorre, que doou dinheiro para a campanha do comunista na eleição de 2014.
“O que venho trazer para todo o Brasil e para que vocês tenham conhecimento, é que o governador do Maranhão não é esse da capa da Carta Capital, não é esse da Globo News. O governador do estado do Maranhão tomou a iniciativa de cumprir essa decisão judicial – e ele tem raiva de cumprir decisões -, porque a empresa que tem interesse nessa decisão foi doadora da campanha dele em 2014. O arauto da moralidade no estado do Maranhão cumpriu mais que depressa uma ordem judicial, para uma empresa que foi doadora de sua campanha”, enfatizou.
Edilázio lembrou que existem mais de 3 mil decisões para a reintegração de posse não cumpridas pelo Estado – que deve executar a ação por meio da Polícia Militar -, e também deu ênfase a um polêmico decreto assinado por Flávio Dino, que submete qualquer decisão judicial à análise do Governo do Maranhão antes de seu cumprimento. A medida de Dino, aliás, é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ingressada na Justiça pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Maranhão.
“Flávio Dino que é useiro e vezeiro de não cumprir decisão judicial, baixou até um decreto em que afrontava a Justiça e que dizia que toda ação de reintegração de posse deveria passar antes por sua análise, usou todo o aparato policial para Zona Rural de São Luís para tirar os moradores de suas casas”, disse, ao referir-se à reintegração de posse na comunidade Cajueiro.
Edilázio também repudiou o uso da força policial contra manifestação pacífica realizada pelos moradores da comunidade Cajueiro – logo após o despejo -, em frente ao Palácio dos Leões.
“Esses moradores tiveram a coragem de ir para a porta do Palácio dos Leões, pedir clemência ao governador, pedir a ajuda dele. E ali ficaram acampados, de forma pacífica, sem gritaria. Sem sequer incomodar o sono do governador. Estavam apenas sentados com faixas e cartazes. E qual foi a ordem do governador?: governador esse que é amigo do Boulos, que anda com o boné do MST, mas se sentiu incomodado com a presença dos sem teto na sua porta e mandou a Tropa de Choque do estado com spray de pimenta, bomba de gás lacrimogêneo, balas de borracha para dispersar meia dúzia de pessoas”, finalizou.
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