O petista Márcio Jardim, atual secretário de Estado de Desporto e Lazer (Sedel), defendeu, nas redes sociais a candidatura da ex-presidenta Dilma Rousseff que sofre impeachment no ano passado ao Senado pelo Maranhão. Ela tem domicílio eleitoral no Rio Grande do sul.
“Penso que o PT do MA deveria colocar a legenda no estado totalmente a disposição dessa lutadora @Dilma. Venha, companheira Senadora!”, afirmou.
Segundo Jardim, a presença de Dilma engrandecerá qualque unidade da federação por onde sair candidata ao Senado. “Sou entusiasta que seja pelo meu Maranhão”, disse.
Resta saber o que pensa o eleito do Maranhão a esse respeito.
A queda drástica apresentada nas últimas pesquisas de opinião sobre a corrida para a Prefeitura de São Luís levaram a candidata Eliziane Gama (PPS) a mudar o rumo do programa eleitoral no rádio e na televisão.
Na terceira colocação, atrás de Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e Wellington do Curso (PP), Eliziane começou a mostrar o apoio de lideranças nacionais (Marina Silva e Heloísa Helena já participaram até de caminhada), na tentativa de reagir e chegar ao segundo turno. Esta semana, ela deverá explorar bastante a sua postura em relação à cassação de Eduardo Cunha.
Mas a iniciativa poderá ser mais um tiro no pé, uma vez que o descrédito da classe política neste momento é enome.
Até o governador Flávio Dino que “decidiu” ficar neutro no processo em São Luís, embora o vice do PCdoB esteja na chapa de Edivaldo Holanda Júnior já foi mostrado por Eliziane. Diga-se de passagem, Flávio Dino nunca apareceu com Edivaldo e sumiu da campanha em São Luís.
A candidata do PPS que é jornalista esperava dar um “banho” com o início da propaganda eleitoral nos adversários, mas com a mudança na legislação eleitoral e o tempo menor, a candidata não conseguiu decolar no rádio e na TV.
Mas Eliziane espera reagir à queda que pode ter como explicação a postura incisiva contra Dilma Rousseff no impeachment. A população de São Luís parece não ter assimilado a postura da deputada Eliziane Gama na votação, até porque a capital maranhense sempre deu votações expressivas tanto a Dilma como Lula.
Além disso, Eliziane Gama fez aliança com o PSDB de João Castelo que foi derrotado na eleição passada por Edivaldo Holanda Júnior. Se a aliança foi boa por um lado, por outro, Eliziane trata de esconder Castelo na campanha. Tido como maior trunfos dos Tucanos, Eliziane tem dificuldade para explicar a participação de Castelo e até agora não teve a coragem de mostrar o ex-prefeito em seus programas para pedir votos, afinal na Assembleia Legislativa, a deputada sempre o chamava de “Casostelo” e agora tem o deputado federal como aliado.
Além de tentar conter a queda nas pesquisas, Eliziane tenta buscar explicação para a rejeição crescente. Nas últimas pesquisas, os índices de rejeição da candidata oscila entre 21,3% e 26,6%, índice consideraldo altíssimo para alguém que nunca exerceu um cargo público.
Um pedido da presidente afastada, Dilma Rousseff, abriu uma crise entre o comando do PT e do PCdoB.
Na expectativa de conquista de votos contrários a seu impeachment no Senado, Dilma pediu que a cúpula do PT interviesse em cinco cidades do Maranhão em atendimento a reivindicações dos senadores maranhenses João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha (PSB).
O comando do PT interveio em apenas dois municípios. Em Codó, quinta maior cidade do Estado, determinou que o PT rompesse a aliança com o PCdoB, na qual ocuparia a vice da chapa, para apoiar o candidato do PSDB.
Em Timon, terceiro maior município do Maranhão, a direção petista decidiu que o partido saísse de uma chapa composta por PSB e PCdoB em favor de outra integrada por PSD e PMDB.
Segundo petistas, a operação também contemplaria o senador Edison Lobão (PMDB-MA).
A Folha apurou que o presidente do PT, Rui Falcão, atendeu parcialmente as solicitações de Dilma. Em respeito aos pedidos do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não houve intervenção também em São Luís, Imperatriz e Balsas.
As concessões foram, porém, suficientes para incomodar a cúpula do PCdoB, que procurou a cúpula do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mobilização foi também para evitar novas intervenções.
O deputado federal André Fufuca (PP), coordenador da bancada maranhense na Câmara dos Deputados esteve na manhã desta quinta-feira (12) com o presidente em exercício Michel Temer (PMDB).
“Foi uma conversa rápida, mas proveitosa”, disse.
Segundo Fufuca, Temer garantiu que o Maranhão terá um tratamento diferente do que vinha recebendo do governo Dilma Rousseff (PT).
“O nosso presidente assegurou que o Maranhão será bem tratado, coisa que não estava acontecendo no Governo Dilma. Tenho esperança de dias melhores para o Brasil e para o nosso Maranhão”, afirmou.
André Fufuca deixou o encontro convencido que o Maranhão não sofrerá retaliações do governo Michel, mesmo com a postura “suicida” adotada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) considerado o defensor número 1 da presidente afastada Dilma Rousseff contra o processo de impeachment na Câmara e no Senado.
Nos próximos dias o deputado André Fufuca deve potencializar as conversas com demais membros da bancada maranhense. O deputado acredita que independente de filiação partidária ou tonalidade ideológica, os parlamentares maranhenses devem se juntar para garantir o lugar do Maranhão dentro do novo governo.
André Fufuca também festejou a indicação de Ricardo Barros (PP) para o cargo de Ministro da Saúde, e garante que já nas próximas semanas, iniciará as conversas para que novas medidas sejam aplicadas na melhoria da saúde no Maranhão.
Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a “maior das brutalidades que pode ser cometida”.
“Não cometi crime de responsabilidade. Não tenho contas no exterior, jamais compactuei com a corrupção. Esse processo é frágil, juridicamente inconsistente, injusto, desencadeado contra pessoa honesta e inocente. A maior das brutalidades que pode ser cometida por qualquer ser humano: puni-lo por um crime que não cometeu”, disse.
Em falas interrompidas por aplausos e gritos de apoio, a presidenta lembrou que foi eleita por 54 milhões de brasileiros e disse que o que está em jogo não é somente o seu mandato.
“O que está em jogo não é apenas o meu mandato. É o respeito às urnas. À vontade soberana ao povo brasileiro e à Constituição. São as conquistas dos últimos 13 anos. O que está em jogo é a proteção às crianças, jovens chegando às universidades e escolas técnicas. O que está em jogo é o futuro do país, esperança de avançar cada vez mais. Quero mais uma vez esclarecer fatos e denunciar riscos para país de um impeachment fraudulento. Um verdadeiro golpe”, declarou.
Com relação ao resultado no Senado, ela chamou o impeachment de fraudulento. “Diante da decisão do Senado quero mais uma vez esclarecer os fatos e denunciar os riscos para o paí de um impeachment fraudulento, um verdadeiro golpe, desde que fui eleita parte da oposição inconformada pediu recontagem de votos, tentou anular as eleições depois e passou a conspirar abertamente pelo impeachment, mergulharam o país num ato de instabilidade e impediram a recuperação da economia com tomar na força o que não conquistaram nas urnas”.
Durou mais de 20 horas a sessão do Senado Federal que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que vai ficar afastada do mandato por até 180 dias.
Por volta de 6h30 da manhã, o senador Renan Calheiros abriu a votação. Foram 55 votos a favor e 22 contra.
Com a decisão dos senadores, o vice-presidente Michel Temer assume a Presidência da República após a presidente Dilma Rousseff ser notificada sobre seu afastamento. A posse de Michel Temer está prevista para às 16h.
Dos três senadores maranhenses, apenas dois discursaram: o ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB) e Roberto Rocha (PSB). O senador João Alberto (PMDB) não se manifestou.
No placar da votação no Maranhão, Edison Lobão (PMDB-MA) e Roberto Rocha (PSB) votaram Sim. O senador João Alberto (PMDB) votou não.
A conversa por telefone entre o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) pode ter sido a última entre os dois antes do afastamento da petista pelo Senado nesta quarta-feira histórica de 11 de maio de 2016.
Dino aproveitou para manifesta mais uma vez solidariedade a Dilma Rousseff, mas bem que poderia ter cobrado a fatura à presidente.
“Hoje falei ao telefone com a presidenta Dilma. Uma mulher forte e admirável. Perseguida na ditadura militar e injustiçada agora. Mas firme. À presidenta Dilma manifestei minha solidariedade pessoal, minha estima e meus agradecimentos pelo tratamento respeitoso”, disse.
Flávio Dino voltou a afirmar que Dilma Rousseff não cometeu nenhum crime.
“Claro que a presidenta Dilma, por ser humana, cometeu erros, como todos cometemos. Mas não há nenhum crime por ela praticado. Nada”, afirmou.
O governador Flávio Dino (PCdoB) voltou a se manifestar nas redes sociais sobre a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão (PP) de revogar a sua decisão de ontem (9) que suspendeu a sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
“Em face da decisão do Senado, o deputado Waldir Maranhão revogou sua decisão sobre o recurso da Advocacia Geral da União. Discordo, mas respeito. O deputado Waldir Maranhão teve a coragem que poucos tiveram: votou não ao golpe e tentou conter a marcha da insensatez. Tem o meu respeito”, destacou.
O governador voltou a criticar o impeachment e disse que a luta pela Democracia continua.
“Segue a luta em defesa do mais longo ciclo democrático da vida institucional brasileira. Estamos diante de um absurdo político e jurídico”, disse.
O quase consolidado impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) e a consequente posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB) no comando do país encerram em seu contexto uma questão que pode mudar totalmente o cenário das eleições de 2018. Temer tem acordado com os partidos que o apoiam – PSDB, principalmente – que vai trabalhar para acabar com o princípio da reeleição a partir das próximas eleições.
Ocorre que, para acabar com a reeleição de presidente da República, a reeleição de governador e de prefeito também têm que entrar no pacote. E é exatamente aí a questão que mexe com o cenário eleitoral de daqui a dois anos.
Atualmente, presidentes, governadores e prefeitos podem ser reeleitos. Mesmo que o princípio seja derrubado, os atuais chefes dos Executivos municipais podem disputar a reeleição de outubro, já que não haverá mais tempo para impedi-los neste pleito.
Mas os atuais governadores terão que se submeter à nova regra em 2018, o que levará o governador Flávio Dino (PCdoB) a buscar um sucessor entre os seus aliados, num período de dois anos. E ele próprio terá que deixar o mandato, em abril de 2018, para poder disputar outro posto – o Senado, por exemplo.
A cogitação do fim da reeleição abre, portanto, um leque enorme de possibilidades para as próximas eleições de governador do Maranhão, com influência direta, inclusive, nas eleições municipais de São Luís, em outubro.
Mas, óbvio, é preciso deixar claro, tudo isso ainda no campo das especulações, mas com fortes possibilidades de tornar realidade.
Após mais de uma hora do início da sessão da Comissão Especial do Impeachment do Senado desta quarta-feira (4), finalmente o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), começou a apresentar seu parecer de 126 páginas favorável à admissibilidade do processo contra a presidenta Dilma Rousseff.
Sem surpresas e rejeitando as argumentações da defesa e de senadores aliados de Dilma no colegiado, Ansatasia defendeu a continuidade do processo no Senado, mas decidiu não ampliar o espectro da investigação contra a petista, com informações da Operação Lava Jato. Na conclusão do parecer ele concentrou o voto nos temas já analisados pela Câmara dos Deputados.
Com o prazo de 24 horas de vista coletiva, que será concedida depois da leitura, a expectativa é que o parecer seja votado pelo colegiado nesta sexta-feira (6). Antes disso, amanhã (5) o advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, responsável pela defesa da presidenta, terá uma hora para contrapor as observações de Anastasia. Em seguida, os senadores passam a debater o parecer.
Para ser aprovado pelo colegiado, o documento precisa do apoio da maioria simples dos senadores, ou seja, metade mais um dos que estiverem presentes à sessão. Apesar disso, seja qual for o resultado, o texto segue para análise do plenário do Senado. Se admitido, também em votação por maioria simples, Dilma será imediatamente afastada do cargo por até 180 dias. Nesse período, o vice-presidente Michel Temer assumirá a Presidência da República.
Enquanto isso, no Senado a comissão especial retomará o processo para iniciar a fase de instrução e emitir novo parecer. Não há prazo para que o Senado faça o julgamento final sobre o impedimento da presidenta.