Educação em casa: oportunidades e desafios

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Por Felipe Camarão

Há mais de 20 dias, estou em casa com minha esposa e filhas. Mesmo sendo pais devotados à educação delas, nunca foi tão importante nossa presença, bem como o carinho e atenção a Alice e Júlia. Assim como eu e minha esposa, muitos pais estão tendo a oportunidade de conviver mais com seus filhos, nesta quarentena, mas é fundamental identificar qual o nosso papel, sobretudo para garantir que o processo formativo e de aprendizagem continue neste momento de isolamento social. Ressalta-se que essa ação deve ser contínua e deve perdurar, mesmo após esse período.

Na última semana, uma das mais renomadas especialistas em educação do país e, quiçá, do mundo, Cláudia Costin, em seu artigo, na Folha, leitura que recomendo a todos os educadores, reforçou uma recomendação imprescindível para esse tempo e que vem sendo realçada pela organização de renome, Todos Pela Educação: “conversemos com as crianças. Explicar o que vivemos e ouvir suas ansiedades e percepções é muito importante para aplainar as tensões”.

Cláudia ratifica um dado que todos nós, educadores e pais, devemos ter, o de que as crianças e os adolescentes são considerados por epidemiologistas como potenciais portadores assintomáticos do COVID-19 e, portanto, podem acelerar ou desacelerar a contaminação em pessoas consideradas do grupo de risco. Neste momento, há 165 países com suas escolas, total ou parcialmente, fechadas, correspondendo a cerca de 90% dos estudantes do planeta, fora da sala de aula, segundo dados de organizações educacionais que atuam em diversas partes do mundo.

Um roteiro publicado, no dia 30 de março, elaborado por Andreas Schleicher e Fernando M. Reimers, de Harvard, para guiar a resposta educacional à Pandemia da COVID-19 e traduzido pelo Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (CEIPE-FGV), destaca a necessidade da adoção de estratégias para aprender durante o isolamento social, sob pena de graves perdas no processo educativo dos alunos, em decorrência das limitações de aprendizagem sem a presença física do professor. Aponta, ainda, que, entre as questões identificadas como muito desafiadoras pelos países, neste momento de pandemia, estão: assegurar a continuidade do aprendizado acadêmico para os alunos e assegurar apoio aos pais para que possam apoiar o aprendizado dos alunos. Ainda acrescentaria mais um desafio, em se tratando do Brasil, que é garantir o apoio pedagógico, mediado por tecnologias, aos estudantes da Educação do Campo, Quilombola, Indígena e Especial.

Uma situação excepcional e complexa não demanda uma resposta simples, mas, sim, respostas complexas e embasadas. Essas, por sua vez, apesar da necessidade de celeridade, demandam planejamento, ciência, método e disciplina. E esses são os elementos que guiam a equipe educacional do governo Flávio Dino. Notadamente, um estado heterogêneo, como o Maranhão, sempre solicita do poder público respostas que atendam a públicos e necessidades diversas. Assim, com planejamento (ainda que célere), usando evidências científicas, método e muita disciplina, a Rede Pública Estadual está lançando mão de soluções diversas. E quero, nesse aspecto, sublinhar o esforço das equipes da Secretaria de Estado da Educação do Maranhão, das escolas, dos professores, pais/responsáveis e do Conselho Estadual de Educação, na busca das melhores estratégias, a saber: instrumentos pedagógicos não presenciais para as escolas que assim puderem fazer, bem como reorganização do calendário letivo para aquelas unidades cujos estudantes não conseguirem acessar essas ferramentas educacionais e tecnológicas, nesse período.

Ao longo dessas últimas semanas, tenho recebido, de todo o Maranhão, digo, das comunidades escolares localizadas na zona rural e urbana, fotos e vídeos com relatos emocionantes de quem está lutando para que o processo educativo seja realizado de casa, com o apoio dos pais, principalmente. Uma dessas iniciativas veio do Centro Educa Mais Dep. Remy Soares, no município de Presidente Dutra, onde foi desenvolvida uma agenda semanal de estudos com o acompanhamento dos pais, como principais monitores e apoio aos professores nesse processo. “Eu acredito que essa ferramenta nos ajuda a focar mais em nossos estudos e, com o acompanhamento dos pais, pode ajudar, inclusive, no desempenho pessoal”, avaliou a estudante da 2ª série do Ensino Médio, Heulálya Alves, ao falar do monitoramento e auxílio dos pais na aprendizagem. A escola criou grupos de WhatsApp, por se tratar de uma ferramenta popular, para o compartilhamento de informações diárias e contato entre escola e pais. “Os pais, com a agenda semanal de estudos, podem monitorá-los e estimulá-los”. Foi o que argumentou o professor Jarrier Rangel.

O “Todos Pela Educação” vem estimulando, de forma fantástica, por meio da campanha nas redes sociais #ConversarFazBem, que pais aproveitem esse momento de isolamento social para motivar, dialogar e busquem se envolver no processo educativo de seus filhos, contribuindo com as atividades pedagógicas não presenciais. Sobre esse ponto, destaco: aproveitem para ensinar seus filhos, nesse momento, a respeito das tarefas domésticas, valores e princípios para a cidadania, o amor ao próximo, a solidariedade e a contribuição que eles podem dar à sociedade.

Uma coisa é certa. Após a pandemia do COVID-19, a sociedade não será a mesma. Consequentemente, a educação, também, não será a mesma. Como exemplo, temos as tecnologias educacionais que serão realidade e que deverão fazer parte da rotina pedagógica em todas as redes.

Cumpre ressaltar, por fim, que o desafio da aprendizagem, neste momento, é emblemático e urgente, contudo, tão ou até mais relevante, é a situação da aprendizagem pós-pandemia. Como será o retorno dos estudantes para a escola? Enfim, essa e uma série de questões precisam ser debatidas, enfrentadas e serão tratadas em outra oportunidade.

Continuemos irmanados com as famílias para mitigar os impactos da pandemia na vida escolar dos nossos estudantes.

*Felipe Camarão é professor, secretário de Estado da Educação, membro da Academia Ludovicense de Letras e sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

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Os desafios de Rogério Cafeteira na Sedel

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O secretário Rogério Cafeteira (DEM) terá muitos desafios pela frente assim que assumir a Secretaria de Desporto e Lazer (Sedel). Mas não tenho a menor dúvida de que terá a capacidade de superá-los nos próximos anos.

Logo de cara, Cafeteira que assume o cargo na quinta-feira (21), verá como é difícil fazer esporte com tão poucos recursos. Nesse sentido, a sua proximidade ao governador Flávio Dino, de quem foi líder na Assembleia Legislativa nos últimos 4 anos, poderá ajudar muito.

Além disso, o fato de ter sido deputado e ter boa relação com os parlamentares é outro fator muito importante, pois estes poderão destinar mais emendas para o esporte.

De saída, Rogério Cafeteira terá que enfrentar alguns “gargalos”. Dentre os desafios, vamos enumerar alguns…

Vai precisar mostar o quanto antes que não foi para a Sedel por acaso. Nós sabemos que, normalmente, os escolhidos para a pasta, pouco ou nada tem a ver com ela e, em muitos casos nem gostariam de ter sido indicados ao cargo.

A Lei de Incentivo ao Esporte tem sido a salvação do esporte no Maranhão, mas muitas críticas ainda são feitas. Muitos atletas e muitas Federações ainda reclamam não ter acesso e que o benefício é sempre de poucos.

A Sedel pode disponibilizar o seu corpo técnico para orientar a elaboração de projetos e a correta prestação de contas. Muitos que reclamam não ter acesso à Lei de Incentivo ao Esporte não sabem fazer seus projetos ou não prestam contas corretamente.

A reedição do programa Bolsa Atleta deve ser vista como prioridade para garantir aos atletas o auxílio nas despesas dos seus treinamentos e preparação para as competições.

Os Jogos Escolares Maranhenses (JEMs) devem ser reformulados. Hoje, por exemplo, uma escola se prepara o ano todo para disputar no futsal, apenas dois jogos. Se vencer seguem e podem fazer mais dois ou três jogos. Uma parceria com a Seduc, por exemplo poderia garantir uma competição mais longa, com mais escolas e conseguentemente mais atletas/alunos.

A necessidade de programas de qualificação para técnicos, professores e até atletas é muito importante também. Nesse sentido, as parcerias com as universidades e a iniciativa privada podem ser o caminho.

Será que a piscina do Complexo Esportivo agora vai ser feita? Essa é uma pergunta que todos nós fazemos toda vez que muda um secretário. Além da piscina, diria que o Complexo Esportivo do Outeiro da Cruz e o Estádio Castelão precisam ser vistos com a devida atenção.

Temos muitos espaços públicos que podem ser transformados pela Sedel em espaços para a prática de esporte e lazer. São praças ou terrenos ocupados por lixões em todos os municípios maranhenses e que podem viarar espaços para a prática esportiva, além de ajudar a mudar a paisagem nas cidades.

Em São Luís, por exemplo, é possível incentivar a prática esportiva nas praias disponibilizando o equipamento necessário para diversas modalidades durante todo o dia.

Bom, as ideias são muitas.. Se Rogério Cafeteira quiser desenvolver um bom trabalho e dar a sua contribuição para o desenvolvimento do esporte no Maranhão basta se cercar de auxiliares que conheçam o assunto de verdade.

Não é difícil não, basta ter sensibilidade e vontade para fazer…

Foto: Agência Assembleia

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Ruy Scarpino fala sobre desafios do Imperatriz

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Para temporada 2019, o Imperatriz começou sua preparação no começo do ano e por isso está correndo contra o tempo para deixar o time pronto para o desafios que terá pela frente. Com três competições pela frente, o técnico da equipe, Ruy Scarpino, não esconde que a responsabilidade é grande principalmente pelo ano anterior da equipe, que terminou com acesso à Série C do Brasileiro.

“Temos uma grande responsabilidade este ano pelo acesso conquistado pelo clube no ano passado. Ela dobra. Temos a obrigação de fazer um bom ano para manter ou até levar o Imperatriz ao acesso no fim da temporada. Por isso temos que estar muito preparado para todas as competições que vamos disputar em 2019”, disse.

O treinador também comentou também sobre suas prioridades durante a pré-temporada. Ruy Scarpino revela que ainda está não busca pela melhor formação titular.

“Estamos usando os coletivos para dar um pouco de ritmo de jogo e também para ir ajustando a equipe e ver a condição de cada atleta. Estamos tirando algumas dúvidas e até o jogo amistoso vamos tirar uma definição, pois alguns ainda estão sentido o desgaste do trabalho. Mas nesse momento a gente precisa forçar”, afirmou.

O time considerado base do Imperatriz tem trabalhado com Jean; Paulino, Renan Dutra, Anderson e Jeff Silva; Peu, Daniel Barros, Tibiri e Marcos Paullo; Kaká e Júnior Chicão.

Dentro da preparação do Cavalo de Aço, o clube tem agendo um amistoso neste sábado, contra o Águia de Marabá. A partida será realizada no Frei Epifânio d’Abadia, às 19h.

GE MA

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