Morte de Smith
A morte do empresário e paisagista Daniel Smith foi destaque na Assembleia Legislativa. O deputado Edilázio Júnior (PV) utilizou a Tribuna para lamentar a morte do amigo. O pronunciamento do parlamentar gerou um debate sobre a questão da maioridade penal. “Daniel era um amigo. Uma pessoa do bem e que me ajudou muito durante a minha campanha. É uma lacuna e uma dor muito grande que o Daniel está deixando”, disse emocionado.
O parlamentar destacou o trabalho da polícia e defendeu uma ação da Secretaria de Segurança na Vila Conceição, local onde estavam os bandidos suspeitos de participar da morte de Daniel Smith. “Eu venho aqui pedir ao secretário Aluísio Mendes que faça uma ação incisiva na Vila Conceição. Todo mundo sabia que os marginais estavam lá. Então, porque esperar que alguém morra?”, perguntou.
Edilázio citou o menor que já foi preso 7 vezes e participou da morte de Daniel. “Tive a oportunidade de conversar com este menor na Seic. Fiquei impressionado com o sinismo dele. Eu gravei a conversa e o marginal disse que matou o Daniel por maldade. E fiquei preocupado porque sei que este marginal, a exemplo das outras vezes ele vai sair e ficar praticando crimes até 18 anos”.
Em aparte, o deputado Rogério Cafeteira defendeu uma profunda reformulação no Estatuto da Criança e do Adolescente. “O Estatuto é para proteger as crianças, mas fatos como este mostram que o Estatuto está servindo para proteger bandidos”.
O deputado Antônio Pereira lembrou que a exemplo da família do Daniel, muitas famílias maranhenses já viveram situação semelhante e reforço a necessidade de uma ação efetiva da Secretaria de Segurança Pública, nos locais onde a violência está associada ao tráfico de drogas. “Daniel era um homem pacífico, inocente. Só no olhar todo mundo via que o Daniel era um homem pacífico. Peço ao secretário Aluísio que atenda a esse pedido que o deputado Edilázio faz neste momento na Tribuna”.
O deputado Hélio Soares disse que a perda de Daniel Smith é um fato que serve de reflexão para todos os maranhenses sobre a questão da maioridade penal. “Nós temos que criar programas eficazes de ressocialização. A nossa Secretaria de segurança ainda não dispõe de mecanismos para esta ressocialização. Porque não elaborar projetos sociais que possam diminuir esta delinquência?”.
A deputada Cleide Coutinho defendeu uma mobilização e o envio de moção à Câmara dos Deputados para que possa apressar logo esta questão da maioridade penal.
“Este assunto chocou a população maranhense. Eu, particularmente sou contra baixar de 18 para 16 anos, porque isto não acontece só no Brasil. O que nós temos que ver é a penalidade a esses menores. Os grandes cometem os crimes e se escondem por trás de menores”, destacou o deputado Max Caldas.
A deputada Graça Paz reforçou o posicionamento defendido por Max Caldas. “É lamentável tudo isto que está acontecendo”, finalizou.