Eliziane diz que base governista quer atralhar CPI
Após mais de um mês da aprovação do requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigará crimes contra a mulher, a CPI ainda aguarda a indicação de nomes da base governista para poder ser instalada.
Na manhã desta terça-feira, dia 19 de março a presidente da Comissão de Direitos Humanos e autora do requerimento para instalação da CPI, deputada Eliziane Gama (PPS) lamentou a condição imposta pelos líderes da base governista para indicação de nomes para compor a CPI.
De acordo com Eliziane Gama, a condição é que ela não participe como membro da Comissão que tem como objetivo combater todo tipo de violência contra a mulher no Maranhão. Ela afirmou que está impressionada com o posicionamento, mas não pode se omitir e nem ficar fora do debate sobre os direitos da mulher, por que cada dia aumenta o número de casos de violência.
“É um absurdo! Estou impressionada com a condição imposta pela base governista de indicar os membros para a CPI somente se o meu nome for excluído da comissão. Será que o fato de eu ser mulher e militante dos direitos humanos intimida?”, lamentou.
Eliziane Gama questiona a tentativa de excluí-la dos trabalhos da CPI e disse que espera que os parlamentares tenham sensibilidade com a causa e revejam o posicionamento.
“Espero que possam rever o posicionamento e nos dê a oportunidade de trabalhar nesta comissão”, completou.
Por telefone, o líder do governo César Pires negou a versão da deputada Eliziane Gama.
“Não há nenhuma orientação do governo para não aprovar esta CPI. Não é a liderança do governo que tem que indicar os nomes para a CPI, mas sim a liderança dos blocos o que falta é acordo entre os blocos que são cinco e até aqui nenhum fez a indicação”, explicou César Pires.
Foto: JR Lisboa/Agência AL