Futebol em debate

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audiencia

A comissão especial que analisa o projeto de lei do Programa de Fortalecimento dos Esportes Olímpicos (Proforte – PL 6753/13) realizou nesta quarta-feira (4) audiência pública com representantes dos clubes de futebol das séries B, C e D. Para os deputados integrantes da comissão, esses clubes são os principais prejudicados com a má gestão financeira de entidades desportivas.

O Proforte prevê incentivos para entidades esportivas atuarem na formação de atletas olímpicos. Entre as medidas previstas estão a recuperação de créditos tributários com a União e o parcelamento em até 240 prestações das dívidas tributárias federais das entidades que aderirem ao programa, com redução de multas e encargos.

Oficialmente, a dívida tributária dos clubes chega a R$ 3,5 bilhões, a maior parte com o INSS e a Receita Federal. Quando incluídos outros passivos trabalhistas, como FGTS, a estimativa é de que a dívida total suba para quase R$ 5 bilhões.

A troca de 90% de parte da dívida dos clubes de futebol pela formação de atletas foi um dos destaques da reunião. Depois de consolidada a dívida, a proposta concede um desconto de 40% sobre multas e juros. O restante poderá ser parcelado da seguinte forma: 10% deverão ser pagos em dinheiro, em 240 meses; e os demais 90% pagos com certificados do Tesouro. São esses certificados que os clubes podem obter por meio do oferecimento de bolsas de formação de atletas ou por meio de investimentos em infraestrutura.

romarioO deputado Romário (PSB/RJ) discorda dessa troca da dívida por formação de atletas e sugeriu que a comissão encontre outros caminhos para ajudar os clubes.

“Eu sou totalmente contra qualquer tipo de anistia, de perdão. Eu acredito que nós aqui dessa comissão, junto com o governo federal, temos que encontrar fórmulas. Por exemplo, Timemania e, quem sabe, também a própria Mega-Sena, e que eles possam cumprir aquilo que está dentro da lei em relação aos seus clubes e através desse recebimento possa a vir a ser uma forma de esses clubes pagarem 100% das suas dívidas.”

Já o presidente do Botafogo de Ribeirão Preto, Gustavo Assed, defende a manutenção do abatimento de 90% da dívida.

“Para que o clube invista o dinheiro dele, que já é parco, que já é restrito, em formação de atletas olímpicos, ele precisa de uma contrapartida. Pelo menos conseguindo abater um débito que ele agora tem. Então, se você deixar 100% de refinanciamento para o clube pagar, o clube não vai ter saúde financeira alguma para poder investir em esporte olímpico.”

Além da reestruturação das dívidas, os representantes dos clubes da séries B, C e D defenderam a discussão de pontos como a revisão da Timemania que, conforme sustentam, não cumpriu seu papel de ajudar o futebol. Os dirigentes também sugeriram uma regulamentação para a atuação dos empresários dos atletas e reclamaram das ações trabalhistas e do calendário.

Segundo o representante do Paraná Clube, Giovani Linke, muitos times do interior do estado têm calendário de apenas três meses, deixando a estrutura ociosa durante o resto do ano.

O deputado Vicente Cândido (PT/SP) participou ativamente da elaboração do Proforte e é autor do requerimento para a audiência. Ele observa que novos encontros com dirigentes dos clubes estão previstos e avalia que o País não pode perder o momento de reformular o futebol.

“Passar pela Copa do Mundo, passar pelas Olimpíadas e não deixar legados e materiais, nós podemos pagar muito caro por isso depois. Essa é uma primeira etapa do debate, tem que entrar televisão, tem que entrar Lei Pelé e um monte de outros debates, mas vamos aqui um por vez para que a gente possa dar conta de pelos menos algumas tarefas que, neste momento, são mais prioritárias.”

A Comissão Especial do Proforte tem nova reunião marcada para a próxima terça-feira (10). Foram convidados para o debate representantes do movimento Bom Senso FC, que conta com a participação de mais de mil jogadores e defende, entre outras coisas, a diminuição da quantidade de jogos por temporada.

Gardênia Maciel, com informações da Agência Câmara

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Tema polêmico

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dinheiroA partir de 2014, clube que atrasar salários ou o pagamento de impostos deverá ser punido com perda de pontos no caso do Campeonato Brasileiro e até com eliminação na Copa do Brasil. A ideia foi discutida nesta semana em reunião realizada em São Paulo e já tem a aprovação da CBF e de uma comissão de clubes formada pelos presidentes de Flamengo, Corinthians, Vitória, Coritiba e Internacional.

As punições fazem parte de um pacote para tentar sanear os clubes, que terão 20 anos para pagar as dívidas atuais, estimadas em R$ 3 bilhões no caso das principais agremiações. Essa conta seria paga com um percentual das receitas de TV e patrocínio, que seria retido na fonte – antes portanto que os clubes possam escolher o que vão pagar.

O prazo de 20 anos será o mesmo para todos. O que muda é o percentual do faturamento de cada um que será retido para a quitação de dívidas. Quem deve mais, perderá uma fatia maior de seu faturamento. Uma vez equacionadas as contas do passado, a CBF e os clubes se encarregariam de evitar que novas dívidas sejam criadas. Aí é que entram as punições esportivas.

O plano é que antes de cada competição, os clubes apresentem certidões negativas de débito. E que as reapresentem regularmente ao longo da competição – a cada 90 dias, por exemplo. O mesmo com os salários de atletas e funcionários. O Ministério do Esporte já tinha um plano de oferecer prazo de 20 anos e juros baixos para os clubes acertarem suas dívidas. O atraso nos salários também faz parte da pauta de reivindicações do movimento Bom Senso F.C. Faltava a CBF e os clubes concordarem.

O pacote todo deverá constar de Medida Provisória a ser editada pela presidente Dilma Rousseff ainda neste ano.

Folha.com

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Falta divulgação

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vivanotaNão resta a menor dúvida sobre a importância do programa Viva Nota para o governo do Maranhão e para os clubes de futebol. Ele contribuiu com o aumento da arrecadação do governo e em troca garante o acesso do torcedor aos jogos de futebol.

Mas nem de longe o Viva Nota consegue repetir o sucesso de público alcançado na época do Nota na Mão. Mas o que existe de diferente? O que mudou? Ficou pior?

O primeiro objetivo que é aumentar a arrecadação de ICMS já foi alcançado, mas o programa poderia estar sendo mais útil ao futebol tivesse o governo e os clubes de futebol o mínimo de preocupação com a divulgação.

Não existe nenhuma divulgação, a não ser as chamadas que são feitas pelas emissoras de rádio AM e aqui no blog. Mas isto ainda é pouco para o que se pretende atingir. Será que os nossos clubes não tem mais público? Não acredito….

O sucesso deste programa, na minha opinião está em dois fatores: aumento da arrecadação e os estádios cheios. Como os estádios estão vazios, pior para os clubes que não atingem a meta para a liberação dos recursos e ficam sem condições de arcar com compromissos financeiros.

Acho que já está mais do que na hora do governo e clubes discutirem o assunto. Do jeito que está é que não pode ficar mais.

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Números do Viva Nota são decepcionantes

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A divulgação é enorme, mas alguma coisa continua errada com o Programa Viva Nota que ainda não decolou. Lançado pela governadora Roseana Sarney, no dia 1º de setembro, o Viva Nota ainda não consegue despertar o interesse do contribuinte.

Mesmo assim, a Secretaria de Fazenda está anunciando o primeiro sorteio de prêmios em dinheiro para o dia 31 de outubro, mas até aqui, o número de usuários cadastrados do programa ainda não é nem de longe o esperado: pouco mais de 22 mil.  Efeito do cadastro burocrático, que até mesmo aqueles que dominam a informática encontram dificuldade.

O efeito do Programa Viva Nota também é pequeno nos estádios de futebol. Até aqui não chega a 2 mil e 500, o número de torcedores que trocaram ingressos para os jogos da Copa União. Este é o dado que mais chama atenção e é o retrato do amadorismo que ainda impera nos nossos clubes, afinal são eles os responsáveis pela execução do programa.

O governo deveria ter maior preocupação em relação a esses números decepcionantes. Os clubes mais ainda. O que seria deles sem este incentivo do governo?

Tenho sido insistente nesta tecla porque percebo que o governo parece não se importar com o início ruim do Viva Nota e os clubes já se dão por satisfeitos com o dinheirinho que estão recebendo.

Ninguém tem dúvida da importância do Viva Nota para que o governo possa aumentar a sua arrecadação, como também incentivar o retorno do torcedor aos estádios, mas do jeito que está, se nada for feito, mais adiante irão dizer que o problema é o futebol que não presta mesmo.

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Caixa cria título de capitalização para clubes

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A Caixa Econômica Federal vai criar, em parceria com a TV Record, o título de capitalização ‘É Gol’’, nos moldes da Tele Sena. O produto deve ser lançado em março e parte do valor arrecadado será destinado a clubes.

As equipes ficarão com 30% das vendas dos títulos – cada um custará R$ 6. Serão sorteados mensalmente 96 prêmios, que podem atingir até R$ 500 mil. Os sorteios serão realizados semanalmente na TV.

A Record, que está em negociação para obter os direitos de transmissão do Brasileiro, será a responsável pela divulgação do produto. Há um contrato de exclusividade com a CEF e a publicidade do “É Gol” em TV aberta poderá ser feita só pela emissora. 

O torcedor comprará o título referente ao seu clube e concorrerá nos sorteios durante o mês. Ao final do período, o clube poderá resgatar o valor correspondente à capitalização do título. Para organizadores do título, o produto poderá estimular também competições entre clubes, nos mesmos moldes da Timemania. Quanto mais torcedores comprarem, mais o time é beneficiado com o valor do resgate.

A reportagem apurou que São Paulo, Palmeiras e Santos estão entre clubes que já aderiram. O Corinthians, que já possui um título de capitalização, o Timão Cap, negocia destrato com a empresa que comercializa seu produto para aderir ao “É Gol”.

Uol Esporte

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