Polícia desocupa prédio do Cintra
Após quase quarenta e dois dias de ocupação por estudantes, a Polícia Militar do Maranhão invadiu o prédio do Cintra e apreendeu 16 ocupantes. Ninguém ficou ferido.
Durante a operação realizada na noite desta terça-feira (22), a Polícia encontrou armas e constatou a depredação do prédio. Armários, computadores, ar condicionados foram destruídos. sSalas pichadas com alusões a uma facção criminosa.
O prédio estava ocupado por estudantes secundaristas que protestavam contra a aprovação da PEC 241, que limita os gastos públicos.
Todos os ocupantes aprendidos foram levados para a Seic.
A assessoria da Secretaria de Educação informou que as aulas no Cintra foram retomadas normalmente nesta quarta-feira (23).
Nota Seduc
Sobre a ocupação do Centro Integrado Rio Anil (Cintra), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) esclarece que:
1 – Na noite desta terça-feira (22) foi efetuada a desocupação do Cintra, em cujas dependências se manifestava um pequeno grupo de 16 pessoas, que não contam com apoio das organizações estudantis e comunidade escolar. Os demais que ocuparam a unidade no dia 14 de outubro decidiram pela desocupação e se retiraram após atendimento de reivindicações apresentadas;
2 – A retirada dos ocupantes ocorreu após a constatação de depredação do prédio da escola, de ameaças e de denúncias de que os manifestantes portavam armas, com risco iminente de graves ocorrências. Na noite desta terça-feira a polícia confirmou a existência de armas com o pequeno grupo;
3 – Todas as reivindicações específicas dos manifestantes foram atendidas. Também todas as mediações possíveis foram realizadas pela Seduc, inclusive com participação de instituições públicas independentes e externas, que deixaram as negociações após descumprimento de acordo feito pelos estudantes que previa a desocupação nesta terça;
3 – Reconhecemos e respeitamos o legítimo direito às manifestações pacíficas e continuamos à disposição para o diálogo, mas ressaltamos que é necessário resguardar o direito de todos, bem como assegurar que não haja violência de nenhum tipo.
São Luís, 23 de novembro de 2016.