Jogada política
“A invasão na Câmara de São Luís foi uma clara tentativa de desmoralizar a Casa. Uma jogada política com olhos em 2014″. Essa afirmação é do presidente do Legislativo municipal, Isaías Pereirinha (PSL), sobre a ocupação feita por moradores da Apaco durante o período de recesso dos parlamentares.
Pereirinha quis dizer, na verdade, que a invasão foi orquestrada por um grupo político – sem citar o nome de ninguém “para não ser leviano” – que teme o apoio de mais de 20 vereadores à candidatura do secretário estadual de Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB).
“Em 2010, 16 dos 21 vereadores apoiaram e foram às ruas pela candidatura de Roseana Sarney. Para 2014, a previsão é que existam de 22 a 25 vereadores que já conversam com o candidato da governadora. Talvez seja medo”, afirmou o presidente da Câmara a O Estado.
As declarações do presidente foram dadas após visita do secretário municipal de Comunicação, Márcio Jerry, para entregar um documento reafirmando que ele não teve qualquer relação com os manifestantes que invadiram o Legislativo
Na semana passada, membros do próprio grupo invasor chegaram a apontar Jerry como insuflador do movimento.
Mesmo levando o documento para o legislativo, o secretário de Edivaldo Júnior (PTC) poderá ser convocado para explicar no plenário as acusações de que ele idealizou a invasão. A proposta é da vereadora Luciana Mendes (PTdoB). Hoje, os vereadores decidirão se Jerry será convocado ou convidado a se explicar.
Sobre os responsáveis pela idealização do ato de moradores do Apaco, Pereirinha disse apenas que uma investigação está sendo feita e assim que forem identificados os idealizadores, os nomes serão apresentados.Já em relação a uma possível ação judicial, o presidente disse que isso depende da avaliação da assessoria jurídica da Casa, mas se couber acionamento na justiça, isso será feito.
Nota do Blog
No twitter, o secretário de Comunicação, Márcio Jerry confirmou que comparecerá no próximo dia 20 à Câmara Municipal.
“Vereadores aprovaram requerimento me convidando para falar sobre ocupação da Câmara. Irei com todo prazer reafirmar o que já informei por ofício. Há um enredo construído depois das ocupação, segundo o qual eu seria o responsável pelo ato. Sem nada de concreto a justificar a acusação. Jamais fui apontado por qualquer pessoa em qualquer meio como organizador da ocupação da Câmara. Assim mesmo irei prestar esclarecimentos”, afirmou.