O deputado estadual Neto Evangelista (DEM) cobrou, na segunda-feira (9), da tribuna da Assembleia Legislativa, explicações sobre os critérios adotados pelo governo federal para o corte de benefícios do Bolsa Família nos estados da região Nordeste, em especial no Maranhão.
Quem também questionou os cortes no Bolsa Família, no Maranhão foi o deputado federal Juscelino Filho (DEM) ao manifestar preocupação nas redes sociais.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, relativos a 2019, 150 mil famílias saíram do programa e, este ano, dos 100 mil novos benefícios concedidos, o Nordeste ficou com o percentual de 3%, ou seja, apenas 3 mil famílias aderiram. Dos 97% restantes, o Sudeste ficou com 45 mil novas concessões, o Sul com 29 mil, o Centro-Oeste com 15 mil e o Norte com 6.500.
Na avaliação do parlamentar, a divisão é injustificável, uma vez que o Maranhão possui a maior fila de espera de famílias aguardando o benefício e não consta no programa do CAD Único e, muito menos, nos registros do Bolsa Família em nível estadual o descumprimento de condicionalidades em que o governo federal se baseia para distribuir as novas concessões.
Neto Evangelista, que foi secretário de Estado de Desenvolvimento Social de 2015 a 2018, e reconhecido pelo Ministério da Cidadania por ter alcançado a marca recorde de 92% de atualização cadastral dos beneficiários nos programas sociais no estado, sabe que o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social no Maranhão ainda é alto e elas dependem muito dos programas sociais.
Apesar do governo federal ter a discricionariedade de decidir a aplicação dos programas sociais, resta claro o viés político envolvendo o Bolsa Família, pois é inexplicável um corte dessa magnitude para uma região que compreende a metade dos beneficiários do programa no país. Vale destacar que o recurso não passa pelas mãos do gestor, indo direto para as de quem precisa, ou seja, do povo, das famílias maranhenses mais carentes.
Por fim, o deputado reiterou sua indignação e posicionamento contrário ao governo federal e em favor das pessoas em situação de vulnerabilidade social no Maranhão.
Foto: Divulgação/Agência Assembleia