Parentes de vítimas de atropelamento relatam descaso

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Nesta sexta-feira (11), o jornalista Roberto Fernandes, apresentador do programa Ponto Final, da Rádio Mirante AM, conversou com os parentes das vítimas do acidente na Avenida Litorânea, em São Luís, que resultou na morte da professora Solange Maria Cruz Coelho, de 42 anos, e Ubiraci Silva Nascimento Filho, de 13 anos, no último sábado (5). Osvaldo Coelho de Sousa Filho, esposo de Solange, e Ubiraci Silva Nascimento, pai de Ubiraci, relataram o descaso que sofreram momentos após o acidente.

“É difícil relatar o sentimento daquele momento. É muito difícil. Foram cenas que eu nunca tinha presenciado, nem em vídeos de televisão, imagine ao vivo. Foi um sentimento muito difícil naquele momento, de saber que entes queridos nossos foram arremessados daquela forma, perderam a vida daquele jeito. Então, o sentimento inicial foi de desespero, foi de perda, foi de dilaceramento. Nossas vidas estão abaladas”, afirmou Ubiraci, que afirma que ambas as famílias foram confortadas pela fé, buscada na força espiritual, por meio da religião.

Eles acreditam que, por meio da luta, o caso acabe virando um “marco” para que sobre a sociedade repense a responsabilidade no trânsito. Nessa quarta-feira (9), parentes e amigos do estudante e da professora fizeram uma passeata na Avenida Litorânea.

Ubiraci, na entrevista de hoje, reafirmou, conforme o que presenciou ainda no domingo, a possibilidade do motorista, Rodrigo de Araújo Lima, 22 anos, dirigir em estado de embriaguez alcoólica. Osvaldo afirmou que ainda tentou avisar a esposa e o sobrinho ao verificar que o veículo estava em velocidade muito acima do permitido para a via. “Quando eu observei o carro, minha esposa e meu sobrinho estavam à minha frente. Tudo que o motor daquele carro permitiu, ele colocou naquele espaço. Quando eu ouvi o barulho do motor foi que eu olhei o carro e falei para minha esposa e meu sobrinho ‘olha o carro’, e cheguei a colocar o braço à frente deles”, afirma. “Eu presenciei meu filho ser arremessado como um projétil”, diz Ubiraci.

Ao registrar o boletim de ocorrência no Plantão Central de polícia, na Beira-Mar, eles relataram que perceberam certo descaso da delegada no atendimento aos parentes. “Antes de a gente falar qualquer coisa, ela disse logo ’Vou logo dizer que esse crime é afiançável’”, disse Ubiraci. Ele relata, ainda, que eles foram atendidos após 15 minutos de terem chegado à delegacia. Osvaldo disse que policiais transferiam, entre si, a responsabilidade de registrar o acidente no boletim de ocorrência. “’Eu estou aqui na internet e não posso sair agora’”, disse um dos policiais. O primeiro boletim de ocorrência foi registrado de forma resumida. Um amigo da família de Osvaldo discordou do que havia sido escrito, quando o boletim de ocorrência foi refeito, com algumas correções. Ao chegar ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer os exames de corpo de delito e cadavérico, eles foram informados que seriam necessárias guias, que não haviam sido fornecidas pelos policiais que registraram o boletim de ocorrência.

Os dois agradeceram à sociedade pela sensibilidade e solidariedade que as famílias têm recebido desde o sábado. “O nosso sentimento, no momento, está sendo dividido de duas formas. O primeiro da dor, da perda e do conforto que Deus está nos dando. Por outro lado, o outro sentimento é exatamente o de Justiça”, finalizou Ubiraci.

Maurício Araya/Imirante.com com informações da Rádio Mirante AM

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‘Cheguei a gritar: ‘olha o carro’, mas não adiantou’

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Na manhã dessa segunda-feira (7), o repórter Leandro Santos, do jornal O Estado, conversou com Osvaldo Coelho, que perdeu a esposa, Solange Coelho, e o sobrinho Ubiraci Filho, 13 anos, atropeladas na noite de sábado (5), na avenida Litorânea.

O responsável pelo atropelamento, Rodrigo Araújo Lima, 22 anos, chegou a ser preso, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 6 mil.

Osvaldo Coelho contou como o acidente aconteceu e o que ele está sentido com a tragédia.

O Estado – Era um hábito da família de vocês frequentar a Avenida Litorânea?

Osvaldo Coelho – Minha esposa gostava muito de caranguejo e era um hábito irmos às sextas-feiras ou aos sábados com a família comer lá. Porque depois de uma semana de trabalho é justo que tenhamos um momento de lazer com a família reunida.

O Estado – Você poderia descrever como ocorreu o acidente com a sua esposa e sobrinho?

Osvaldo Coelho – Chegamos na Litorânea por volta de 19h30. Estacionei o carro e observei que não estava vindo nenhum veículo pela avenida, então atravessei a pista, ficando no canteiro central. Logo em seguida foi a vez da minha esposa com o sobrinho, Ubiraci Filho, atravessarem. Nesse momento eu vi um carro vindo em alta velocidade e com os faróis apagados. Cheguei a gritar para Solange: “Olha o carro”, mas não adiantou. O motorista do veículo veio freando bruscamente por uns 50 metros, perdeu o controle e veio em direção da gente. Eu cheguei a me desviar um pouco, mas o carro atingiu em cheio meu sobrinho e minha mulher.

O Estado – E depois?

Osvaldo Coelho – Foi tudo muito rápido. A pancada foi tão forte que quebrou o pescoço de Ubiraci e Solange foi arremessada a uns 50 metros. Meu cunhado foi em direção ao filho dele e eu fui socorrer a minha esposa. Chamei pelo nome dela várias vezes só que ela não respondia. Quando a ambulância chegou, logo constataram que Ubiraci estava morto e Solange estava em estado crítico. Os médicos levaram minha esposa para o hospital, mas quando ela chegou lá, já estava sem vida.

O Estado – Você conhecia o responsável pelo atropelamento da sua mulher e seu sobrinho?

Osvaldo Coelho – Aqui no bairro ele tinha o apelido de Vovozão. O rapaz tinha um histórico de confusões e irresponsabilidades por causa do que fazia frequentemente por aqui. Ele bebia e dava “cavalo de pau” com o carro pelas ruas quase diariamente. Ele vivia sempre incomodando a todo mundo.

O Estado – Quais as providências que vocês vão tomar agora? Vocês vão pedir algum tipo de indenização pelo fato?

Osvaldo Coelho – Nós não queremos nenhum tipo de indenização. Queremos apenas que a Justiça seja feita, que o culpado seja preso e pague pelo que cometeu. Pois, assim como aconteceu comigo, essa fatalidade pode acontecer com qualquer pessoa enquanto ele ainda estiver solto.

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Fogo destrói duna na Avenida Litorânea

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Todo mundo passa e vê, mas autoridades não. O fogo destruiu a vegetação nas dunas, na avenida Litorânea no início da tarde desta segunda-feira. O fogo alto evoluia com mais facilidade devido ao vento. No momento em que fotografamos não havia nenhuma equipe do Corpo de Bombeiros para evitar que o fogo tomasse conta da duna.

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Por falta de interesse, iniciativa está morrendo

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A ideia é boa, mas depois de quase cinco meses, a iniciativa de fechar uma das pistas da Avenida Litorânea para a prática do lazer parece definitivamente que não vai decolar.

Os barraqueiros, pressionaram e a prefeitura de São Luís cedeu em uma hora. A área agora fica fechada das 6h às 11h.

Na verdade, o poder público nada contribui para que a ideia siga em frente. Ninguém parece querer oferecer à população lazer de GRAÇA.

A omissão é geral. As secretarias de Esporte e Lazer, do município e do Estado não estimulam a prática do lazer no local.

Não disponibilizam os meios e profissionais para que o número de praticantes do lazer nas manhãs de domingo possa aumentar.

Então é mais fácil cruzar os braços e deixar morrer uma iniciativa que tinha tudo para dar certo se houvesse o mínimo de interesse público.

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Domingo de lazer na Litorânea

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O domingo foi um dia diferente na avenida Litorânea. Foi apenas o primeiro domingo, mas de agora em diante será sempre assim, das 6h às 12h, um trecho de 1.630 metros da via será interditado para que as pessoas façam caminhadas, andem de bicicleta e patins, e ainda façam passeio com os filhos.

Nem mesmo a chuva rápida que caiu desaninou quem chegou bem cedo à avenida Litorânea.

Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte fora oito pontos de interdição da avenida, entre a Praça do Pescador, no início da praia de São Marcos, à Praça de Alimentação, no Calhau, na faixa ao lado da praia. Agentes de trânsito e placas indicativas orientaram a população no tráfego pela avenida.

A Rádio Mirante AM levou a sua programação ao vivo para a avenida Litorânea. O programa Domingo Mirante foi apresentado ao vivo do local por Marcial Lima e Noel Soares. Até um grupo de forró animou a manhã de lazer dos ludovicenses.

 

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Corrida Mirante AM já é um sucesso

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Domingo (25) será o grande dia. O dia da realização da I Corrida Mirante AM, competição que contará com 500 corredores inscritos. Mas vale informar que todos os inscritos deverão ir à Arena de Beach-Soccer, na Lagoa da Jansen, para buscar seus kits para a corrida. A entrega dos kits será neste sábado (24), das 9h às 12h.

No momento do recebimento do kit, o participante deve apresentar a ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada. O kit da corrida é contém a camisa oficial do evento com o respectivo número do participante. Por isso, é fundamental compareçam à Arena de Beach-Soccer para receber o kit da competição.

Entrega do chip

No domingo (25), dia do evento, cada participante receberá, ainda, um chip de localização, que será utilizado pelo corredor durante a corrida. Os chips serão entregues somente no domingo, na avenida Litorânea, a partir das 7h.

Não perca o horário

 Só para lembrar: a I Corrida Mirante AM começa às 8h, na avenida Litorânea. Clique aqui e confira o percurso da prova de domingo.

Premiação

Categorias Geral Masculino e Feminino

– 1º lugar: R$ 500 (quinhentos reais)
– 2º lugar: R$ 300 (trezentos reais)
– 3º lugar: R$ 200 (duzentos reais)

Por Paulo de Tarso Jr.

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