Encontro é alvo de controvérsia entre petistas

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A data para realização da convenção do Partido dos Trabalhadores (PT) no Maranhão deve ser alvo de polêmica durante toda a semana.

Pela programação inicial, os petistas maranhenses realizariam um “Encontro de Tática Eleitoral” no dia 27 de julho, com convenção marcada para o dia 28. A ideia do atual comando, liderado por Augusto Lobato – assessor especial do Palácio dos Leões – é confirmar o apoio do partido à reeleição do governador Flávio Dino no mesmo dia da convenção do PCdoB.

A Direção Nacional, no entanto, decidiu adiar para o dia 2 de agosto a data da convenção em todos os estados onde considera que há pendências sobre a política de alianças. O Maranhão foi incluído, porque ainda há no estado quem defenda outros caminhos, caso o PT não seja contemplado nas chapa majoritária dos comunistas.

Essa decisão pelo adiamento, então, inviabilizaria os planos dos atuais dirigentes petistas maranhenses, o que forçou Lobato a recorrer. Aos aliados, ele tem dito que conseguiu, após contato com a presidente nacional do partido, senador Gleisi Hoffmann, manter para o dia 28 de julho a data da convenção. Mas não apresentou qualquer documento comprovando a informação.

Contestação – Pré-candidato a governador pelo PT, o sindicalista Aníbal Lins já solicitou do presidente estadual, formalmente, uma prova documental confirmando a data do “Encontro de Tática Eleitoral” e da convenção.

“Rogo seja informado por escrito”, requereu Lins, que diz acatar “lealmente a determinação da Direção Nacional do PT e do próprio Lula”, caso a decisão nacional seja pelo apoio ao PCdoB no Maranhão.

Ele acrescenta, contudo, que isso só ocorrerá se o PCdoB declarar apoio ao PT na eleição presidencial e houver uma decisão colegiada.

“Uma carta do presidente do PT no Maranhão à presidente nacional não tem o poder de alterar uma resolução que foi emitida após decisão colegiada”, esclareceu.

Apesar do imbróglio, o partido do governador Flávio Dino tem incluído o PT no rol de legendas que lhe confirmarão apoio na convenção comunista do dia 28 de julho.

O Estado

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Sem mais importância

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O grau de importância do PT na política no Maranhão deve ser reduzido com a condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o deixa sem chances reais de disputar as eleições deste ano. E era a densidade de votos do petista que mais chamava a atenção, por exemplo, do governador Flávio Dino.

E foi essa densidade eleitoral no Maranhão que possibilitou o partido conseguir espaços dentro do governo comunista e que fazia com que os petistas sonhassem com a possibilidade de compor a chapa majoritária de Dino na vaga de vice ou com um candidato ao Senado.

Mas com a condenação de Lula ficam praticamente reduzidas a zero as chances de Márcio Jardim, ex-secretário de Esporte do governo, conseguir ser o segundo candidato a senador de Flávio Dino.

E os espaços dados ao PT no governo comunista somente permanecerão porque o partido ainda tem um atrativo: o tempo de televisão na propaganda gratuita eleitoral.

Mas com a condenação de Lula os petistas que ainda sonhavam com mais “bondades” de Dino agora terão que acordar e encarar a nova realidade, porque o amor do comunista pelo partido do ex-presidente deve diminuir bastante.

Sem sangue

Talvez, se o PT do Maranhão tivesse outro presidente, o partido poderia estar melhor posicionado no governo estadual. Mas Augusto Lobato – que é assessor especial de Flávio Dino – é apegado a sua nomeação no governo comunista. Além disso, Lobato não costuma contrariar o secretário Márcio Jerry, que é quem de fato – segundo os colegas petistas – anda dando as cartas no partido.

Problemas

A falta de posição firme de Augusto Lobato vem incomodando o deputado estadual Zé Inácio e o deputado federal Zé Carlos. Os petistas têm afirmado que, além de não lutar pelo PT junto ao governo, Lobato tem criado problemas na gestão do partido. O presidente encontrou três funcionários no diretório estadual e decidiu colocar mais cinco, o que vem causando problemas para fechar as contas mensais.

Foto: Divulgação

Estado Maior

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Presidente do PT quer espaço na chapa de Dino

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O PT está cada vez mais firme no propósito de apresentar um nome para chapa majoritária e o recado vem sendo enviado de forma clara aos aliados que fazem parte do arco de aliança de Flávio Dino (PCdoB).

Compromissados na eleição do ex-presidente Lula e reeleger o governador, os petistas também querem seu espaço. Diante desse cenário, o presidente do PT no Maranhão, Augusto Lobato anunciou: “não temos acordo nenhum para senado, quem declarou apoio a Weverton foi o PCdoB, nosso partido recebeu o nome do companheiro Márcio Jardim. Quanto ao presidente Honorato, tenho total alinhamento político partidário.”

A declaração do presidente do PT no Maranhão reitera o posicionamento de Márcio Jardim e Honorato Fernandes, que afirmaram recentemente não ter compromisso com a pré-candidatura de Weverton Rocha. O recado é claro ao PDT.

Os petistas tem uma resolução de congresso, onde irão definir a posição oficial do partido ouvindo os congressistas.

Alinhados, os dirigentes petistas – presidente Augusto Lobato, presidente Honorato Fernandes, secretário de organização Francimar Melo, presidente Carlitos Reis de Coroatá e o pré-candidato Márcio Jardim – se reuniram na segunda-feira (8), e ficou claro a posição política da maioria do partido.

Foto: Divulgação

Blog do Diego Emir

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Rumos do PT

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AugustoLobatoLogo no início de janeiro, a Executiva Estadual do PT deverá voltar a ser reunir e debater sobre a posição que o partido tomará em relação ao governo de Flávio Dino (PCdoB). A pressa pela decisão diz respeito tanto à busca por espaços no futuro governo, como também à tentativa de iniciar o debate sobre a sucessão na Prefeitura de São Luís em 2016.

Em dezembro, os petistas chegaram a se reunir, mas, como de praxe, não chegaram a qualquer decisão sobre o futuro da legenda. De acordo com o vice-presidente da sigla, Augusto Lobato, ficou complicado se falar em posição quando o PT ainda faz parte do atual governo.

“É difícil tomar qualquer posição quando sabemos que ainda temos o PT fazendo parte do atual governo. Por isso, preferimos esperar a mudança”, disse Lobato.

A executiva estadual volta a se reunir logo no início de janeiro. A tendência é que o PT vá para a base de apoio de Flávio Dino. Mesmo os membros pertencentes à ala Construindo um Novo Brasil (CNB) estão tendendo a apoiar Dino, o que não terá grande problemas nacionais, já que o PCdoB de Flávio Dino é aliado do PT da presidente Dilma Rousseff.

Essa decisão também facilitará a vida de outros membros do PT, como Márcio Jardim (futuro secretário de Esportes) e Francisco Gonçalves (que comandará a secretaria de Direitos Humanos de Dino) que já foram indicados para compor a futura administração.

O PT tomando a decisão sobre a posição em relação a Flávio Dino no Maranhão, também iniciará a discussão interna sobre a sucessão da Prefeitura de São Luís. As alas existentes na legendas poderão se posicionar.

De acordo com Lobato, por enquanto, a tese que mais ganha força internamente é a de lançamento de candidatura própria em São Luís.

O Estado

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