Lição de como não ser

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Por Joaquim Haickel

ejam só como são as coisas! Enquanto alguns políticos perdem importante espaço midiático por não usarem as redes sociais, outros perdem espaço exatamente por usá-las de forma excessiva e equivocada, se transformando em verdadeiros aloprados.

Roberto Marinho, jornalista por formação, frequentemente publicava editoriais políticos e economicos em seu jornal, mas apenas em algumas ocasiões repercutia-os em seus veículos de radiodifusão, pois conhecia muito bem o efeito negativo do excesso de exposição midiática. Sabia que era melhor não usar essas ferramentas, que usá-las de forma que pudesse ser considerado ridículo.

O recente caso das obras da adutora Italuis que abastece com água os municípios da ilha de São Luís é um exemplo claro de incapacidade no uso de ferramentas de comunicação de massa.

O primeiro erro foi o fato de, pensando que a população é burra, tentarem convencê-la de que o trabalho a ser realizado seria uma obra totalmente nova e não apenas uma ampliação da já existente. “Burro é quem pensa que o povo é burro”, ou quem se esquece da máxima de Abraham Lincoln, que diz que ninguém consegue enganar todos, todo o tempo.

Outro erro grave foi a insinuação de que o atraso na entrega da tal obra, teria sido causado por sabotagem! Ah!… Tenha paciência! Pura arrogância e prepotência, de quem não consegue ver que a melhor maneira de agir é sendo humilde, simples, humano…

A forma mais correta e sensata de um governante, de um estadista agir, num caso como o da ruptura da adutora do Italuis, seria reconhecer que aconteceu um imprevisto, uma dificuldade técnica, e que a obra inicialmente prevista para durar 72 horas, por motivos alheios à vontade dos executores, seria concluida posteriormente! Bastaria isso!

Um governante, um estadista, para ser bom, não precisa ser um engenheiro mecanico ou hidraulico, nem um mestre de obra ou serralheiro, nem precisa ir além, como quis fazer parecer um auxiliar do governador. Bastaria ser humilde, ter reconhecido o problema e simplesmente dizer que aconteceu um imprevisto na execução da obra, coisa a que todos estão passíveis! Pra que ser mais que simples!? Arrogância cega! Absoluta prepotência! Messianismo tolo!

Neste caso, teria ficado muito melhor para o governador, e a população teria ficado muito mais satisfeita, se ele fosse para as redes sociais, lá de dentro da obra mesmo, dizer que aconteceu um imprevisto, que pedia desculpas pelo transtorno e que o fornecimento de água seria restabelecido em breve! Façam uma enquete e vejam qual seria a reação das pessoas!

A simples demonstração de humanidade, de falibilidade, o fato de NÃO se estar a todo instante tentando fazer com que as pessoas tenham a sensação de que se seja o messias, o salvador, por si só é uma forma simples e eficiente de se demonstrar respeito e consideração para com as pessoas e a sociedade! Realmente só quem tem um ego extremamente avantajado não vê isso!

Meu pai, que tinha pouco estudo formal e que faleceu em 1993, dizia que “poder não é para quem o tem, mas para quem sabe a melhor maneira de usá-lo em benefício da sociedade, e consequentemente em seu próprio benefício”.

Esta frase contém uma reflexão que pelo visto não é levada em consideração pelos últimos governantes de nosso Estado, pois suas ações demonstram claramente isso.

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Edilázio aponta arrogância de Flávio Dino

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O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) utilizou o tempo do pequeno expediente na sessão de reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, para apontar arrogância do governador Flávio Dino (PCdoB) contra prefeitos do interior do estado.

Ele lembrou do caso emblemático envolvendo Dino e a ex-prefeita Maura Jorge, em Lago da Pedra – quando o governador não permitiu que a então prefeita utilizasse o microfone num evento público e destacou a reação contra Dino, nesta semana, do prefeito de Trizidela do Vale, Fred Maia, durante uma reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros na sede da Fiema.

“O governador Flávio Dino deve ter sofrido algum trauma de infância com microfone, e carrega isso em sua vida adulta. Se já não bastasse o que ele havia feito com a ex-deputada e ex-prefeita Maura Jorge, no último mês, na Marcha Para Jesus, em Imperatriz, junto ao pastor Raimundo Nonato, ele mais uma vez tomou o microfone à força do pastor”, disse.

O caso relatado por Edilázio foi abordado pela imprensa de todo o estado, no início de julho. O pastor, na ocasião, afirmou durante o evento que o governador havia pego o microfone sem autorização, e público de imediato reagiu.

“Eram mais de 5 mil evangélicos. O governador tomou uma grande vaia”, disse.

Edilázio afirmou que depois dos episódios, o prefeito Fred Maia resolveu externar a sua insatisfação com a postura de Dino, ao ministro da Saúde.

“Quero aqui destacar as palavras do prefeito de Trizidela do Vale: ‘quando o evento é do governador, prefeito entra mudo e sai calado, porque quem só fica com o microfone na mão é ele’”, disse e completou. “Depois das palavras de Fred Maia, mais de 50 prefeitos e mais de 100 secretários de saúde que ali estavam, aplaudiram, numa demonstração de que todos concordam que o governador Flávio Dino age de forma autoritária e ditatorial”.

“Que o governador procure um psicólogo e trate essa fobia dele em relação ao microfone”, finalizou.

Foto: JR Lisboa/Agência AL

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