Nos jogos de Sampaio e Moto no Campeonato Brasileiro Série C tenho defendido firmemente a importância da participação do torcedor em grande número, primeiro para que nossas equipes possam ser incentivadas a buscar bons resultados e depois para que possam ter boas arrecadações, mas um aspecto também precisa ser discutido.
Enquanto Sampaio e Moto vivem uma dificuldade financeira enorme, uma situação parece não ter importância alguma para os dirigentes dos dois clubes: o grande número de não pagantes, sobretudo cortesias nos jogos.
O número de não pagantes tem sido mais da metade do público nos jogos. Chama atenção, por exemplo que nos dois últimos jogos do Moto, contra Botafogo-PB e ASA, o número de cortesias foi o mesmo, em torno de 700. Mas porque tantas cortesias em um futebol falido como o nosso? Quem são as pessoas que entram de graça? Porque os clubes dão tantas cortesias?
Em todos os jogos que tenho frequentado o Castelão, tenho sido abordado por cambistas oferecendo ingressos das cadeiras amarelas (setor coberto). No geral, são ingressos de cortesias colocados à venda.
Os dirigentes dos dois clubes e da Federação Maranhense de Futebol (FMF) são sabedores da situação, mas não tomam qualquer providência. Fico imaginando quanto dinheiro não é tirado dos clubes em jogos com grandes públicos. Qual o motivo da conivência e omissão dos dirigentes?
Mas como acabar com a indústria da cortesia? Sampaio e Moto poderiam adotar o modelo que é feito por produtores em shows músicais. A maioria elabora uma lista com nomes e somente após apresentar um documento é que tem acesso ao local do show. Esse modelo acabaria com a venda das cortesias por cambistas.
Se isto for adotado e surgirem novos ingressos é porque estão confeccionando ingressos falsos. Isto seria um bom assunto para a polícia.
Vejam só alguns números e tirem as suas conclusões:
Moto x Sampaio – cortesias: 1147 // não pagantes: 1.486
Moto x Confiança – cortesias: 621 // não pagantes: 898
Moto x Botafogo-PB – cortesias: 764 // não pagantes: 946
Moto x ASA – cortesias: 764 // não pagantes: 946
Sampaio x CSA – não pagante: 1.395
Sampaio x Cuiabá – não pagante: 1.189
A receita própria do Estado do Maranhão alcançou em outubro um novo recorde, com um total de R$ 472,2 milhões, conforme os números do relatório de arrecadação divulgado pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). Segundo o relatório, o desempenho do mês de outubro de 2014 foi 22,3% superior ao realizado no mesmo mês do ano passado, quando a receita totalizou R$ 385,5 milhões.
A arrecadação de outubro de 2014 é a maior da história em termos nominais, superando a arrecadação realizada no mês de janeiro do corrente ano, que alcançou 459 milhões. A receita de janeiro foi ampliada pela concentração dos pagamentos do IPVA, com os contribuintes aproveitando o desconto de 5%, concedido pela Sefaz para pagamento antecipado do tributo no início deste ano.
Com esse resultado mensal, a arrecadação do período de janeiro a outubro totalizou R$ 4,3 bilhões, com um crescimento nominal percentual aproximado de 8,31% sobre o mesmo período do ano passado, quando a receita alcançou R$ 3,9 bilhões. Em termos reais, o crescimento da arrecadação no período (acima da inflação) foi de aproximadamente 2%.
O principal item da arrecadação estadual é o ICMS, com uma receita de R$ 448,6 milhões em outubro de 2014, também recorde para o tributo isoladamente. O ICMS representa 94% da receita total do estado, que é complementada com o IPVA (3% do total), ITCD e taxas.
Para o secretário da Fazenda, Akio Valente, o desempenho da arrecadação dos tributos estaduais decorreu da eficiência da máquina fiscal, pois o cenário econômico foi de retração do consumo e redução da atividade econômica em todo o país, em decorrência de restrições de crédito e o alto nível de endividamento das famílias e das empresas.
Para alcançar esse desempenho a Sefaz intensificou a malha fiscal, ampliou a fiscalização eletrônica e instituiu programas de anistia de multas e juros. Todas essas medidas foram adotadas sem que fosse necessário elevar a carga tributária para empresas, apenas reduzindo os índices de evasão.