Imagens da Copa
Fotos: EFE e Reuters
Em 2002 e 2006, o povo chileno assistiu à Copa do Mundo com um vazio no peito, já que não foi representado no Mundial. Nesta quarta-feira, os jogadores da seleção resgataram este sentimento tão importante para quem gosta de futebol. Foram além. Relembraram, e fizeram outros tantos sentirem pela primeira vez, o quanto é bom comemorar uma vitória na competição. No Mbombela Stadium, em Nelspruit, o Chile derrotou Honduras por 1 a 0, na primeira rodada do Grupo H. Foi o mesmo placar do último triunfo em Copas, contra a Iugoslávia, em 1962, quando sediou o evento. Até a estreia na África do Sul, foram seis empates e sete derrotas. O atacante Beausejour, autor do gol, foi eleito o melhor da partida. Com o resultado, a seleção chilena lidera a chave com três pontos. Na próxima segunda-feira, enfrenta a Suíça, em Porto Elizabeth, às 16h de Brasília (11h no horário sul-africano).
Honduras começou mal a sua segunda participação em Copas. A primeira foi em 82, quando empatou duas vezes e perdeu uma. Na segunda-feira, vai encarar a favorita Espanha, em Joanesburgo, às 15h30m de Brasília (20h30m no horário sul-africano). Hora de tentar fazer milagre.
Vale lembrar que os dois primeiros colocados do Grupo H vão enfrentar os dois classificados da chave do Brasil, que também tem Portugal, Costa do Marfim e Coreia do Norte.
De Rossi, remanescente do tetracampeonato conquistado há quatro anos, na Alemanha, impediu a derrota, com um gol aos 17 minutos do segundo tempo. Os paraguaios, que pouco apresentaram para quem se orgulha de ter a “seleção mais empolgante de todos os tempos”, abriu o placar com o zagueiro Alcaráz, de cabeça, aos 39 da etapa inicial.
Na próxima rodada, a Azzurra encara a Nova Zelândia, domingo, às 11h (de Brasília), em Nelspruit. Já o Paraguai tem pela frente a Eslováquia, no mesmo dia, em Bloemfontein, às 8h30m. Eslovacos e neozelandeses completam a rodada inaugural da chave nesta terça, em Rustemburgo.
Em dois dos seus três títulos, em 1954 e 1990, os alemães estrearam fazendo ao menos quatro gols. Já em 1974, a Alemanha começou sua campanha em casa com uma magra vitória sobre o Chile, por 1 a 0.
Além dos títulos de 1954 e 1990, a Alemanha foi vice em 1966 e 2002 e chegou em terceiro em 1934 e 2006, com estreias em que teve quatro ou mais a seu favor no placar.
Confira abaixo como foram as estreias da Alemanha e a colocação final em cada Copa:
1930 (Uruguai) – não participou
1934 (Itália) – Alemanha Ocidental 5 x 2 Bélgica – terceiro lugar
1938 (França) – Alemanha Ocidental 1 x 1 Suíça (1 a 1 na prorrogação) – eliminada na primeira fase
1950 (Brasil) – não participou
1954 (Suíça) – Alemanha Ocidental 4 x 1 Turquia – campeã
1958 (Suécia) – Alemanha Ocidental 3 x 1 Argentina – quarto lugar
1962 (Chile) – Alemanha Ocidental 0 x 0 Itália – eliminada nas quartas de final
1966 (Inglaterra) – Alemanha Ocidental 5 x 0 Suíça – vice-campeã
1970 (México) – Alemanha Ocidental 2 x 1 Marrocos – terceiro lugar
1974 (Alemanha Ocidental) Alemanha Ocidental 1 x 0 Chile – campeã
1978 (Argentina) – Alemanha Ocidental 0 x 0 Polônia – eliminada na fase semifinal
1982 (Espanha) – Alemanha Ocidental 1 x 2 Argélia – vice-campeã
1986 (México) – Alemanha Ocidental 1 x 1 Uruguai – vice-campeã
1990 (Itália) – Alemanha Ocidental 4 x 1 Iugoslávia – campeã
1994 (EUA) – Alemanha 1 x 0 Bolívia – eliminada nas quartas de final
1998 (França) – Alemanha 2 x 0 EUA – eliminada nas quartas de final
2002 (Coreia do Sul e Japão) – Alemanha 8 x 0 Arábia Saudita – vice-campeã
2006 (Alemanha) – Alemanha 4 x 2 Costa Rica – terceiro lugar
2010 (África do Sul) – Alemanha 4 x 0 Austrália
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O roteiro foi perfeito em uma tarde destinada a entrar para a história. Com o Soccer City apinhado de gente, a África do Sul abriu a Copa do Mundo com uma festa barulhenta e comovente.
Nem a ausência de Nelson Mandela reduziu o clima de euforia no estádio, como se cada um dos 84.490 torcedores tivesse a dimensão do que estava acontecendo no gramado. Sim, havia também um jogo dentro daquelas quatro linhas. E até ali tudo foi desenhado para ninguém ir embora triste. O Mundial que celebra a igualdade começou com um empate em 1 a 1 entre os donos da casa e o México.
Após um primeiro tempo morno, Tshabalala abriu o placar com um golaço no contra-ataque aos 10 do segundo. Os mexicanos responderam com Rafa Márquez, aos 34.
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Foram 2218 dias desde que a África do Sul passou de um nome saído de um envelope para a abertura da Copa do Mundo. Mas pode-se dizer que a África esperou muito mais por esse dia. Quando pisarem em campo para enfrentar o México, às 11h (horário de Brasília), em Joanesburgo, os anfitriões terão uma terra de muita história sob seus pés. A maravilha arquitetônica chamada Soccer City diante de seus olhos. E dezenas de milhares de vuvuzelas nos ouvidos, gritando por um continente inteiro. No meio disso tudo, precisarão lembrar que há um torneio de futebol para disputar. Aliás, algo ainda maior, uma Copa do Mundo jogada dentro do próprio quintal.
– Agora é sobre nós, sobre o que queremos. O momento da verdade chegou, temos que ir a campo e deixar o nosso país orgulhoso – decretou o zagueiro Aaron Mokoena.
O país de Mokoena já não é mais o mesmo no qual ele nasceu. O menino negro que quase morreu em um massacre em sua comunidade hoje é o capitão da África do Sul. Fica mesmo difícil dissociar história e futebol nesta Copa do Mundo. Exatamente por isso o técnico Carlos Alberto Parreira apela tanto para a união do país em torno da seleção. E os recentes resultados – quatro vitórias e um empate nos últimos cinco amistosos – transformaram o que era sonho distante em realidade possível. Os sul-africanos, sejam jogadores ou torcedores, vão a campo nesta sexta-feira com fé na classificação para a segunda fase. E, pela primeira vez, como centro das atenções de um Mundial.
– Se ganharmos do México nossa confiança aumenta e aí ninguém segura mais. Precisamos entrar em campo relaxados, aproveitar o jogo, nos divertir. Os jogadores têm autorização para criar, fazer lances de efeito, porque a habilidade é nossa maior qualidade – destacou Parreira.
O problema é que do outro lado está o México, time mais técnico da chave, segundo o próprio Parreira. O México é reconhecidamente superior, mas sabe que o jogo pode se igualar ou até mesmo se inverter graças à arquibancada e ao espírito dos anfitriões. A tática, então, é minimizar a desvantagem do mando de campo.
– No final das contas são 11 contra 11 e uma bolinha no meio durante 90 minutos. Chegamos em nosso ponto alto, em todos os sentidos, e com a confiança de que este será um grande dia para o México. Estar na abertura de uma Copa é uma oportunidade única e estaremos à altura disso. É uma grande festa da qual queremos ser protagonistas – disparou o técnico Javier Aguirre.
Serão quase 90 mil pessoas no Soccer City. Tanta gente que a organização vai antecipar a abertura dos portões para seis horas antes da partida, com medo que o engarrafamento atrase a chegada da torcida. A cerimônia de abertura começa duas horas antes do jogo, às 9h (de Brasília). O ex-presidente Nelson Mandela, aos 91 anos, mesmo com saúde frágil, é esperado na festa. Maior ídolo do país, o homem que trouxe a África do Sul até aqui faz questão de ter de perto a vista gloriosa de uma Copa do Mundo. De novo, fica difícil pensar que este será apenas mais um jogo de futebol. Ao abraçarem sua seleção nas ruas de Joanesburgo, na quarta-feira, 200 mil sul-africanos deram o tom do que será este Mundial: barulhento e marcante como o som da vuvuzela.
– Nós estamos felizes de ver como o futebol está fazendo sua parte para unir este país. Não exijo vitórias dos meus jogadores, mas que eles deixem tudo em campo para orgulhar o país – afirmou Parreira.
Maradona, eis uma pessoa confortável nos dias que antecedem a Copa do Mundo. A Argentina tira a cortina e permite imagens por poucos minutos dos treinamentos na Universidade de Pretória. Vinte, no máximo. Mas sempre suficientes para o treinador mostrar um personagem singular.
Nesta quarta-feira foi a vez do charuto que o ele acendeu a caminho do vestiário. Tragando calmamente, após contemplar – e participar – de mais uma atividade dos comandados.
O verbo participar Maradona leva ao pé da letra. Na véspera, depois de arbitrar um minicoletivo, ficou na linha de tiro do “fuzilamento” com bolas. Nada mais justo. Desta vez, porém, preferiu “ensinar”.
Iniciou os chutes a gol discretamente. Bolas fracas nas mãos de Romero. Mas a modéstia parou por aí. Logo na sequência, dois golaços. A categoria de outrora em versão em pílula.
– A cada dia ele nos mostra mais coisas como treinador – disse o zagueiro Burdisso.
Depois de quatro participações como jogador em Copas do Mundo, Maradona inicia no próximo sábado a experiência como técnico. A partida será contra a Nigéria, no Ellis Park, em Joanesburgo, às 11h (de Brasília).
Todo jogador de futebol tem sempre aquele discurso politicamente correto de que o importante é o título, o grupo, a conquista coletiva… Ok, mas que goleiro não gostaria de ter uma luva folheada a ouro sobre a estante da sua sala como prêmio por sua atuação na Copa? E qual artilheiro não sorriria com uma chuteira também de ouro por ter marcado mais gols no Mundial? A Fifa apresentou, nesta terça-feira em Joanesburgo, na África do Sul, os prêmios que entregará ao final da competição aos destaques individuais.
São três troféus: melhor goleiro, artilheiro e melhor jogador. Em 2006, na Alemanha, os escolhidos foram o arqueiro italiano e campão do mundo Gianluigi Buffon, o atacante e goleador alemão Miroslav Klose e o craque francês Zinedine Zidane.
Alguns brasileiros já faturaram o prêmio: Leônidas (1938), Zizinho (50), Didi (58), Garrinha (62), Pelé (70), Romário (94) e Ronaldo (98) foram eleitos os melhores das respectivas Copas; como artilheiro: Leônidas (38), Ademir (50), Garrincha e Vavá (62) e Ronaldo (2002).
O melhor goleiro é escolhido por uma junta da própria Fifa e o melhor jogador é divulgado após apuração de votos de torcedores, jornalistas e dirigentes da entidade que comanda o futebol. O artilheiro, naturalmente, será aquele que fizer mais gols.
Didier Drogba se machucou na última sexta-feira, foi operado no sábado e teve alta do hospital no domingo. Já em processo de recuperação, o atacante da Costa do Marfim, que fraturou a ulna – um dos ossos do antebraço – no amistoso com o Japão, se reintegrou à seleção do país nesta segunda-feira. E, segundo uma pessoa da comissão técnica marfinense, o craque viajará para a África do Sul para disputar a Copa do Mundo. Talvez não esteja pronto para a estreia, mas estará em campo contra o Brasil.
Depois que se machucou, Drogba chegou a ficar ameaçado de ser cortado. Mas os médicos, logo após a cirurgia, ficaram otimistas. Ele se machucou na sexta, quando a Costa do Marfim enfrentou o Japão, num choque com o brasileiro Marcos Túlio Tanaka. De lá, seguiu direto para o hospital, em Sion.
– Didier Drogba vai para a Copa – disse o assessor de imprensa, Eric Kacou.
A delegação da Costa do Marfim viaja na próxima quinta-feira para Joanesburgo. Nos primeiros dias na África do Sul, o atacante ainda continuará seu trabalho de recuperação. Para a estreia,diante de Portugal, dia 15 em Porto Elizabeth, Drogba ainda não estará em campo. Mas, contra o Brasil, dia 20, em Joanesburgo, a sua escalação é garantida.
– Os médicos não sabem se ele poderá participar do primeiro jogo, mas garantem que ele joga com o Brasil – completou Kacou.
Ele se apresentou à seleção, que treina na cidade suíça de Gstaad, nesta segunda-feira.
Bianca Rothier/GloboEsporte.com