Ecos do absolutismo

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Em 2006, com a eleição do governador Jackson Lago (PDT), iniciou-se um ciclo de absolutismo e perseguição à imprensa e aos adversários nunca antes visto na história do Maranhão.

Qualquer um que ousasse se posicionar contrário aos interesses do governo estabelecido sofria, imediatamente, perseguição jurídica e midiática e desmoralização com claro objetivo de intimidar novas ameaças ao establishment.

É preciso deixar claro que Jackson, desde os tempos de prefeito, sempre foi um democrata, que convivia perfeitamente com as críticas. O problema é que, com Jackson, chegou ao governo uma penca de gente não admitia perder o que achava ter conquistado.

Esse período absolutista e obscuro passou com a retomada do poder por Roseana Sarney (MDB), em 2009. Mas o mesmo obscurantismo perseguidor daqueles tempos voltou agora na gestão do governo Flávio Dino (PCdoB). Voltou com boa parte daqueles que tocaram o terror entre 2006 e 2009, mas também com outros, ainda mais sedentos de poder.

Hoje, qualquer um que ousa discordar do governo comunista é massacrado por uma turba que gravita em torno de sua gestão e quer impor o pensamento a qualquer custo.

Dino é assim, não afeito a críticas e perseguidor de contrários. Mas assusta o fato de que agentes públicos, que deveriam garantir a isonomia de processos políticos, aceitem ser usados por gente intolerante e incapaz de conviver com a crítica.

Se Flávio Dino e sua claque conseguem perseguir quem não reza em sua cartilha – políticos, jornalistas, servidores públicos -, o clima já estaria insuportável em um estado só sob a égide comunista. Mas quando as instituições acabam sendo usadas para atender a essa turma, aí torna-se irrespirável o ambiente político.

Estado Maior

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Absolutismo

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FlavioDino

Ao longo da história, os regimes totalitários destruíram diversas cidades, nações, reinos e colônias em todo o mundo, gerando guerras civis, destruição, dor e morte. Uma das características dos absolutistas é a incapacidade de conviver com as diferenças, de aceitar a crítica e de refletir sobre as próprias ações.

O absolutismo tem terreno mais fértil nos regimes comunistas, autoritários e centralizadores. Para os comunistas da antiga União Soviética, por exemplo, inimigos precisavam ser esmagados e mortos, para evitar que se reagrupassem contra o regime.

Em maior ou menor grau, vive-se hoje no Maranhão um sistema absolutista, em que críticos do governo são vistos como inimigos, que precisam ser esmagados, de uma forma ou de outra. Como nos regimes totalitários do Leste Europeu, adversário deve ir para a cadeia. Quem discordar dos chefões do governo, não pode continuar a conviver em sociedade.

O governo Flávio Dino se vê cercado de inimigos o tempo inteiro. Vê desafetos em qualquer manifestação crítica, seja de membro da direita, da esquerda, esteja no poder ou fora dele. Qualquer um que ameace seu projeto de poder deve ser eliminado, de uma forma ou de outra.

E para concretizar seu projeto, Dino aparelhou o Sistema de Segurança com membros do PCdoB, dispostos a pressionar delegados e policiais a atender os interesses do chefe do partido, que também é o chefe do governo. E tem subjugado também o Poder Judiciário, pressionando-o a atender seus desejos os mais absurdos, sob pena de cortes de orçamentos ou com gracejos de troca de favores.

O episódio envolvendo o empresário João Guilherme Abreu é o exemplo mais recente desta intolerância, que já tentou atingir também o ex-secretário Ricardo Murad.

E está pronto para subjugar qualquer outro que atravessar o caminho dos donos do poder.

Coluna Estado Maior/ O Estado

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