Quadriciclos, ainda

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O texto que segue abaixo é de autoria de Alexandre Gustavo Ugarte, Coordenador da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura – ABETA, Regional Lençóis Maranhenses. O texto foi originalmente postado como comentário no post “Barreirinhas e os quadriciclos”, mas reproduzido no Blog do José Márcio como nova postagem com autorização do seu autor. Seu teor mostra a conscientização de uma associação que opera exclusivamente com ecoturismo e turismo de aventura em todo o Brasil, com representação em Barreirinhas, que dá incondicional apoio à Recomendação nº 01/2011-PJB, expedida pela Promotoria de Justiça de Barreirinhas acerca da regulamentação do uso dos quadriciclos em Barreirinhas e nas rotas de turismo de aventura no PARNA dos Lençóis Maranhenses e na APA dos Pequenos Lençóis, estas ainda a serem instituídas e regulamentadas.

Aos usuários de quadriciclos, informamos que a fiscalização será intensificada nas próximas semanas, tanto no perímetro urbano quando no rural. Ainda há tempo de regularizarem seus quadriciclos, conforme sugestão da promotoria em audiência pública acerca desse assunto em que estiveram presentes representantes dos Poderes Executivo e Legislativo de Barreirinhas, do Comando Regional da Polícia Militar e da Polícia Civil. Segue o texto do colaborador:

Sempre fui contrário a respeito da atividade de passeio de quadriciclo no interior do Parque Nacional, atividade conflitante com várias outras atividades de contemplação, prejudicando o posicionamento do Ecoturismo na região.

Como coordenador da ABETA-LM, parabenizo a  Recomendação nº 01/2011-PJB  no sentido de alavancar o ordenamento do turismo de aventura no Estado do Maranhão na referencia em organização do turismo municipal e aprimoramento de produto de Aventura.

O programa Aventura Segura certificou várias empresas de turismo de aventura na atividade passeio de quadriciclo.

O produto deve ser implementado no sistema de gestão da segurança nas exigências:

O passeio de quadriciclo deve ter início na base da operadora e seguir em estrada vicinal autorizada pela legislação local com todo levantamento de riscos inerentes na atividade assumidos pelos condutores operadores e clientes.

O estudo de impactos ambientais que consiste em uma avaliação metodológica e sistemática de todos os impactos ambientais decorrentes da atividade passeio quadriciclo com o levantamento e análise de dados do roteiro Barreirinhas/Caburé listado e classificado (em termos de duração, magnitude, local do impacto, reversibilidade decorrente das estações do ano de chuva e seca, facilidade de remediação) todos os impactos ambientais decorrentes da atividade nas suas diversas fases (instalação, operação, estudo e planejamento).

O plano de atendimento a emergência deve ser mantido por todos operadores em conjunto com apoio da prefeitura na integração do Corpo de Bombeiros do GVBS (Grupo de Voluntários de Busca e Salvamento) e Defesa Civil.

O passeio de quadriciclo para ser certificado tem que estar com todas as normas e legislações cumpridas.

O Conselho Estadual e Nacional de Trânsito.

Adequação do quadriciclo com relação da certificação de adequação à legislação (CAT).

Os responsáveis por esta operação turística deveriam se mobilizar no intuito de cumprir as exigências e adaptações decorrentes desta oportunidade para minimizar os custos no implemento e operação da atividade quadriciclo no segmento de aventura no município de Barreirinhas.

Estas medidas tendem a valorizar ainda mais os Lençóis Maranhenses com atividades totalmente contemplativas sem o uso de veiculos motorizados nos campos de dunas e no interior do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Assim, expulsando todos os “piratas” do nosso destino.

Todo cuidado é pouco para a sustentabilidade do Turismo nos Lençóis Maranhenses.

Nota do blog: só para acrescentar ao texto do colaborador e reafirmando a Recomendação nº 01/2011-PJB, a regulamentação das rotas na APA dos Pequenos Lençóis é de responsabilidade da SEMA, assim como é do ICMBio quanto as áreas do PARNA. Quanto à regulamentação dos quadriciclos para que transitem regulamente nas vias urbanas e rurais do município, cabe ao Detran vistoriar a instalação dos equipamentos que compõem o CAT, nos termos das Resoluções do CETRAN-MA e CONTRAN.

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Pelé: Se a Xuxa lembra do meu pé, imagina do resto

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O ex-jogador Pelé mostrou bom humor e, perguntado pelos humoristas do programa “Pânico”, comentou as declarações sobre o seu pé feitas pela Xuxa.

A apresentadora da TV Globo, durante uma entrevista com Neymar, afirmou que achava muito feio o pé de um determinado jogador: “Vou te contar que era a coisa mais feia que já eu vi na minha vida. Estou falando isso mas todo mundo já sabe de quem estou falando”, disse Xuxa. “Unhas pretas, nem queria olhar”, disse a apresentadora global em programa veiculado em setembro.

No começo da carreira, ela namorou Pelé por seis anos. O relacionamento foi rompido em 1986.

Nesta terça-feira, os integrantes do programa da RedeTV! cutucaram Pelé sobre o assunto. O ex-jogador entrou no clima de descontração e também, sem citar nomes, declarou.

“Se ela lembra do meu pé, imagina do resto”, afirmou o ex-jogador, que lançou o livro “Primeiro Tempo”, que relata o início da carreira do atleta, nesta terça-feira, em São Paulo.

Folha.com

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Pelé canta, cutuca argentinos e aconselha Neymar

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Pelé está com a língua afiada, seja para cutucar os argentinos ou para soltar a voz em canções de autoria própria. Nesta segunda-feira, o Rei do Futebol foi o convidado do Programa do Jô, da TV Globo, e esbanjou bom humor ao falar dos mais variados assuntos. A íntegra do programa vai ao ar no próximo dia 11, sexta-feira. Durante a gravação, Pelé cantou duas músicas de autoria própria e, em uma delas, acompanhou o sexteto de músicos de Jô Soares no violão, que aprendeu a tocar ainda nos tempos de jogador, “com Wilson Simonal, Jair Rodrigues e Martinho da Vila”.

Em meio às canções, Pelé voltou a falar sobre a velha rivalidade com os argentinos. A recente declaração de Messi, que disse nunca ter visto o Rei atuar, não incomoda o brasileiro, que já respondeu anteriormente que enviaria um DVD do filme “Pelé Eterno” para o craque do Barcelona. Durante o programa, porém, Pelé voltou a cutucar os vizinhos do Brasil.

– Isso tem desde o tempo em que Santos e Real Madrid eram os melhores times do mundo. Quando eu comecei, perguntavam se o melhor era eu ou Di Stefano, depois veio Maradona, depois Messi. Aí brinquei com um dos meus empresários, que é argentino. Falei que eles precisam primeiro decidir quem é o melhor da Argentina. Depois vamos discutir – disparou.

Apesar de reconhecer o talento de Messi, Pelé já afirmou que votaria no santista Neymar para a eleição de melhor jogador do mundo em 2011. Acompanhando sempre os jogos de seu “pupilo”, o Rei do Futebol falou da experiência própria para aconselhar o craque do Peixe a se proteger mais das pancadas dos adversários. Apesar de não ter histórico de contusões, Neymar gera preocupações em Pelé.

– Tenho falado para o Neymar aprender a se defender. Como ele é muito habilidoso e o melhor do time, é claro que vai ser sempre muito marcado. Eu aprendi a me defender bem, e tento passar um pouco disso para ele, é um jogador maravilhoso – disse o Rei.

Pelé mostrou descontração em todos os momentos da gravação, com boa parte de sua família convidada e assistindo a tudo da plateia. Em meio às cutucadas, o Rei do Futebol assistiu a filmes dos quais participou fazendo o papel dele mesmo, e também contou histórias dos tempos de Seleção Brasileira.

Globoesporte.com

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Rogério Flausino passeia em São Luís

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Festa do Jota Quest e noite da Legião Urbana

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Quem ganhou presente na festa de 15 anos do Jota Quest foi o público maranhense. Pela primeira vez, dois dos integrantes da Legião Urbana se apresentaram em São Luís. Como não poderia deixar de ser, eles tomaram conta do show dos mineiros.

Se o Jota Quest já era um dos queridinhos do publico maranhense, o que dirão agora, os fãs que ganharam essa canja inédita da Legião Urbana no show de 15 anos do grupo de Rogério Flausino e Marco Túlio, entre outros?

Foram cinco músicas: “Tempo perdido”, “Quase sem querer”, “Que país é este”, “Eu sei” e “Pais e filhos”, numa noite que jamais será esquecida pelo público que lotou a Lagoa da Jansen.

Chamou a atenção de todos o recado do Marcelo Bonfá: “Essa é a primeira vez que venho aqui e não tive a oportunidade de conhecer os Lençois Maranhenses, mas pretendo voltar para conhecer este lugar que é lindo e para fazer shows”. Será? A banda poderá mesmo voltar a fazer shows? Seria maravilhoso.

Bom, sobre o show do Jota Quest foi tudo aquilo que poderíamos esperar. A banda cantou o “amor” a noite toda e no bis, embrulhado na bandeira do Maranhão, o vocalista Rogério Flausino emendou: “Que vocês tenham o AMOR MAIOR pelo lugar onde vocês nasceram, onde vivem, AMOR MAIOR pela família, pelos pais, pelo próximo…., enfim… Uma grande celebração!

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Vai começar a venda de ingressos para o Carnaval do Rio

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No novo Sambódromo do Rio, uma coisa não vai mudar para o carnaval de 2012: o preço dos ingressos. Em coletiva realizada nesta sexta-feira (4), o secretário de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello e o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, anunciaram que a venda de camarotes para o desfile no ano que vem será realizada na próxima quarta-feira (9). Como nos anos anteriores, a reserva para os 356 camarotes da avenida deverá ser feita por fax (2122-8080).

Os preços dos camarotes do lado par do Sambódromo vão variar de R$ 20 mil para 12 pessoas, no setor 10, a R$ 85 mil, no setor 8, no espaço onde cabem até 18 pessoas. No lado ímpar, todos os camarotes são para 12 pessoas. Os preços variam de R$ 32 mil (setor 3) a R$ 56.500 (setor 9). Já os super camarotes, que estão sendo construídos entre os blocos de arquibancadas e que comportam de 24 a 30 pessoas, os preços variam de R$ 54 mil a R$ 114 mil no lado par, e de R$54 mil a R$ 104 mil, no lado ímpar. Veja a lista completa dos preços no site da Liesa.

Os interessados deverão ligar no período das 9h às 14h. Os pedidos serãrecebidos em ordem de cronológica. As reservas serão confirmadas no próximo di25. O interessado que tiver o pedido confirmado terá de efetuar 50% do valor dcamarote nos dias 28 e 29 de novembro, na Central da Liesa de Atendimento, qufica na Rua da Alfândega 25, lojas B C, no Centro do Rio, Os outros 50% dpagamento deverão ser feitos 30 dias após a quitação da primeira parcela. Oingressos que não forem pagos no prazo voltarão a ser vendidos.

Segundo a Liesa, as frisas serão vendidas no dia 1º de dezembro. Os pedidosde reserva deverão ser encaminhados somente pelo 2122-8080, das 9h às 14h. previsão é de que as arquibancadas especiais e cadeiras individuais sejavendidas na primeira quinzena de janeiro. E as arquibancadas populares, setore12 (antigo setor 6) e 13 na primeira quinzena de fevereiro de 2012.

No ano que vem, em vez dos 425 camarotes de anos anteriores, os foliõecontarão apenas com 356 camarotes. Os novos camarotes que estão sendconstruídos sob as arquibancadas do setor par terão espaço para 15 pessoas, nnível 1, no primeiro andar, e 18 lugares no segundo andar. Os camarotes dsegundo andar terão ainda uma varanda panorâmica. Eles têm mais profundidade que os camarotes do setor ímpar, onde só cabem 12 pessoas.

G1

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São Luís recebe Feira do Artesanato Mundial

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Instalada pela primeira vez em SãoLuís do Maranhão, a Feira do Artesanato Mundial (Fam) será aberta nestasexta-feira (4) às 15h, no Espaço Renascença. A Feira reunirá produções artísticas e artesanais de mais de 20 países dos cinco continentes. A Fam ficará aberta ao público até o dia 13 deste mês, das 15h às 22h. Mais de 800 pessoas estão envolvidas na organização, produção e logística da Feira.

A Feira do Artesanato Mundial (Fam) é uma excelente opção para quem quer mobiliar, decorar a sua casa, sítio, escritório e apartamento ou presentear com bom gosto, criatividade e sofisticação neste natal. A expectativa dos organizadores é que a Feira seja visitada diariamente por mais de quatro mil pessoas. Caravanas de consumidores e revendedores de vários municípios também visitarão a Fam.

Promovida pela Charph Eventos, emparceria com a Taguatur Turismo e Eventos, a Fam é livre para todas as idades. Crianças até 12 anos, melhor idade acima de 60 anos e deficientes físicos terão entrad agratuita. Os ingressos custam apenas R$ 5,00. O diretor presidente da Charph Eventos, Charlton Gallisa, destaca que “a Fam não tem intermediário. O próprio artesão comercializa os seus produtos”.

Entre os países expositores estão a Índia, Japão, Síria, Líbano, Senegal, Marrocos, Equador, Indonésia, Egito, Turquia, Quênia, África, Paquistão, Peru e Tunísia. Peças de marchetaria com chifres e madre-pérola, móveis feitos à mão, sapatos, xales, colchas, bijuterias, objetos de decoração em madeira e ônix branco, vasilhas, pratos, talheres, dentre outros produtos estarão à venda a preços de feira.

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A diarréia do beija-flor

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Stanislaw Ponte Preta eternizou nos anais do humor os disparates lógicos e o “nonsense” dos denominados sambas de enredo compostos para agremiações carnavalescas. As letras da maioria desses sambas não passam de verdadeiros bestialógicos de presumidos poetas que, num palavrório incoerente, a título de produzirem obra de sincretismo cultural, misturam alhos com bugalhos e terminam compondo uma meleca de asneiras e tolices capaz de fazer rir até o mais sisudo frade de pedra. Ele mesmo – Stanislaw – compôs letra antológica conhecida do Brasil inteiro com o título de “Samba do Crioulo Doido”.

É uma tremenda e irretocável gozação com a falsa erudição dos compositores, ainda em voga nas escolas de samba. Em suas “letras”, esses bestalhões, a título de festejar fatos da evolução da humanidade, de modo incongruente misturam figuras da mitologia, da história, das religiões, das artes, das ciências e da literatura que jamais tiveram a menor ligação entre si e muitas vezes até se repelem, contradizem e opõem. Criam, assim, versões absurdas da História aplaudida por ululante horda de bobalhões e um número maior ainda de imbecis, de toda classe social.

A propósito, recebi, via internet, a letra do samba de enredo da Beija-Flor de Nilópolis, do Rio de Janeiro, patrocinada pelo contraventor Aniz Abraão Daví, que teria sido contratada para “homenagear” a São Luís pelo transcurso dos seus 400 anos, mediante pagamento de 10 milhões. Parece brincadeira, mas estou literalmente aturdido com tanta burrice. Jamais li coisa igual, desde que a Dona Cota Teixeira me alfabetizou.

Na minha ignorância em matéria de ornitologia, nunca imaginei que beija-flor, avezinha tão minúscula e mimosa, produzisse tantas fezes. Meu Deus, quem aprovou essa letra decerto perdeu o olfato e o senso de responsabilidade pública. É de estarrecer o primarismo da linguagem utilizada em homenagem à cidade-Atenas Brasileira.

Francamente, um grosseiro e inadmissível insulto às nossas tradições. Qualquer garoto do bairro da Madre Deus fará coisa melhor; e de graça. Transcrevo, para horror do leitor culto, o amontoado de umas 150 palavras das quais 12 beócios se servem para compor 26 versos denunciadores de ensandecimento coletivo, ou, quem sabe, de inatos dotes de asnice potencializada por alucinógenos reprimidos pela polícia antidrogas.

Pior é que, segundo circula na internet, esse bostífero samba de enredo custará os olhos da cara dos pobres maranhenses: Cada um dos 26 versos de pé-quebrado valerá R$ 384.615,39; isto é, se não erro na aritmética, cerca de R$ 67.000,00 por palavra! Tapem o nariz, pois aí vai o milionário cocô do beija-flor: “Tem magia em cada palmeira que brota em seu chão// O homem nativo da terra / Resiste em bravura / A dor da invasão.// Do mar vem três coroas / Irmão seu olhar mareja / No balanço da maré / A maldade não tem fé sangrando [singrando?] os mares/ Mensageiro da dor.// Liberdade roubou dos meus lugares / Rompendo grilhões, em busca da paz / A dor dos meus ancestrais.// Na casa nagô a luz de Xangô Axé [axé?] / Mina jêje [mina-jeje?] um ritual de fé / Chegou de Daomé, chegou de Abeokutá / Toda magia do vodun [vodum ou vodu?] e do orixá./ Ê rainha o bumba-meu-boi vem de lá / Eu quero ver o cazumbá, sem a serpente acordar.// Hoje minha lágrima transborda todo mar / Fonte que a saudade não secou// Ó Ana assombração na carruagem.// Os casarões são a imagem/ Da história que o tempo guardou.// No rádio o regae [ou reggae?] do bom// Marrom é o tom da canção// Na terra da encantaria [cantaria?] a arte do gênio João.”

Para exemplo aos excelentes poetas maranhenses eternamente de cuia na mão a pedinchar trocados para a edição de seus livros, hoje proporei na Academia a transcrição em Ata dessa genial diarréia “poética”. Afinal, não é todo dia que no Brasil se pode ler merda tão grande. É como diz um amigo: O canoro sabiá maranhense foi preterido por um milionário beija-flor cagão.

Hoje é dia de…Joaquim Itapary
[email protected]
Caderno Alternativo
Jornal O Estado Maranhão (3 de novembro de 2011)

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Cinema: O Palhaço

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O Palhaço, 2011, Brasil. Direção: Selton Mello. Roteiro: Selton Mello, Marcelo Vindicatto. Elenco: Paulo José, Selton Mello, Larissa Manoela, Giselle Motta, Teuda Bara, Moacyr Franco. Duração: 90 minutos.

O circo traz à memória sentimentos bonitos, a inocência de uma criança, os sonhos que viram realidade, os sorrisos puros e ingênuos de adultos e jovens. É um espaço mágico que o diretor, roteirista, montador e ator Selton Mellon conseguiu reproduzir com exatidão em O Palhaço. Batizado de Circo Esperança, um nome deveras apropriado, a trupe itinerante de circenses atravessa o estado de Minas Gerais com seus automóveis velhos, o cansaço e o suor no rosto e um desejo apenas de divertir.

Nesse panorama, cortadores de cana, em um belíssimo e inesquecível plano, observam a chegada do Circo Esperança à sua cidade. Eles sequer imaginam que detrás da fachada descontraída e na atuação exibida no picadeiro, existe um sentimento de tristeza inominado, sobretudo envolvendo o palhaço Pangaré (Mello). Muito se deve a ausência de identidade e a falta de um lugar para chamar de seu, registrado na necessidade de Pangaré de conseguir o seu “RG, CPF e comprovante de residência”; também se deve às responsabilidades que caíram no seu seu colo, herdeiro do circo do pai, o palhaço Puro Sangue (Paulo José, fantástico), e vocacionado para seguir o seu legado.

Assim, o ventilador nasce como objeto de desejo de Pangaré, sempre iluminando discretamente a ótima, nostálgica e calorosa fotografia de Adrian Teijido. Mais do que uma metáfora das coisas que Pangaré é incapaz de alcançar estando no circo, o ventilador é o status quo necessário para que a realidade daquela vida seja mais amena. E é comovente quando Pangaré afirma “eu faço o povo inteiro rir, mas quem vai me fazer rir?”, especialmente porque longe de ter lágrimas nos olhos, e apenas a habitual timidez e retração, a confissão parece ter um peso muito maior no coração daquele homem.

Estabelecendo a cumplicidade dos integrantes da trupe ao redor de uma fogueira, é interessante observar como eles formam uma família muito além dos laços de sangue que porventura existam, como a pequenina Guilhermina (Manoela), nascida no meio daquela gente, e um elo tão importante quanto Pangaré para o público, afinal de contas, ela quem representa o olhar inocente e sem máculas que todos nós dirigimos ao circo quando este chega à cidade.

Além de emocionante e magicamente dramático, Selton Mello tem um olhar fantástico para composição e a montagem de quadros. No jantar do prefeito, os cortes secos de planos médios colocam a trupe do lado da platéia e ajudam a construir um humor despretensioso, como no quadro da cabra. De maneira igualmente elegante, quando presos por enterrar um suposto cadáver (piada interna, literalmente), os circenses parecem espremidos no banco da delegacia, enquanto o delegado Justo (a especialíssima participação de Moacyr Franco) começa um hilário monólogo envolvendo um jantar, a queda de pêlos do seu gato e sua alegria de estar ali.

Mostrando-se um diretor genial, Selton Mello também compõe planos gêmeos que não apenas criam rimas temáticas importantes como ressaltam o comprometimento e dedicação de Pangaré. Tome, por exemplo, os momentos em que ele se coloca diante do espelho para se vestir para o seu ofício. Ou, divirta-se com a ironia narrativa na loja de eletrodomésticos e a venda de ventiladores por prestação.

Outrossim, o elenco de O Palhaço é diversificado e rico. Nas participações especiais de Tônico Pereira (os irmãos papagaio), de Danton Mello e do mencionado Moacyr Franco, como naqueles que compõem a trupe circense: Selton Mello com um charme tímido e recatado, Paulo José e as marcas do cansaço de anos na estrada, Giselle Motta, igualmente traiçoeira e sedutora no picadeiro, Álamo Facó e Hossen Minussi, Thogun, Renato Macedo, dentre outros. Mas, é mesmo Larissa Manoela o destaque do filme: graciosa, bela e com um sorriso inocente e alegre, ela é apenas uma criança, começando a ver que o circo pode não ser tão mágico como imaginara, mas que receberá uma recompensa linda e inesquecível.

Que vem com um belo plano sequência, despedindo-se daquele mundo de felicidade e esperança, a confirmação de que Selton Mello é um dos nomes mais talentosos do cinema brasileiro, em uma viagem que jamais recusaria de realizar novamente.

Por Márcio Sallem

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Cliente recebe sanduíche mordido no McDonalds

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Sem palavras para descrever… a campanha fala tudo.

Qual o segredo do Cheddar McMelt? Não existe cheddar igual. O Mc arrasa e é imbatível em muitos quesitos (batatas, molho especial do Big Mac, picles…) mas o cheddar é o cúmulo da explosão de sabor.

Pois bem, pergunte ao Marcel Trovão, um servidor público que teve uma grande surpresa após pagar um Cheddar, no McDonalds Renascença.

Ao chegar à mesa e abrir a caixa do sanduíche, Marcel viu esta imagem (a foto é de celular).

O sanduíche estava mordido… Isso mesmo, mordido! Marcel retornou ao balcão e mostrou como havia recebido o sanduíche. “Os funcionários ficaram surpresos e sem saber dar maiores explicações”, contou.

Logo que eu cheguei em casa postei no meu Facebook e no Twitter. “Depois que postei no Twitter recebi uma ligação do McDonalds em São Paulo. Eles disseram que iam averiguar e ficaram de entrar em contato comigo, mas até hoje não disseram mais nada”, explicou.

E pelo visto apostarão no esquecimento…

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