O diretor de futebol da FMF, José Alberto de Moraes Rego reagiu com certa irritação, ontem à noite, após o clássico entre Sampaio e Moto ao ser perguntado se haveria ou não mudança no horário dos jogos na última rodada da Taça de São Luís. Ele criticou “alguns” profissionais da imprensa que estariam, segundo ele interferindo na administração do futebol e vinham mandando na Federação até a sua chegada.

–  A tabela não será mexida. Quem está falando isso são as pessoas que estão loucas para assumir a Federação. Só sabem reclamar e querem só ficar na mídia. Tudo colocam culpa na Federação e a Federação não tem culpa de nada. É melhor não mexer senão eu vou buscar desde o Campeonato Maranhense quando Vocês não assumiram a responsabilidade e era para ter caído duas equipes grandes – afirmou.

Foi uma atitude nítida de intimidação que não funcionou. Provocado pela equipe de esportes da Rádio Mirante a dizer os nomes, o dirigente preferiu encerrar a conversa.

– Esse negócio de três minutos não dá para discutir. Vamos arranjar uma hora e meia para discutir o que está acontecendo no futebol maranhense – finalizou.

Era preciso dizer quem e dar nome aos bois. Não adianta ficar apenas na insinuação como fez o dirigente da Federação Maranhense de Futebol.

A última rodada da 2ª fase da Taça Cidade de São Luís marca o jogo entre Moto x Iape para às 16h e Sampaio x JV Lideral para às 18h, os dois no Estádio Nhozinho Santos.

O Sampaio venceu o Moto por 2 a 1, de virada e assumiu a 2ª colocação na Taça Cidade de São Luís com 6 pontos ganhos. Foi a pimeira vitória Tricolor na 2ª fase da competição.

O Tricolor começou a partida pressionando o Moto. Logo a 6 minutos, Gabriel cobrou pênalti e Flaubert fez a defesa. O time rubro-negro equilibrou a partida e saiu na frente com Didi Cearense, aos 34 minutos, no 1º tempo. O Sampaio empatou com Raí, aos 41 minutos.

O gol da virada Tricolor saiu num lance  bastante polêmico e que provocou muita reclamação dos jogadores e comissão técnica do Moto Club. O árbitro Mayron Frederico dos Reis Novais marcou pênalti numa jogada isolada no ataque do Sampaio. Ele teria marcado um pisão de Clayton em Tiago Miracema. Zé Augusto bateu e fez 2 a 1.

O próximo jogo do Sampaio será na quinta-feira, às 20h30, contra o Iape, no Nhozinho Santos. O Moto enfrenta o JV Lideral, às 15h45, no CT Walter Lira.

Foto: Douglas Júnior/ O Estado

Um pontinho apenas separa o Iape da decisão da Taça Cidade de São Luís. O time do técnico Paulo Fernando Cabrera não tomou conhecimento do campeão maranhense e goleou o JV Lideral, na tarde deste domingo, por 4 a 0 e segue na liderança com 8 pontos ganhos.

Os gols da goleada do Canário da Ilha foram marcados no 2º tempo. Paulo César cobrando pênalti fez 1 a 0, logo a dois minutos. O baixinho Robson ampliou aos 7 minutos. O mesmo Robson fez 3 a 0, aos 13 minutos. O quarto e último gol da goleada foi marcado por Vanvan, aos 43 minutos.

O Iape precisa de um empate no jogo de domingo contra o Sampaio para garantir vaga na decisão da Taça Cidade de São Luís com uma rodada de antecedência. O JV Lideral tem que vencer os jogos que faltam contra Moto e Sampaio se quiser chegar à final.

Próximos jogos

29 de outubro, Quinta-feira

15h45 – JV Lideral x Moto – CT Walter Lira
20h30 – Sampaio x Iape – Nhozinho Santos

1º de novembro, domingo

16h – Iape x Moto – Nhozinho Santos
18h – Sampaio x JV Lideral – Nhozinho Santos

Foto: Douglas Júnior/ O Estado

O meia Kléo não deverá mais vestir a camisa do Sampaio nesta temporada. O principal destaque Tricolor na Taça Cidade de São Luís sofreu uma lesão no joelho direito e ficará aproximadamente 30 dias longe dos gramados. O substituto será Zé Augusto que vem de contusão e não é nem de longe aquele jogador já fez atuações de gala no Mais Querido.

Além de Kléo, o Sampaio perdeu para o clássico de domingo contra o Moto, o lateral-direiro Daílson (expulso), além de Cristiano, Eloir e Leandro que terão que cumprir suspensão pelo 3º cartão amarelo recebido na partida contra o JV Lideral. Quem retorna ao time é Tica e Tiago Miracema.

O time para domingo deverá ser o seguinte: Rodrigo Ramos, Fernandinho, Johíldo, Robinho e Raí; Tica, Jadão, Juninho e Zé Augusto; Gabriel e Thiago Miracema.

Pelo menos um título nenhuma equipe do futebol maranhense conseguirá tirar do Moto Club nesta temporada. O time rubro-negro é o campeão em paralisação por conta de atraso de salários. Os jogadores do Moto não treinaram hoje à tarde. Nenhum dirigente apareceu no CT do Paranã para dar pelo menos uma satisfação aos atletas.

O presidente Cleber Verde prometeu conversar com os jogadores antes do treinamento desta sexta-feira à tarde. Depois de tudo que já aconteceu no Moto este ano, só falta agora os jogadores não comparecerem a campo no fim de semana.

No domingo, o Moto tem jogo decisivo contra o Sampaio, às 18h, no Estádio Nhozinho Santos, pela Taça Cidade de São Luís. Mais uma vez, o time rubro-negro precisa vencer para continuar vivo na competição.

A declaração do presidente da Federação Maranhense de Futebol, Alberto Ferreira à Rádio CBN do Rio de Janeiro mexeu com a imprensa esportiva. Ninguém sabe, ninguém viu o tal abaixo-assinado.

Alberto Ferreira disse que a inclusão do Moto Club na 2ª divisão do Campeonato Maranhense este ano deveu-se ao “clamor popular” e a um abaixo-assinado recebido pela entidade e que teria a assinatura de cronistas, dirigentes e torcedores. Foi isso mesmo.

A explicação que já chamei aqui de descabida me fez pensar na seguinte questão: se o presidente da FMF se baseou num abaixo-assinado de cronistas, dirigentes e torcedores para dar uma “mãozinha” ao Moto será que ele aceitaria um abaixo-assinado pedindo que deixe a Federação? Será que imprensa, dirigentes e torcedores assinariam? A idéia está lançada.

O vereador Ivaldo Rodrigues pretende realizar um painel na Câmara de São Luís para discutir o momento atual do futebol maranhense. O vereador, certamente também quer um pouquinho dos holofotes, principalmente da imprensa nacional que vem dando grande cobertura à lambança na 2ª divisão do Campeonato Maranhense. Se a intenção do vereador fosse contribuir para tirar o futebol maranhense do atual estágio, a iniciativa já teria sido tomada a mais tempo, afinal, os escândalos vem de muito tempo. Portanto, tudo não passa de puro oportunismo.

Por Fernando Júnior
Comentarista esportivo

Pouco me manifestei a respeito dessa trágica porém anunciada lambança. Era de se supor que coisas desse tipo poderiam acontecer a qualquer momento para enxovalhar ainda mais nosso combalido futebol.

Quero lhe dizer que também não assinei tal manifesto. Gostaria até de sugerir um. Sou o primeiro a assinar um manifesto pela saída do nosso presidente Alberto Ferreira.

Chega. A saída do Alberto pode até não ser a solução absoluta para resolvermos nossos problemas. Mas qualquer solução passa necessariamente por isso. Chega!!! Alberto!! Pede prá sair cara!! Larga isso… Não dá mais….

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, José de Ribamar Marques é o primeiro a jogar a toalha em meio à lama que tomou conta do futebol maranhense, após o escândalo da armação de resultados na 2ª divisão do Campeonato Maranhense.

Em entrevista ao Fontinele é o Esporte, na Rádio Mirante AM, o presidente do TJD anunciou que deixará a Justiça Desportiva ao final do seu mandato. Ele se disse cansado após tanta confusão e sem condições [de pessoal e material] para desempenhar um bom trabalho. O mandato de José de Ribamar Marques vai até 2011.

Conversas e brigas políticas. Essas foram as justificativas da prefeita de Chapadinha, Danúbia Carneiro, para as acusações de armação de resultado e suborno na derrota do time de sua cidade para o Viana, por 11 a 0, pela Série B do Maranhense. Indagada sobre as longas conversas que teve com o prefeito vianense no intervalo da partida, ela explicou:

– Realmente teve a conversa para que eu fosse apresentada ao prefeito de Viana. Não foi relacionada ao jogo. Não tenho envolvimento com o time, sou apenas madrinha. Falamos muito do governo do estado, eleição, quem seria candidato a deputado.

Neste domingo, o deputado Paulo Neto (PHS), seu adversário político, revelou que a prefeita e o ex-prefeito e atual presidente do Chapadinha, Magno Bacellar, teriam concordado com o pagamento de R$ 50 mil para os jogadores entregarem a partida e para solucionar problemas de salários atrasados. Informação também rechaçada.

– Nunca recebemos dinheiro. Não fomos para Viana negociar, fomos para jogar. Isso não existe. Dou a minha palavra. Se fosse para receber R$ 50 mil, eu não sairia de Chapadinha para entregar campeonato ao Viana. Nem proposta teve. Mas sempre fazem bandidagem com os pequenos no Campeonato Maranhense. Paulo Neto nem pode falar nada. É o pior bandido do Baixo Parnaíba. Quem acompanha sabe. Agora ele vai ter que provar. Isso não vai ser um trampolim político.

A revolta de Danúbia Carneiro, no entanto, não é somente com o rival das urnas. Durante a partida em Viana, ela admitiu que vestiu a camisa de torcedora e não aceitou a atuação passiva do Chapadinha.

– Quando já estava perdendo de quatro, cinco a zero eles disseram que não era de propósito e eu chamei de filho da p… Esculhambei como torcedora. Saí do estádio sem cumprimentar o time. De tanta raiva pelos jogadores não vestirem a camisa como deviam.

Por fim, a política sugeriu uma solução para toda a polêmica:

– Acho que devia cancelar tudo e colocar os jogos em São Luís. Que vença o melhor. Tem que repetir, mas com juiz de fora. Não aceitamos árbitro maranhenses.

A Federação abriu uma sindicância para apurar os fatos e espera anunciar uma solução dentro de 10 dias.

A reportagem é de Cahê Mota, do Globoesporte.com