A saída do técnico Celso Teixeira do comando técnico do CRB foi bastante conturbada. Nesta terça-feira, em conversa com o Portal Futebol Interior, o treinador afirmou que o coronel Walter do Vale, diretor de futebol do CRB sacou uma arma e disparou um tiro em sua direção, tentando assassiná-lo.
“Estávamos próximo ao refeitório conversando sobre o valor que tinha a receber do clube. Eles não queriam me pagar o valor integral. A conversa foi esquentando e, de repente, ele tirou uma arma e disparou um tiro na minha direção. Sorte que consegui desviar”, comentou o treinador que continuou criticando o coronel.
“Não consigo entender como em um clube como o CRB, um anda armado dentro da própria sede. Ele não deve ter preparo suficiente para o cargo que ele tem”, completou.
Celso Teixeira estava sendo acusado de ter agredido um funcionário do clube e quebrado um armário. Mas ele negou a acusação e afirmou ser amigo de todos nos clubes em que passa.
“Eu sempre fui amigo de todos no clube. Eu dava camiseta para os funcionários, todos gostavam muito de mim. Em nenhum momento eu quebrei nada no clube”, comentou, ressaltando que já sabia que seria demetido até antes do jogo contra o CSA.
“Sabíamos que iríamos ser demitido após o jogo contra o CSA, com vitória ou não. Mas, sou profissional e comandei o time na última partida. Pena que só empatamos o jogo”.
Coronel nega disparos e chama técnico de Louco
O coronel Walter do Valle em conversa com o FI negou qualquer tipo de acusação e afirmou que não estava armado no dia. “Ele é maluco. Eu não estava armado no dia, muito menos disparado um tiro em sua direção. Ele é totalmente maluco”.
Questionado se anda armado no clube, o coronel afirmou que em algumas oportunidades ele tem de ficar. “Algumas vezes saio do quartel fardado e venho direto para o clube. Aí fico com a arma na cintura. São ossos do ofício”.
Sobre o treinador ele foi claro em afirmar que dentro de campo ele é um bom técnico, mas fora é despreparado. “Não temos nada a reclamar dele como técnico, mas fora de campo, ele causa muito problema. Em todo clube que passa, ele cria problema”.
Vice-Diretor jurídico confirma arma
Sem estar presente na reunião , o vice-presidente jurídico do clube, Doutor Carlos Roberto Ferreira Costa, recebeu informações dos presentes na reunião que o coronel Walter do Valle estava armado no clube e chegou a sacar, mas em nenhum momento disparou tiros contra o treinador.
“O filho do treinador chegou por traz do coronel. Ele pensou que seria agredido, por isso sacou a arma. Mas não houve disparo. Depois disso, o Celsinho saiu correndo do clube, já que a polícia tinha sido acionada para tirá-lo do clube”.
Agência Futebol Interior