Brasil dá show e depacha a Itália

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021149857-dp00.jpgToques rápidos, contra-ataques mortais, equilíbrio entre os setores. No dia do 39º aniversário da conquista do tricampeonato mundial, a seleção brasileira atropelou novamente a Itália neste domingo, venceu por 3 a 0 e garantiu o primeiro lugar do Grupo B da Copa das Confederações. Assim, vai enfrentar a África do Sul, treinada por Joel Santana, na semifinal, quinta-feira, às 15h30m, em Joanesburgo. A Azzurra, atual campeã mundial, está eliminada.

O time de Dunga precisou de apenas 45 minutos para liquidar a partida. Luis Fabiano, duas vezes, e Dossena, contra, marcaram os gols, ainda no primeiro tempo. Ramires, Maicon e André Santos foram bem contra os Estados Unidos e acabaram mantidos no time titular, nos lugares de Elano, Daniel Alves e Kleber. O zagueiro Juan começou jogando, mas saiu sentindo dores ainda na etapa inicial para a entrada de Luisão e pode ser problema para a semifinal.

Com a derrota, a seleção italiana fica com três pontos, empatada com o Egito e Estados Unidos. Mas os americanos, que venceram os egípicios por 3 a 0, avançam pelos critérios de desempate (número de gols pró melhor do que o da Azzurra: 4 a 3). Assim, os Estados Unidos vão enfrentar a Espanha na semifinal, quarta-feira, em Bloemfontein.

Brasil e Espanha são as únicas seleções com 100% de aproveitamento nas três primeiras rodadas, mas a Fúria não sofreu nenhum gol. As duas entram como favoritas para irem à final do próximo domingo, no Ellis Park.

Contra a Azzurra, a seleção mostrou que não sabe atacar apenas pelo lado direito. Dois gols nasceram pela esquerda e o time demonstrou mais equilíbrio entre os lados. Tanto que Robinho, no segundo tempo, trocou com Ramires e passou a jogar pela direita, confundindo os italianos.

A etapa inicial foi dominada pelo Brasil, que teve 56% da posse de bola, chutou nove vezes, acertou duas na trave e marcou três vezes. A Azzurra não sofria três gols no primeiro tempo desde 1957, em uma partida contra a Iugoslávia. Em Pretória, a Itália foi a primeira a ir ao ataque. Aos três, Camoranesi cruzou e Lúcio cortou de carrinho. Um minuto depois, Pirlo chutou de longe e a zaga colocou para escanteio. A partir daí, só deu o time de Dunga.

Setor mais famoso da Itália, a defesa colaborou com o Brasil, que soube aproveitar as falhas dos italianos. Aos cinco, Cannavaro errou a saída de bola, Luis Fabiano ficou com ela e tocou para Ramires na área, que acertou a quina do travessão. Em seguida, foi a vez de Chiellini falhar em um cruzamento. Robinho dominou e rolou para Kaká bater em cima de um defensor. A pressão continou. O camisa 11 roubou outra bola pela direita e deu para o novo craque do Real Madrid, que achou Luis Fabiano na área. O Fabuloso, marcado por dois, ainda deu um toquinho na bola, mas Buffon salvou.

A seleção continuou bem, na defesa e no ataque. Felipe Melo se destacava no meio-campo como ladrão de bolas. Maicon, que ganhou a vaga de titular após a bela atuação contra os Estados Unidos, era a principal arma pela direita. Na esquerda, André Santos acatou a orientação de Dunga e passou a atacar mais também, com Gilberto Silva recuando para atuar ao lado de Lúcio e Juan. Boas opções, os laterais foram os jogadores brasileiros que mais tocaram na bola no primeiro tempo.

Dunga foi obrigado a mudar o time aos 23. Juan, atleta que mais reclamou de cansaço desde o início da concentração em 1º de junho, sentiu dores na coxa esquerda após um carrinho e foi substituído por Luisão. Três minutos depois, a Itália teve a principal chance: Camoranesi arriscou de fora da área e assustou Julio César, pelo alto.

Brasil responde sem perdão

A resposta brasileira foi rápida e perigosa, com Lúcio. Aos 32, o zagueiro recebeu de Ramires na área e chutou cruzado, a bola tocou em Cannavaro e foi na trave. Em seguida, o capitão dominou após escanteio e bateu forte para bela defesa de Buffon.

O gol finalmente saiu aos 37. Um gol não, logo três em sequência: aos 37, 43 e 45. No primeiro, Maicon arriscou de longe, a bola foi fraca e ficou nos pés de Luis Fabiano, que virou sozinho na área e bateu sem chances para Buffon. Seis minutos depois, contra-ataque mortal pela esquerda. Robinho arrancou, tocou para Kaká, que tentou devolver para o ex-santista na área, mas a bola passou direto e sobrou para o Fabuloso tocar e marcar o segundo: 2 a 0, o terceiro do atacante na Copa das Confederações, empatando com os espanhóis Fernando Torres e David Villa no topo da artilharia.
 
O terceiro gol contou com ajuda italiana. Kaká lançou Robinho do meio, ele avançou pela esquerda e viu Ramires sozinho na área. O camisa 11 tentou tocar para o ex-cruzeirense, mas Dossena deu um carrinho e colocou a bola dentro do próprio gol: 3 a 0 para o Brasil.

O contra-ataque continuou sendo a arma mais perigosa da seleção no segundo tempo. Com 3 a 0 no placar, a Itália começou querendo ir para cima do time de Dunga, mas de forma desordenada. Abriu espaços e viu os brasileiros arrancarem em velocidade. Principalmente Robinho, que não ficou preso só pela esquerda. Aos 10, arrancou pela direita e bateu forte, para fora.

Com medo de ser eliminada, a Azzurra passou a arriscar mais e Julio César começou a trabalhar. Aos 18, Rossi chutou de longe e o goleiro fez grande defesa. Dois minutos depois, Gilardino chutou com perigo, dentro da área, e o camisa 1 defendeu de novo. Mais um minuto, Pepe tabelou com Rossi e tentou de voleio, para o ex-flamenguista voltar a salvar o Brasil.

No contra-ataque, o time de Dunga deu a resposta. Robinho, deslocado para a direita, deu para Kaká no meio, que chutou de longe e a bola saiu perto da trave de Buffon. A Itália teve sua melhor chance de descontar aos 30: Julio César saiu da área para disputar uma bola com Gilardino, perdeu, mas o ataque italiano demorou a chutar e a zaga brasileiro afastou.

A Itália continuou a pressão nos minutos finais. Ela precisava apenas de um gol para mudar o quadro, passar os Estados Unidos e avançar às semifinais, mas Julio César continuou bem, assim como toda a defesa, e o Brasil evitou o gol salvador italiano. No fim, a derrota mandou a campeã mundial para casa mais cedo.

Reportagem Thiago Dias e Thiago Lavinas, do Globoesporte.com

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Brasil 2 x 1 Paraguai

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Carrasco do futebol brasileiro em confrontos recentes, Cabañas até fez sua parte no jogo desta quarta-feira, no Arruda, mas não pôde sorrir no final. Responsável pelas eliminações de Santos e Flamengo na Libertadores de 2008 e autor de um dos gols paraguaios no jogo de ida das eliminatórias, em Assunção (derrota do Brasil por 2 a 0), o gordinho atacante chegou a dar um susto, ao abrir o placar no primeiro tempo. Mas o ataque da seleção funcionou e, com gols de Robinho e Nilmar, o Brasil garantiu a virada para 2 a 1 e, de quebra, a liderança isolada das eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2010. Porém, o mais importante é que o Brasil está muito perto de uma vaga no Mundial, que será realizado na África do Sul.

Com o resultado, o Brasil chegou a 27 pontos. O Paraguai caiu para o terceiro lugar, com 24, superado pelo Chile, que bateu a Bolívia nesta quarta-feira e chegou a 26 pontos. A Argentina, com 22, aparece em quarto, seguida do Equador, com 20 pontos. Os quatro primeiros colocados garantem vaga direta na Copa. O quinto joga a repescagem contra uma seleção da Concacaf (Américas Central e do Norte). Restam quatro rodadas para o fim.

Foto: Agência/EFE    

Fonte: Globoesporte.com

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Uruguai 0 x 4 Brasil

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021005259-dp00.jpgAntes de a partida começar, a torcida uruguaia provocou. Mostrou uma enorme bandeira com os anos “1950 e 2014” durante o hino brasileiro. Lembrava o fantasma da final da Copa de 1950 vencida pelo Uruguai, no Maracanã, com um gol de Ghiggia, que estave neste sábado no estádio Centenário. E também fazia uma ilusão à final do próximo Mundial do Brasil, cuja decisão também será no estádio carioca. Mas se os uruguaios idolatravam o passado e tinham esperança com o futuro, simplesmente esqueceram do presente. A seleção passeou em campo e venceu por 4 a 0, gols de Daniel Alves, Juan, Luís Fabiano e Kaká, pela 13ª rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010. Com o resultado, o Brasil fica provisoriamente na liderança da competição com 24 pontos. Mas o Paraguai, que tem o mesmo número de pontos, joga ainda neste sábado contra o Chile, em casa.
 
Se a geração de Kaká, Robinho e Cia. nunca tinha visto uma vitória da seleção brasileira em Montevidéu sobre o Uruguai, o mesmo não podem dizer os filhos dos nossos craques. Luca, o primogênito de Kaká, João Lucas, o de Juan, Robson Junior, o filho de Robinho, e Giovanna e Gabriella, as filhas de Luís Fabiano, apenas para citar alguns exemplos, tiveram o prazer de comemorar a vitória deste sábado. A seleção acabou com um jejum de 33 anos. A última vitória brasileira na capital uruguaia tinha sido em 1976. Sete jogos aconteceram neste período.

A vitória melhora um pouco o retrospecto do Brasil contra o Uruguai no Estádio Centenário. Foram 21 jogos, com oito vitórias uruguaias, dez empates e apenas três vitórias brasileiras (a de 4 a 0 deste sábado, e outras duas por 2 a 1: em 1932, com dois gols de Leônidas da Silva; e em 1976, gol de Nelinho e Zico). O resultado também comprovou o bom momento da seleção como visitante nestas eliminatórias. Em sete jogos fora de casa na competição foram três vitórias – Chile, Venezuela e Uruguai -, três empates – Colômbia, Peru e Equador – e só uma derrota para o Paraguai.

O Brasil, finalmente, também conseguiu voltar a vencer dois jogos seguidos nas eliminatórias. A equipe vinha de um triunfo em casa sobre o Peru, em Porto Alegre. A última vez que isso havia acontecido foi no primeiro turno das eliminatórias da Copa de 2006 quando o Brasil ganhou da Bolívia e da Venezuela.

Na próxima quarta-feira, Brasil e Paraguai se enfrentam no Recife, às 21h50m (horário de Brasília). Menos de mil ingressos ainda estão à venda para a partida no estádio Arruda.

Reportagem Thiago Dias e Thiago Lavinas, do Globoesporte.com

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CBF marca Brasil x Chile para Salvador

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A CBF anunciou nesta terça-feira, em seu site oficial, que a partida das eliminatórias entre Brasil e Chile, dia 9 de setembro, será realizado no novo Estádio de Pituaçu, em Salvador.

O campo, que tem o nome oficial Roberto Santos Metropolitano Itapuaçu, foi reinaugurado em 25 de janeiro deste ano e tem 32.157 torcedores.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, aproveitou a visita do presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, para anunciar a decisão. Teixeira afirmou ao site oficial da organização que espera o apoio da torcida baiana.

– Tenho certeza de que isso vai acontecer. Não só na Bahia, como em todo o Nordeste, a seleção é sempre recebida com muito carinho, como será agora no jogo contra o Uruguai, dia 10 de junho, em Recife.

O Brasil não atua em Salvador desde 5 de junho de 1999, quando a seleção empatou em 2 a 2 com a Holanda, na Fonte Nova.

Globoesporte.com

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Brasil e Paraguai jogarão em Recife

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arruda.jpgApós vistoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em Recife, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, confirmou que a partida entre Brasil e Paraguai, pela disputa das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, será no estádio do Arruda, em Recife.

A partida, válida pela 14ª rodada da competição classificatória para o Mundial africano, será realizada no campo do Santa Cruz no dia 9 de junho, depois de a seleção brasileira enfrentar o Uruguai, em Montevidéu, três dias antes. O horário ainda não foi definido.

A seleção brasileira, depois da vitória por 3 a 0 sobre o Peru em Porto Alegre no último dia 1º de abril, assumiu a segunda colocação das eliminatórias sul-americanas, ficando com apenas três pontos a menos que o primeiro colocado Paraguai.

Esse compromisso contra o time nacional do Paraguai será o último da equipe comandada pelo técnico Dunga antes da disputa da Copa das Confederações na África do Sul. A estreia no torneio é contra o Egito, no dia 15 de junho.

Uol Esportes

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Brasil já é o segundo

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020086360-dp00.jpg“Deu prá ti, baixo astral! Vou prá Porto Alegre, tchau! Quando eu ando assim, meio down. Vou prá Porto e bah, tri legal”. O sucesso dos gaúchos Kleiton & Kledir foi escrito em 1981, mas contava bem a trajetória da seleção brasileira neste momento das eliminatórias . Depois de ficar com a imagem arranhada após o empate por 1 a 1 com o Equador, quando foi bombardeado e só escapou de uma goleada graças ao goleiro Julio César, o Brasil parece ter sido contagiado pelo carinho dos torcedores gaúchos ao chegar a Porto Alegre, terra do técnico Dunga. E não tomou conhecimento da seleção peruana. Com uma atuação tri legal, a seleção venceu por 3 a 0, gols de Luis Fabiano (dois) e Felipe Melo, nesta quarta-feira, no estádio Beira-Rio.

Com a vitória, o Brasil recuperou o segundo lugar na classificação e está com 21 pontos. A diferença para o líder Paraguai caiu para três pontos. Logo atrás estão o Chile, com 20, e a Argentina, que tem 19. Na próxima rodada das eliminatórias, a seleção enfrenta o Uruguai, que está em quinto lugar com 17 pontos, em Montevidéu, no dia 6 de junho.

A seleção também terminou com um incômodo jejum de gols no país em jogos das eliminatórias. E terminou com uma chata escrita. Todos os jogos entre Brasil e Peru em fases classificatórias para a Copa do Mundo até hoje terminavam em empate por 1 a 1 (quatro vezes) ou em uma simples vitória brasileira por 1 a 0 (outras quatro vezes). Pela primeira vez na história, a seleção conseguiu marcar mais de um gol nos peruanos nas eliminatórias. E Kaká e Ronaldinho Gaúcho voltaram a jogar juntos com a camisa amarelinha após 16 meses.

Antes de a partida começar foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem às vitimas da tragédia na Costa do Marfim. No domingo, 22 pessoas morreram no estádio Felix Houphouet-Boigny, na cidade de Abidjan, durante a partida entre a seleção anfitriã e Malauí, pelo grupo 5 das eliminatórias africanas para a Copa do Mundo de 2010.

Dunga resolveu tirar Ronaldinho Gaúcho da equipe para a entrada de Kaká, que se recuperou de um problema no pé esquerdo. Além disso, o treinador teve um problema de última hora. Marcelo sentiu uma contusão e foi vetado. O colorado Kleber, para a alegria da torcida do Internacional, entrou na vaga.

Titular, Kaká teve boa atuação

020088621-dp00.jpgO público decepcionou. O anel superior da arquibancada estava vazio. Muito ingressos ficaram nas mãos dos cambistas. Antes da partida, eles tentavam vender as entradas por R$ 25 nos arredores do Beira-Rio. O preço original era de R$ 70. Mas os torcedores que foram ao Beira-Rio apoiavam a seleção. Ora com vaias quando os peruanos estavam com a bola, ora com gritos de “Brasil, Brasil”.

Luis Fabiano quase conseguiu retribuir o carinho ao quatro minutos. Ele recebeu passe de Elano, tirou o goleiro peruano da jogada e tocou para o gol. Mas estava impedido. Pouco depois, um lance impressionante. Luis Fabiano recebeu passe na área, driblou o goleiro Butrón e tocou para a área. A bola percorreu todo o gol esperando alguém para completar, mas nenhum brasileiro apareceu.

Aos 11 minutos, a seleção brasileira teve uma baixa. O zagueiro Luisão deixou a partida com um problema muscular. Miranda entrou em seu lugar. Foi a estreia do zagueiro tricolor com a camisa da seleção. Mas logo depois saiu o gol brasileiro. Daniel Alves lançou Kaká, que foi derrubado na área por Zambrano. Pênalti bem marcado pelo árbitro argentino Sergio Pezzotta. Luis Fabiano pegou a bola e bateu no canto direito do goleiro Butrón, que ainda acertou o lado, mas não conseguiu defender. Delírio no estádio. Na comemoração, o Fabuloso correu todo o campo para ir dar um abraço em Ronaldinho Gaúcho, que estava no banco de reservas.

Chegava ao fim também o jejum de gols da seleção brasileira em casa em jogos das eliminatórias da Copa do Mundo. Foram 331 minutos (considerando os acréscimos) sem balançar a rede em território nacional. E, curiosamente, o último gol havia sido justamente de Luis Fabiano, na vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai, em novembro de 2007, no Morumbi.

Dunga solta o grito de gol

020088525-gdh00.jpgA seleção não diminuiu o ritmo. Nem Luis Fabiano. De olho na artilharia das eliminatórias, o Fabuloso marcou mais um aos 27 minutos. Daniel Alves cruzou para a área. O atacante, em posição irregular, dominou no peito e chutou. A bola entrou no canto direito de Butrón. Foi o sexto gol do brasileiro nas eliminatórias. O boliviano Botero, que fez três em cima da argentina nesta quarta-feira, lidera a artilharia com oito gols.

A partida estava fácil. Kaká comandava o meio-campo com passes precisos e objetivos. O meia não parecia sentir a lesão no pé esquerdo. Já Robinho deixava os peruanos desesperados caindo pela esquerda junto com Kleber. O atacante quase fez mais um com um chute no ângulo. Mas a bola foi para fora. Pouco depois, Elano cobrou escanteio na primeira trave e Miranda apareceu de surpresa completando por cima do travessão. Kaká, de voleio, também quase fez o terceiro. Mas a bola subiu muito. O lance foi muito aplaudido pelos torcedores.

A seleção peruana não ameaçava o gol de Julio César, que não fez uma única defesa no primeiro tempo. E os gritos por Alexandre Pato vieram pela primeira vez aos 40 minutos. A torcida queria a entrada do atacante no lugar de Elano, apesar de também estar jogando bem. E foi do meia o último lance do primeiro tempo. Elano entrou bem pela direita e chutou com força. O goleiro Butrón espalmou para escanteio.

Felipe Melo marca o terceiro gol

O Brasil voltou para o segundo tempo sem alterações. E os gritos por Alexandre Pato voltaram a aparecer logo aos três minutos. Os colorados queiram reencontrar o ídolo, que jogaria pela primeira vez no Beira-Rio desde que se transferiu para o Milan, em 2007.

020089400-dp00.jpgAos dez minutos, Dunga mandou Pato e Ronaldinho Gaúcho se aquecerem. Enquanto isso, Robinho quase fez um lindo gol. O atacante pedalou à frente Solano, entrou na área e chutou cruzado. A bola foi para fora. Aos 15, Luis Fabiano cabeceou e o goleiro Butrón espalmou para escanteio. A seleção brasileira permanecia dominando a partida. Gilberto Silva e Felipe Melo se destacavam na marcação. E roubavam a maioria das bolas no meio-campo.

E o terceiro gol veio com Felipe Melo. Em um lance de pura raça, o volante ganhou uma dividida no meio-campo e arrancou. Mas adiantou muito a bola e foi obrigado a dividir novamente com um adversário. A bola sobrou limpa para ele tocar na saída do goleiro Butrón. Na comemoração, Felipe Melo foi abraçar o auxiliar Jorginho.

A única chance do Peru aconteceu aos 22 minutos. Após Kaká perder uma bola no meio-campo, Fano tentou surpreender o goleiro Julio César e tentou de muito longe. Adiantado, o goleiro ainda conseguiu espalmar a bola, que explodiu no travessão. No minuto seguinte, a torcida foi ao delírio. Dunga chamou Alexandre Pato. Ele entrou na partida no lugar de Robinho. Logo depois foi a vez de Ronaldinho Gaúcho, que também foi muito aplaudido. Elano deixou o gramado.

Mas apesar da expectativa dos torcedores, os dois ídolos gaúchos não deram show. Ronaldinho Gaúcho ainda levou perigo em duas cobranças de falta. Na primeira, Butrón espalmou para escanteio. Na segunda, defendeu firme no canto direito. Já Alexandre Pato tentou algumas arrancadas, mas não teve muito sucesso.

Alexandre Alliatti e Thiago Lavinas, Globoesporte

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O mistério continua

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020030466-dp00.jpgNenhuma pista. E o mistério sobre o time que vai entrar em campo para enfrentar o Peru nesta quarta-feira, pela 12ª rodada das eliminatórias, permanece. Só uma coisa é certa: Kaká volta à equipe. Resta saber no lugar de quem. Se é no de Ronaldinho Gaúcho ou se é na vaga de Elano. A escalação oficial só será divulgada por Dunga momentos antes da partida.

Nesta terça-feira, a seleção brasileira fez o reconhecimento do gramado do Beira-Rio. O treino durou uma hora e dez minutos.

Cerca de 20 mil torcedores foram ao estádio recepcionar os jogadores. Dunga comandou um treino recreativo em campo reduzido e não deu qualquer dica sobre os titulares. O time de Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Kaká venceu o de Robinho e Julio César.

Enquanto isso, a festa foi grande. Alexandre Pato era o mais idolatrado pelos torcedores. A cada toque na bola gritos histéricos eram escutados pelo estádio. Por outro lado, Ronaldinho Gaúcho dividia opiniões. Alguns gremistas preferiam vaiá-lo, ainda magoados com a polêmica saída do craque do clube. Outros, aplaudiam. Irônicos, os colorados gritavam que Adriano Gabiru, autor do gol do título mundial do Internacional, era melhor do que ele. Ronaldinho levava na esportiva. E se divertia com as reações dos torcedores.

Torcedores mostram carinho por Kaká e Pato durante o treino no Beira-Rio

Já o técnico Dunga foi bastante festejado. Torcedores colorados gritaram o nome do treinador, que convive com críticas constantes no comando da seleção. Além de ser gaúcho, Dunga salvou o Internacional do rebaixamento no Campeonato Brasileiro em 1999 ao marcar um gol aos 35 minutos do segundo tempo em cima do Palmeiras na última rodada.

Alexandre Alliatti e Thiago Lavinas, Globoesporte

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“Vencer é obrigação”

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020014668-dp00.jpgKaká admite cobrança nos jogos diante da torcida: espetáculo na medida do possível

Faltam pontos e gols para o Brasil nos jogos recentes em casa pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010. São três empates seguidos dentro do país, todos por 0 a 0, contra Argentina, Bolívia e Colômbia. O duelo desta quarta-feira, contra o Peru, no Beira-Rio, pinta como oportunidade para os comandados de Dunga encerrarem o jejum, que emagrece a paciência do torcedor desde 2007. Boa parte da esperança está em Kaká, recuperado de lesão no pé esquerdo. O meia do Milan deve começar o jogo e admite: só a vitória é aceitável.

– O Brasil sempre tem a obrigação de vencer em casa e, na medida do possível, dando espetáculo. Sabemos que teremos dificuldades contra o Peru. É uma seleção que está em último na classificação e, por isso, vai fazer o possível para dificultar contra nós – disse o meia.

O jogador prefere deixar de lado os maus resultados dentro do Brasil pelas eliminatórias. Ele busca em um amistoso o exemplo de que a seleção brasileira sabe apresentar grande futebol diante de seus torcedores. No dia 19 de novembro do ano passado, a equipe verde-amarela fez 6 a 2 em Portugal, uma partida lembrada com carinho por Kaká.

– Depende da forma de ver a questão. É possível lembrar do jogo contra a Bolívia, mas eu também lembro da vitória sobre Portugal, um resultado convincente contra uma grande seleção – observou o jogador.

A seleção brasileira treinou nesta segunda-feira no complexo esportivo da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). Nesta terça, à tarde, os atletas voltam a trabalhar, desta vez no Beira-Rio.

Leia a reportagem de Alexandre Alliatti e Thiago Lavinas, do Globoesporte.com

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Dunga classifica empate como ‘resultado normal’

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Dunga mostrou naturalidade ao comentar o empate em 1 a 1 com o Equador, em Quito, numa partida em que o Brasil foi pressionado durante os 90 minutos e sofreu um gol nos instantes finais. O treinador elogiou o comportamento do adversário e lembrou que a pressão sofrida não é exclusividade da seleção brasileira.

– A dificuldade em jogar aqui é normal. O Equador é uma seleção que sabe aproveitar o fato de a bola ser mais leve, de jogar em velocidade e acertar os passes. Ficamos com o gostinho da vitória e levamos o gol no fim. O resultado é normal – observou.

O técnico ainda lembrou que tentou orientar os jogadores da seleção para tentar amenizar a pressão exercida do Equador. Segundo Dunga, a seleção da casa impôs dificuldades fazendo valer o fato de estar acostumada à altitude.

– São coisas que fazem parte do futebol. O Equador usou bem os lados do campo e souberam bater melhor na bola, dificultando bastante. Tentamos arrumar a marcação e trazer mais jogadores para o meio-campo, buscando agrupar mais a equipe e segurar a bola no ataque.

Leia a reportagem de Thiago Lavinas, do Globoesporte.com

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Empate sofrido

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019939773-dp00.jpgNo ar rarefeito da altitude, o Brasil não conseguiu respirar até o fim. Depois de sofrer uma pressão durante grande parte do jogo, a seleção sucumbiu e empatou em 1 a 1 com o Equador, neste domingo, em partida válida pela 11ª rodada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. O resultado apenas foi possível por causa de dois xarás. Com defesas espetaculares, Julio César salvou o Brasil do que poderia ser uma goleada. Julio Baptista foi decisivo ao marcar, em seu primeiro lance, o gol que grantiu o ponto. Há quatro partidas o Brasil não marcava atuando no Equador.

O empate fez com que o Brasil caísse para a terceira colocação das eliminatórias, com 18 pontos. A seleção está a cinco do líder Paraguai e a um da Argentina, que está em segundo. O próximo compromisso do grupo comandado por Dunga será nesta quarta-feira, contra o Peru, no Beira-Rio, em Porto Alegre.

As dificuldades dos brasileiros começaram bem antes de a bola rolar. A Federação Equatoriana de Futebol não reservou lugares para a maior parte da imprensa estrangeira no estádio Olímpico de Atahualpa. Vários jornalistas brasileiros não tiveram condições de trabalhar. O único lugar acessível com visão para o campo era em pé ao lado de torcedores equatorianos.

O estádio de Atahualpa, aliás, está longe, muito longe, de atender as exigências mínimas exigidas pela Fifa para receber jogos internacionais. Mas a Conmebol faz vista grossa para os problemas não só do Atahualpa, mas de vários estádios sul-americanos, e os libera para as partidas das eliminatórias da Copa do Mundo.

O estádio esteve lotado. Todos os 37. 200 ingressos foram vendidos. Durante o hino brasileiro, vaias e gritos de equador foram escutados.

Julio César salva o Brasil de derrota na altitude do Equador

O empate em 0 a 0 nos primeiros 45 minutos representou lucro para o Brasil. Afinal, a seleção foi pressionada desde o apito inicial. A pressão dos equatorianos era impressionante. Até os 25 minutos, foram 11 chutes a gol contra Julio César, que salvou o time de Dunga em pelo menos três oportunidades. Na mais marcante delas, aos 14 minutos, defendeu uma cobrança de falta de Méndez. No rebote à queima-roupa, evitou novamente o gol do Equador após conclusão de Guerrón, que estava em posição de impedimento.

O camisa 7 do Equador, inclusive, dava um baile em Marcelo pela esquerda. Luisão não conseguia marcar Benítez. A sorte brasileira é que o atacante equatoriano parecia ser especialista em perder gols. Desorientado em campo e sentindo os efeitos da altitude de 2.850 metros, o Brasil não conseguia armar as jogadas e ficar com a posse de bola. Elano e Ronaldinho Gaúcho estavam perdidos e, com isso, o ataque ficava isolado. Até os 25 minutos, Luis Fabiano só tocou duas vezes na bola, e Robinho, apenas quatro.

O primeiro chute aconteceu com Marcelo, aos quatro minutos. O segundo com Daniel Alves, apenas aos 38 minutos. O lateral-direito substituiu Maicon, que deixou o campo aos 20 minutos, depois de sentir uma lesão na coxa direita após tentar um cruzamento. À beira do campo, Dunga se mostrava inquieto com a inoperância da seleção.

No intervalo, policiais equatorianos agrediram o repórter do SporTV Victorino Chermont. De forma covarde, ele recebeu uma gravata de um policial e começou a ser arrastado. Robinho, que estava entrando no túnel, quando viu a cena voltou correndo já sem a camisa de jogo para defender o brasileiro e começou a pedir aos policiais para pararem, sendo atendido.

O Equador voltou para a segunda etapa em ritmo mais lento. No entanto, manteve o domínio, marcando o Brasil na saída de bola e chegando ao ataque com consistência. Mas novamente esbarrou em Julio César, que fez novas defesas espetaculares. Neste momento, a seleção brasileira estava completamente acuada e tinha raras oportunidades de gol. Na melhor delas, aos 15 minutos, Luis Fabiano recebeu passe de Robinho e chutou em cima de Cevallos.

Para tentar mudar o panorama da partida, Dunga mexeu duas vezes no segundo tempo. Primeiro, tirou Elano e colocou Josué, mas foi a segundo substituição que acabou sendo decisiva. No primeiro lance que de que participou, aos 27 minutos, depois de entrar no lugar de Ronaldinho Gaúcho, Julio Batista arriscou de fora da área. A bola tocou na trave, nas costas do goleiro Cevallos e entrou. Foi o sétimo gol do jogador do Roma em 37 partidas disputadas com a camisa da seleção.

Mesmo com a vantagem, a seleção continuou a ser dominada pelo Equador e até teve chance de selar a vitória, depois que Luis Fabiano acertou uma bola na trave. A punição veio logo em seguida, depois que Méndez fez grande jogada pela direita e cruzou. Julio César fez outra grande defesa, mas Noboa pegou o rebote e empatou aos 44 minutos.

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