O deputado Sousa Neto (PTN) voltou a criticar, nesta quarta-feira (11), o Sistema de Segurança Pública do Estado e defendeu a convocação de aprovados no último concurso da Polícia Militar. O parlamentar manifestou solidariedade aos excedentes da PM e prometeu começar uma nova fase. E para garantir que haja a convocação, ele afirmou que vai entrar na Justiça.
Sobre o Sistema de Segurança, Sousa Neto disse que a ilha já está chegando à marca de 40 latrocínios no ano de 2015, superando as estatísticas do ano passado. O deputado acusou o secretário de Segurança, Jefferson Portela, de “maquiar números, porque o que a gente vê no Estado, é um estado altamente aterrorizado pela criminalidade que hoje aqui se encontra”.
Sousa Neto criticou também o lema do governo, de ser da mudança, porque dois secretários estariam “esbanjando”, um deles o de Infraestrutura, Clayton Noleto, que chamou de “secretário ostentação”, por pegar um jatinho para ir à baixada para lançar o programa Mais Asfalto. “Mas eu quero dizer que esses mesmos secretários de Infraestrutura, que tomam conta das estradas e das obras do Governo do Estado do Maranhão, deveriam ir de carro, até para poder saber como estão as MA’s, mas não, com o dinheiro público pegaram um jatinho e foram para lá, porque por baixo não podia ir, pela buraqueira, para poder até sentir que talvez o Mais Asfalto precisasse durante esse percurso que eles foram”, afirmou.
Ele lembrou que fez um pronunciamento no qual anunciou que haveria uma reunião, na quarta-feira (5), com os excedentes da Polícia Militar do Maranhão, antecipando que o encontro não resultaria na convocação dos excedentes. “Foi feita uma reunião da Comissão de Segurança, na semana passada, para tratar dos excedentes, e, mais uma vez, hoje, eu chego à Comissão, vejo a decepção do presidente da Comissão, deputado Cabo Campos, sem ter o que dizer para os excedentes, porque mais uma vez a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão e mais uma vez o governador Flávio Dino debochou da nossa Comissão de Segurança. Debochou porque mais uma vez não mandou nenhum representante do Estado e não mandou as informações que a Comissão de Segurança estava pedindo”, contou.
De acordo com Sousa Neto, “mais uma vez os excedentes foram lá para o Plenarinho na esperança de obter alguma resposta por parte do Governo e nada a ser dito aos excedentes. Mas eu já me propus a comprar essa briga junto com eles, a entrar na Justiça em uma ação coletiva para que nós possamos ter uma resposta”.
Outra denúncia do parlamentar foi que o filho do secretário de Segurança está lotado na EMAP, “ganhando para mais de quatorze mil reais, coisas que no governo passado eram imorais, os excedentes estão aí, a criminalidade está aumentando e eles que querem ser policiais não estão tendo esse direito”.
Foto: Kristiano Simas/Agência AL